I See Red: PART I

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CAPÍTULO IV
—Pois não Sarah? Um homem disse do outro lado da ligação em que estava com a loira.
—Eu preciso que você me faça aquele favorzinho que eu havia pedido. Disse Sarah com um sorrisinho malicioso estampado em seu rosto. Sarah queria a todo custo tirar aquilo de sua mente, a possibilidade de toda essa raiva ser na verdade desejo retraído. A loira queria mais. Queria mais motivos para odiar Juliette profundamente, queria sim criar uma rivalidade entre elas e mostrar para a advogada que a loira de olhos claros seria seu pior pesadelo na terra e por onde quer que ela fosse.

—Eu preciso que você me passe o nome dela, só isso já é suficiente. O homem dizia do outro lado da linha.

—Juliette. Juliette Freire. Disse Sarah enquanto ainda encarava a capa da revista e coçava o lado interno de sua bochecha com a língua.

—Ok. 150 mil, 50% agora e o restante quando estiver feito.

—Sem problemas. Ah, e faça direito, se você for descoberto terá o mesmo fim que ela. Se alguém descobrir isso posso perder minha carreira e eu não te perdoaria por isso ok? —finalizou a loira com um sorriso irônico no rosto.

Assim que Sarah terminou de tomar seu café quase que pontualmente às 9 da manhã, a loira decidiu ir tomar um banho e esquecer que uma capa de revista anunciava ao mundo inteiro que ela havia sido derrotada por alguém.

—Vai a merda. Disse a Loira em um sussurro indignado enquanto depositava a revista em uma lixeira que estava em seu caminho.

Sarah subiu até o quarto e decidiu que hoje queria se vestir pra matar.
Ela queria que as pessoas tremessem só de vê-la, ela sentia saudades disso. Ela sabia bem o que provocava essa emoção nas pessoas. Vermelho. Sarah em vermelho era a perfeita definição de “o diabo veste Prada”. Todos que trabalhavam com ela sabiam que quando ela usava vermelho, em sua roupa e boa ao mesmo tempo, significava que esse era um terrível dia para ter saído de casa e entrar no caminho de Sarah Andrade.

A empresária vestiu um boddy absurdamente sexy em renda e um conjunto de alfaiataria de calça e Max blazer. Aquela roupa parecia ter sido feita para Sarah, pois a vestia incrivelmente bem. Nos pés Sarah calçou um sapato scarpin de oncinha com a ponta vermelha e escolheu uma bolsa Gucci vermelha. No rosto fez uma maquiagem simples, mas sua boca gritava sua presença com um batom vermelho matte. Ela finalizou o look com um óculos escuro dior, já que os óculos escuros eram quase que sua identidade, assim como o vermelho e o preto.

 Ela finalizou o look com um óculos escuro dior, já que os óculos escuros eram quase que sua identidade, assim como o vermelho e o preto

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—Bom dia. —disse Caio ao sentir a loira vindo em sua direção. No entanto ele ainda não havia erguido sua cabeça para olhar a loira que se posicionou em frente ao balcão da recepção do andar financeiro. Quando Caio resolveu olhar para a loira que o encarava por trás dos óculos, o mesmo se engasgou. —É... Hum... —tentou encontrar algo pra dizer mas o medo o consumia por dentro. —Bom dia Caio. Disse Sarah com um sorriso cínico ainda com os óculos no rosto. —Quero uma reunião com a diretoria financeira as 14 horas e uma com Thais Braz as 16 horas. Quero também um relatório de toda a movimentação financeira do contrato com ela nos últimos 2 anos e um relatório detalhado do modelo de gestão da clínica dela, no máximo até o horário de minha reunião com Thais. —completou a loira enquanto encarava caio que começava a ficar vermelho com o nervosismo. Por dentro Sarah dava gargalhadas uma atrás da outra. Ela amava esse efeito que causava nas pessoas, era a sua diversão favorita.
—Tu... Tudo bem senhorita. Disse caio com a voz trêmula e saindo quase que correndo em direção ao escritório de um dos integrantes da diretoria financeira.
—Ah, e Caio, —Fez uma breve pausa. —não me aborreça. Sarah completou com um sorriso de canto piscando por cima dos óculos.


Do outro lado da cidade...

—Ju, ela me chamou para uma reunião. —disse Thais a Juliette por telefone.

—Ah. Meu. Deus. —Disse Juliette pausadamente mostrando um estado de surpresa e nervosismo. —Ok, qual o horário? Eu vou com você! —completou a morena.
—Não Ju, a assistente dela deixou bem claro que ela queria uma reunião apenas comigo. Sem você.
—Só pode tá de brincadeira né? Quem ela acha que é? Ela não pode me impedir de estar em uma reunião de vocês, você tem sim o direito de me ter em todas as suas reuniões com a Sarah, afinal vocês acabaram de brigar na justiça. —disse Juliette se irritando. Pela primeira vez na vida Juliette começou a sentir o efeito da loira. O estresse, a raiva e a indignação que a mesma causava em todos.
—Ju, tá tudo bem, eu vou sozinha, ela não vai me matar. Qualquer coisa eu te peço socorro haha. Só liguei pra te avisar, afinal você é minha amiga e minha advogada gata.
—Humm, então não precisa de mim? Juliette perguntou com um ar decepcionado e levemente enciumado.
—Tá tudo bem! Eu a conheço, vai ficar tudo bem, okay?
—Ok. E ah, eu acho que você devia conversar com Carla. Deu pra ver que vocês duas precisam disso. Vocês ficavam se comendo com o olhar no tribunal, chegava a ser vergonhoso ver a cara de cachorro sem dono com que vocês se olhavam. Acho que independente do passado, mesmo que por amizade vocês se gostam muito e deviam tentar conversar.

—aff Juliette, de novo? Olha, Carla tá com Arthur e eu sou vulnerável a ela. Não posso simplesmente conversar com ela e entrar em uma amizade que só vai me fazer mal.

—Você que sabe, mas não se esqueça que eu te conheço, e sei que vocês precisam disso.

Obcecado | AU SarietteWhere stories live. Discover now