𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐮𝐫𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐬 [COMPLETO]

Capítulo 4

𝐇𝐨𝐠𝐰𝐚𝐫𝐭𝐬, 𝟏𝟔𝐡𝟒𝟑

Ter passados os últimos dias sozinha naquele enorme castelo, principalmente no salão comunal da Sonserina me deixaram livre para ler o máximo de livros que eu pude encontrar sobre a escola e como o ano letivo ali funcionava. Havia uma certa ansiedade em conhecer todos, em aprender o máximo de coisas que eu podia.

Puxa vida, imagina ter um professor real, sem ser meu pai...

Muitas das tardes eu apenas passava sentada nas escadas, apostando corridas com elas, e algo me dizia que elas me deixaram ganhar algumas das vezes.

Conversei com os quadros, descobri incríveis histórias sobre os anos letivos passados.

— Um cachorro?!

— Sirius Black. — O quadro me respondeu, temendo o nome. — Acabou que me disseram que ele não era tão ruim quanto imaginavam, você pode acreditar?!

— Não posso acreditar é que acreditaram que ele poderia entrar aqui sem Dumbledore saber.

Eu e a pintura rimos.

Brinquei de jogar pedrinhas no Lago Negro...

— Ai! — Reclamei quando uma das pedrinhas voltou em minha direção, atingindo minha testa.

Inclusive passei horas encarando a enorme Floresta Proibida, mas é claro, sempre a uma distância considerável.

— Olá você! — Uma voz grossa me assustou, pairando atrás de mim.

Me virei rapidamente, quase caindo ao ver o enorme homem de barba negra que surgiu segurando algo que parecia uma galinha nas mãos.

— Oh! — Me levantei depressa. — Me desculpe, não sabia que tinha alguém aqui!

— Não se preocupe com isso. — Ele sorriu. — O que faz aqui? O ano letivo começa apenas amanhã.

— Estou aqui desde a semana passada.

Por algum motivo ele continuou andando, descendo o morrinho em direção a uma casinha arredondada nos arredores da floresta, e eu o segui.

— Deve ter sido bem tedioso ficar aqui sozinha. — Então parou de repente, segurando as pernas da “galinha” com apenas uma das mãos e esfregando a outra sobre o enorme casaco marrom surrado, estendendo-a para mim. — Me chamo Hagrid. Rúbeo Hagrid!

— Olá Hagrid! — Apertei sua mão, rindo pela a enorme diferença entre nós, uma vez que minha mão sumia por completo na sua. — Me chamo Lilly!