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Any:

Ensurdecedor. Essa foi a primeira palavra que veio a minha mente ao
finalmente entrarmos.

Até Josh pareceu surpreso. Seus passos cessaram enquanto sua cabeça virava de um lado para outro com curiosidade genuína.
Claramente esta é a primeira vez que ele vai a uma festa.

Eu não era diferente.
Segurando suas mãos novamente, eu
observava sem a mínima ideia do que
fazer e para onde ir.

O salão de aproximdame 300 metros não parecia ser o bastante para a quantidade de pessoas de todas as idades presentes em um amontoado dançante. A escuridão só não era completa devido ao jogo de luzes estrategicamente colocado em cada ponto. Um jovem Dj alegrava a pequena multidão.

Josh parece voltar a razão quando um grupo de pessoas passam em nossa frente, três garotas com fantasias sensuais entram seguradas pela cintura intimamente por outros três rapazes.
Uma delas, a com um mini vestido vermelho e chifres piscantes virou seu rosto em minha direção, seus olhos me analisando com óbvio desprezo.
Me encolho alisando meu vestido nervosamente com a mão livre.

Ela não era a única.

Posso jurar que ouvi murmúrios de "esquisitos" e "quem são eles " por cima do incessante martelar do meu coração que repercutia ao ritmo da música.

-- Vamos nos misturar - Josh sugere
com confiança.
Deixa-me ser levada por ele como uma boneca de pano, agradecida o bastante por sua natureza auto suficiente que não o deixa ser intimidado por olhares maldosos.

Passamos pela massa de pessoas sem
dificuldades.
Josh abria caminho com seu corpo, empurrando quem se encontrava a sua frente. Ninguém ousava se queixar após serem alvos de seu olhar desumano que os mirava como se os convidasse a desafia-lo.
Em contra partida, constrangida, os meus pediam desculpas ao segui-lo.

Ao chegar onde queria uma área
afastada dos demais, com cadeiras e até uma pequena poltrona - Josh assentiu para si mesmo satisfeito. Deste lugar era possível ver a todos com precisão. Olho para os lados percebendo que havia varias pessoas ao redor aparentando estarem exaustos entretanto nenhum deles vieram a sentar neste lugar.

Parecia ser algo privado, não tinha
certeza se podíamos ficar aqui.

Nesse momento Josh escolhe a poltrona para si e senta-se nela como um rei. Algumas pessoas exclamam de espanto enquanto ele se acomoda
despreocupadamente com sua habitual postura de "foda-se"

Sorri sem poder evitar.

Seus autênticos modos inconsequentes diante as normas sociais me pareciam cada vez mais comuns. Eu sabia que ele não fazia propositalmente.

É simplesmente quem ele é.
Seus olhos por trás da máscara que escondia todo seu rosto me convidavam a sentar ao seu lado. Mordo os lábios sem ter certeza.

Olho ao redor e para Josh.
Aquelas pessoas já estariam falando de nós de todo jeito, que mal faria?
Se nem ele se importou com isso eu não deveria me importar-me convenço- sentando ao seu lado de cabeça erguida.

Josh dá uns tapinhas em minha mão em apreciação. De repente sua cabeça gira para observar algo a distância. Sigo com os olhos para onde sua atenção foi fisgada.

O centro do salão.

Uivos e gritos de animação eram proferidos após o fim da canção para o Dj que sorria orgulhoso e já preparava sua próxima atração.

-- Essa é para os apaixonados! - A galera vibrou, os rapazes sorriam
sorrateiramente para suas parceiras que os acompanhavam até o centro do salão entre risinhos e assovios de instigação dos demais.
Até os solteiros aproximaram-se juntando com outros também solitários com o pretexto da dança.

A prisioneira de Josh The killer  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora