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JOSH

--- Presenteie quem você ama, juntos transformarmos a magia em realidade-

Mudo o canal

--- A cada 60$ em compras você ganha um enfeite de Natal!-

Mudando.

--- E você? Quem vai surpreender neste Natal?-

Desligo a TV com um chingamento.

Quem eu vou surpreender nesse Natal? É uma boa pergunta.

Meu Natal passado foi bem diferente...

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24 Dezembro 2015 10:00

--- Papai Noel! Mamãe, eu quero falar com o papai noel!- grita o garoto gordinho que passeava de mãos dadas com sua mãe.

Observo a cena em silêncio.
Tenho coisas para fazer, hoje é uma data especial e por isso me vesti a carater.

Um fudido papai noel.

Hoje irei distribuir meus próprios "presentes" para as pessoas que não foram boazinhas esse ano.

--- Thomas... não tenho tempo para isso.

--- Por favor mãe... - O garotinho
continua, seu rosto rosado e seus olhos azuis implorando.

--- Certo. Fique aqui e não saia da vista do papai noel- a mulher deixa o garoto comigo e entra em um mercado ao lado.

WFT?

E assim vários pirralhos acompanhados de seus pais se agruparam na minha frente, induzidos por minha fantasia.

--- Papai Noel, o que eu vou ganhar esse ano? - O primeiro moleque me pergunta.

--- Qual seu nome?

--- Thomas.

--- Bem, Thomas, eu não acho que você merece nada este ano. Na verdade eu não acho que nenhum de vocês merecem alguma coisa.

O garoto parece murchar a minha frente e seus olhos começam a lacrimejar. Todos ficam em silêncio, e percebo os olhares trocados entre os pais que eles não estão contentes com minha resposta.

--- Hey, eu estou brincando. Vocês irão ter tudo da sua lista de Natal- dito isso as crianças sorriem animadas.

--- Mas - continuo sério- se os seus presentes não estiverem sobre a árvore hoje a noite, vocês sabem o que houve né? - como se fosse ensaiado, todos balançam suas cabecinhas e me olham curiosos.

Chego mais perto, e falo em tom de segredo.

--- Se os seus presentes... todos que vocês pediram ou até imaginaram não estiverem lá hoje, é por que seus pais pegaram e o colocaram no eBay.

Ao ver seus rostos surpresos, continuo --- Isso mesmo crianças. Nunca confie em seus pais.

Dito isso saio dali enquanto os pais zangados me olham furiosos.

22:00 de 24 de Dezembro de 2014

--- Oh, o papai Noel está aqui - uma mulher claramente bêbada rasteja em frente a minha mesa.

Estou no bar mais afastado e velho da cidade. Se essa espelunca pode ser chamada de bar. Continuo bebendo meu whisky sem dar atenção.

--- Pobre papai Noel. Dando milhares de presentes, nunca recebendo nada em troca além de biscoitos- ela sussurra em meu ouvido, o fedor de seu hálito me irrita. Suas palavras estão arrastadas e ela tropeça.
Miro meu olhar para ela devagar. Loira e de pele branca, seu corpo magro em um casaco azul e uma mini saia esfarrapada. Ela parece do tipo fácil e pronta para confusão.

--- Que tal se eu encher o saco do papai noel?- suas mãos se aproximam de minhas pernas.

Termino minha bebida e olho ao redor. Não há mais que uns quantos bêbados e fracassados que vieram para apagar as mágoas no álcool. Eu tinha terminado meu dia hoje mas posso abrir uma excessao.

--- Vem comigo.

Ela sorri e aperta mais seu decote. Me levanto e vou em direção a saída para um pequeno beco escuro com a mulher as minhas costas.

Quando chegamos, a aperto com brutalidade sobre o muro.

--- Ah querido, não sei se você entendeu, mas eu não dou de graça.

Em meu interior, minha vontade de mata-la aumenta ainda mais e me seguro para não estrangula-la agora.

Aceno com a cabeça enquanto finjo que irei pegar dinheiro no meu "saco " de Natal.

--- Não se preocupe, eu tenho um presente pra você.

Atrás de mim ela continua a pequena farsa com sua voz fingida e enrolada.

--- Um presente? mas eu tenho sido uma garota tão má... - ouço o barulho de farfalhar de suas roupas.

Pego minha faca e me viro para ela. Seu rosto logo perde seu sorriso e seus olhos brilham de medo.

A derrubo no chão com um baque e subo em cima de seu corpo. Ela abre a boca para gritar mas eu a tampo rapidamente

--- Ei ei- chego perto de seu rosto quase a tocando com meu nariz - não vamos fazer barulho não é? - sua cabeça balanca de um lado para o outro enquanto ela derrama lágrimas patéticas.

--- Por que está chorando? Você não quer o meu presente?!- encosto a faca em seu fino pescoço. Uma pele tão frágil...

Seu rosto está adquirindo uma coloração vermelho sangue diante da pressão que eu estou impondo.

Com um golpe firme rasgo a pele de sua garganta. O sangue começa a brotar enquanto a mulher se debate abaixo de mim. Continuo cerrando seu pescoço enquanto ela grasna. Atinjo sua artéria e o sangue espirra por todo meu rosto. A adrenalina bombeia minhas veias e me sinto novamente vivo.

Continuo cerrando sua garganta até sentir o barulho inconfundível do osso. A mulher ja está morta, seus olhos abertos e arregalados em direcao ao céu. Seu maior erro foi escolher a mim dentre tantos merdas naquele lugar.

Observo minha obra prima. Sua garganta está rasgada grotescamente, sangue carmesim espalhado por todo lugar.

--- Ho Ho Ho.

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Meus pensamentos são abruptamente interrompidos quando escuto o som inconfundível de passos.

Olho para trás de meu lugar no sofá. Any está apoiada na parede, vestida apenas com uma de minhas camisas.

Mesmo eu comprando roupas novas para ela semana passada, ela parece preferir usar as minhas para dormir. Seu longos cabelos cor de magno estão soltos desajeitadamente por seus ombros até sua cintura...sua cintura deliciosamente fina em que eu posso fechar com minhas mãos.

Ela parece ter acordado agora, e quando ela me vê, seu rosto se ilumina e ela sorri.

Yeah...

Esse natal será diferente.

Mas eu não estou reclamando nem um pouco.

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Até amanhã!

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