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Depois de esquartejar e jogar seu corpo em um lago próximo, estou indo para casa.
Nunca deixo rastros.
Aprendi isso a muito tempo atrás.
Minha casa está centralizada no meio de uma floresta da pequena cidadezinha de merda onde moro. É um lugar pacato, longe da mídia e com pouca fiscalização da polícia. Perfeito para mim. Eu preciso de descrição para fazer o que faço.

Faço todo o caminho a pé, e quando chego já é noite. Nesse momento meu estômago ronca penso em any e se ela preparou algo para gente.

Eu nunca admitiria em voz alta mas é bom estar na companhia de alguém que não irei matar, de vez em quando.
Ela não me irrita ou me desobedece e nem é uma puta mimada. Quando eu soube da existência dela, e que ela foi rejeitada pelos malditos pais dela também sabia que ela era perfeita.
Seu único defeito é sua humanidade.
Mas isso pode ser mudado também.

Destranco a porta da entrada de minha casa sem esforço. São preciso de três chaves diferentes para cada cadeado que as guardo comigo todo o tempo.

Antes de entrar coloco minha máscara  preta para não assusta-la.
Ela ainda não está pronta para me ver e isso só a apavoraria. Quando eu a uso ela não sente medo de mim

A encontro sentada no chão ao lado de minha poltrona. Ela está olhando fixamente para a televisão desligada e mordendo os lábios.
Quando ela me vê, se põe de pé tão rápido que eu sorrio. Adoro o quanto ela tem medo de mim. Me sinto adulado.

---- Você voltou - ela diz o óbvio- Eu... eu não sabia se podia ligar a tv sem você.- explica

---- Fez o jantar? - pergunto
---- Hm sim. Está na geladeira. E acabou os ovos... - avisa

Dou um curto aceno e vou em direção a cozinha, estou com uma fome do caralho.

Como devagar pois sei que ela está atrás de mim provavelmente pensando no que fazer agora. Ela é tão malditamente medrosa, que às vezes me dá no saco.

Termino e me levanto. Olho em sua direção.

---- Quer que eu coloque sua roupa para lavar agora? - ela pergunta e posso perceber na sua voz que ela quer isso também.

Então ela gostou de me ver sem camisa hein?

---- Ok. - dessa vez eu a tiro mas demoradamente, olhando pra ela.
Seus olhos estão fixos em minha pele exposta e seu rosto está vermelho pelo acúmulo de sangue naquela região quando ela "cora".

Caminho em sua direção apenas em minhas calças e me aproximo de seu corpo. Ela está com os olhos arregalados agora e os lábios entreabertos.
Ela parece muito frágil em sua estrutura comparada a mim. Sua cabeça mal alcança meus ombros e sei que se eu quisesse força-la a qualquer coisa, eu conseguiria sem esforço.

Mas isso não parece ser necessário.

Incrivelmente ela parece estar tão afim quanto eu, suas mãos tocam timidamente meu peito, a princípio com medo da minha reação, e depois mas livremente quendo percebe que não a afastei. Quando ela calmamente traça o dedo numa mancha de sangue que ainda estava em meu peito eu desisto de resistir.

E a beijo.

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