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Hoje ele não veio. É a primeira vez em 3 semanas em que ele não aparece para me soltar,como todos os dias.

Caminho apreensiva em minha pequena cela enquanto penso no porque ele não aparecer.
Após uns minutos deito-me novamente com um bufo. Estou acostumada com minha breve liberdade desse porão.
Além de manter minha mente e corpo ocupados. Aqui não tem nada pra fazer.

Horas se passaram e estou entediada e faminta. Desespero me corroem em pensar que ele poderia nunca mas voltar... E me deixar aqui para morrer de fome e solidão.

Será que isso é um castigo por eu ter dormido ontem ?

Os últimos raios de sol vão embora e em seu lugar reina a escuridão. Estou sentada no chão frio com minhas pernas puxadas para meu peito enquanto me abraço protetoramente.
Finalmente ouço som de suas pisadas sobre a escadaria.

Me levanto nervosamente enquanto seco minhas mãos suadas em meus shorts
Ele destranca minha cela e a abre lentamente...
Acende uma vela e se aproxima. O que vejo faz meu coração acelerar e minhas pernas tremerem.

Todo seu corpo está coberto de vermelho brilhante. Sua camisa que parecia ser branca, está molhada e pingando daquela mesma cor. Seus braços e pescoço ( Até onde aparecia, pois ainda usava aquela máscara)
estavam salpicados de sangue.

Ele está ofegante, mas não parece ser de cansaço, e sim decorrente a uma grande excitação ou êxtase.

A visão é malditamente aterrorizante se você está indefesa e refém desse cara!

---- Oh meu deus... -
---- Venha comigo - ele exclama

Enquanto ele aperta meu braço com força contra si e praticamente me carrega por as escadas, eu só consigo pensar uma coisa: Ele vai me matar. Ele se irritou comigo por causa de ontem...
Oh meu Deus eu vou morrer!.

Chegando na cozinha ele me solta e recuo com medo. Minha visão está turva mais não sei si e pelo desespero ou pela fraqueza de não ter me alimentado em momento algum hoje.

Enquanto ele se aproxima lentamente, o sangue pinga de suas mãos fazendo uma pequena poça no chão. Fecho os olhos e espero o pior.

---- Olá... - sussurra- Tive um trabalho de última hora que requeria minha... atenção.

Abro os olhos lentamente.

---- Limpe isso - E em seguida ele tira sua camisa ensanguentada e a coloca em cima da mesa.

Aregalo os olhos. É a primeira vez que o vejo sem camisa.

Sua pele que deveria ser branca estava manchada de sangue

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Sua pele que deveria ser branca estava manchada de sangue. Seu corpo é magro,com braços fortes e veias saltando. Olho para seu abdômen bem desenhado onde uma fina linha de pelos descia de seu umbigo até...

Sinto minhas bochechas queimarem e desvio o olhar. Onde estou com a cabeça, olhando para ele assim?

---- Você está... machucado?

---- O que? Ah isso... - Ele olha para si mesmo e todo o sangue - Não se alegre muito. A maioria não é meu.

Não sei o que responder a isso então tendo me distrair do que acabei de ouvir e pego sua camisa ensopada. O odor metálico e forte me deixa enjoada.

---- Ahh estou faminto... Deixa essa camisa aí e faça o jantar - murmura autoritário.

Enquanto preparo as refeições,ele senta-se a mesa e posso sentir seus olhos em minhas costas.

Estou esfomeada e o cheiro dos ovos e bacon que preparei estão me dando água na boca. Sirvo ele primeiro como todos os dias e estou prestes a me afastar até que escuto ele falar calmamente:
---- Come comigo -
Estou pasma agora. Ele nunca me permitiu comer na mesma hora que ele. Me sento na mesa desconfiada e me sirvo. Assim que dou a primeira garfada e sinto o inebriante sabor da minha primeira refeição naquele dia, solto um pequeno gemido de pura felicidade.

Tão absorta em minha comida não percebo que ele está me encarando completamente excitado.
Terminamos de "jantar" e sinto que o clima está menos tenso do que jamas foi.

Lavo os pratos enquanto ele vai tomar uma ducha. Posso ouvir o barulho do seu choveiro ligado e imagino como ele estará agora tirando todo aquele sangue... provavelmente está todo espalhado no chão,em seus pés.

Termino meu serviço e estou contente de ter feito alguma coisa. Era quase como se este lugar fosse minha casa também... Estremeço. O que eu estou me tornando?

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A prisioneira de Josh The killer  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora