𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐮𝐫𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐬 [COMPLETO]

Capítulo 32

De repente sentimos uma pressão forte no corpo e ao abrir os olhos vi que paramos centímetros antes do chão.

— Departamento de mistérios... — Rony murmurou se levantando. — Acertaram no nome, não foi?

Nos erguemos com dificuldade, pois mesmo o corpo quente de tanta corrida, muitos ali haviam sido atingidos por duros pedaços de bolas de vidro. Algo murmurava, quase sussurrando, e eu vi Harry se aproximar de algo.

—Eu ouço vocês. — Ele disse. — Entendem o que dizem?

— Não são vozes, Harry. — Hermione caminhou junto dos demais. — Vamos sair daqui.

— Eu ouço também. — Luna olhou na mesma direção do menino, e eu percebi o que olhavam.

— Eu também... — Murmurei.

Olhei o portal de pedra e quase fui atraída pelo o véu que flutuava entro dele. Algo semelhante a fumaça branca, mas era denso, como um pedaço de pano de seda.

— Harry, é só um portal vazio. — Hermione disse. — É só isso!

Vozes mais fortes surgiram, algo que não vinha do portal, e olhamos para cima rapidamente, vendo as fumaças negras surgindo.

— Atrás de mim! — Harry gritou, e todos obedecemos, apontando nossas varinhas.

Os comensais vieram depressa até nós. Era impossível ver ou respirar. As sombras invadiam nosso espaço, e eles pareciam rodar entre nós para nos confundir. Cai sentada no chão, sentindo pequenos cortes atingir meu rosto e corpo, e então fui puxada.

Quando finalmente pude abrir o olho, tremi com a cena diante de nós. Harry estava deitado no chão, na pedra chata que estávamos antes, segurando a esfera, e todos nós, presos. Senti algo cheirar meu ombro e ao encontrar os olhos famintos de Greyback atrás de mim, quase gritei.

De novo não!

Uma risada baixa ecoou pela a sala, e eu vi Lucius caminhar até Harry, apoiando-se sobre a bengala preta, enfeitada na ponta com uma cabeça de cobra feita de prata.

— Chegou mesmo a acreditar... Teve a ingenuidade de pensar, que crianças, tinham chance contra nós? — O homem olhou todos nós presos e se virou para o menino, esticando a mão. — Eu vou ser bem claro com você, Potter. Me dê a profecia agora, ou veja seus amigos morrerem.

O rosto do menino estava tomado pelo medo. Seus olhos azuis passearam pelo o local em pavor.

— Não dê a ele, Harry! — Neville gritou, e a mulher louca que o prendia, apertou a varinha em seu pescoço.