A prisioneira de Josh The killer

27

Acordo com o braço dele apertado em torno de minha cintura.

Esse é o terceiro dia após Jeff trazer o homem para casa.

Desse jeito o desconhecido morrerá de fome e sede pois tenho certeza que Jeff não está alimentando-o.

Eu precisava saber o que ele fez. Tem que haver algum motivo para Jeff ter torturado ele...

O mesmo motivo ele teve para me raptar?

Minha visão escurece e me sinto doente.

Há muito tempo que eu sei onde ele guarda as chaves do porão. Está aqui em seu quarto, em uma caixinha de madeira dentro de uma gaveta em seu guarda-roupa.

Tudo que eu preciso é pega-la e descer lá quando ele tiver saído.

Simples... fácil.

Então por que eu estou tremendo só de pensar em desobedece-lo?

Não. Eu não irei viver minha vida com medo dele. Eu preciso fazer isso... pode ser que eu esteja certa, e exista uma razão para ele fazer isso.

Com a coragem obtida depois desse pensamento, eu espero.

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A oportunidade chegou após o almoço. Estavamos comendo juntos quando ele avisou

----Irei sair hoje - ele diz olhando para
mim

----Tudo bem - respondo encarando a comida. Temo que se eu olhar para Jeff, ele saberá o que pretendo.

Antes dele ir eu o beijo. Coloco todo sentimento em meus lábios.

O medo que eu sentia dele as vezes, a necessidade de tê-lo comigo mesmo assim... e o arrependimento por desobedece-lo.

Quando termino, ele olha para mim surpreso. Percebo que essa é a primeira vez que eu tomo a atitude de beija-lo.

---- Tchau - sussurro sem graça

Ele sorri abertamente.

---- Se cuide. Voltarei a noite - ele sussurra estreitando os olhos

E com isso ele vai embora.

----Não tenha pressa...  - murmuro nervosamente para o vazio.

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Uma hora depois, estou sentada em sua cama tocando o pequeno objeto em minhas mãos.

A chave.

Mordo os lábios até sentir o gosto de sangue.

Eu preciso saber.

Me levanto da cama e vou em direção ao porão

A cada metro percorrido, as palavras de Josh ecoam em meus ouvidos

"Vá para o meu quarto Any, e permaneça lá "

"Não quero que você vá até o porão entendeu?!"

"Imagine que tudo é uma brincadeira..."

Eu não consigo!

Lentamente coloco a chave na fechadura e a destravo. Ela se abre com um rangido.

Mesmo o relógio marcando 3:00 da tarde a iluminação é quase nula.

Lembro-me bem dessa escuridão pois a pouco tempo atrás eu que estava encerrada neste porão.

Desço as escadas com as pernas trementes. Tenho medo do que irei encontrar e ao mesmo tempo sei que preciso continuar.

Ao som dos meus passos, escuto gemidos aterrorizantes a distância.

Ele deve pensar que sou o Josh e que irei machuca-lo.

Sinto vontade de vomitar.

Encarcerado na pequena cela que eutrora me pertencia, o homem...- ou o rapaz, ele não parecia ser mais velho que eu -
Seu rosto era uma mistura de cores azuis e arroxeadas, consequência das surras e seus olhos estavam inchados e sangrando.

Seus pés estavam acorrentados um ao outro e ele estava sentado no chão seus braços em torno de suas pernas em uma posição defensiva. Havia sangue seco por todo seu corpo.

O odor de sangue e urina impregna o ar.

Tapo minha boca com as mãos horrorizada.

O garoto ainda está com os olhos fechados violentamente, como se esperasse que eu o atacasse.

Com o passar dos segundos e nada acontecer, ele lentamente abre os olhos

Subitamente o tempo parece parar E eu solto o ar dos meus pulmões que eu nem percebi que estava segurando.

O garoto a minha frente olha diretamente para mim e susssura incrédulo.

---...Any?!-

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