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"Eu morreria por você meu amor, meu amor.
Eu mentiria por você meu amor meu amor.
Eu roubaria para você meu amor meu amor." make me wanna die

Josh:

Passaram-se três dias.

Três malditos dias.

Estou deitado desajeitadamente na cama, garrafas de cerveja são minha companheira.

Trago o cigarro em minha mão com indiferença.

Essa casa está uma merda.
Uma bagunça do caralho.

"Você está torturando a empregada " a voz em minha cabeça zomba.

Jogo uma das garrafas na parede, fazendo que os pequenos cristais de vidro se espalhem por todo o piso.

Quando eu virei um dependente de merda? Eu estava indo muito bem sem ela antes de trazê-la pra cá.

Sorrio com amargura.

Muito bem....

Me levanto ainda tonto de uma fudida ressaca e vou em direção a cozinha.

Passo a mão na cara e no meu cabelo despenteado.

Eu devo estar parecendo uma vagabunda de estrada.

Procuro por comida na geladeira mas não há nada ja preparado.

Fecho a porta da geladeira com violência. Posso sentir o ódio rastejar por minhas veias.

Qualquer coisa me tira do sério ultimamente.

Suspiro audivelmente.

Amanhã eu trarei Any para casa. Que ela pague seu castigo aqui, limpando e cozinhando para mim.

Yeah, eu preciso dela... na cozinha. Preciso dela na cozinha.

Além do mais ela ja está la dentro por três dias. Se eu deixa-la por mais tempo ela morrerá.

"E você não quer que ela morra "

Ainda não.

                   ~~~~~~~~~~~~~

A noite caiu e estou deitado no chão, observando com indiferença a cena a minha frente.

Hoje cedo uma borboleta pousou em meu ombro. Não sei como este ser entrou aqui mas sei que não irá sair.

Não com vida.

Com determinação fadada ao fracasso a pequena voa sem parar batendo suas asas incansavelmente, procurando uma saída.

Como um espectador, eu a assisto fracassar vez após vez, e sempre acabar voltando para o mesmo lugar.

Em breve essa bela criatura ficará cansada de tentar.
Suas forças irão enfraquecer e ela entenderá que não há saída. Nunca mais ela irá ser livre novamente.

Ouço um barulho la fora, e com um último olhar para o meu pequeno projeto, me levanto.

Alguém bate na porta.

Estreito os olhos.

Any não pode ter escapado sozinha. Isso eu tenho certeza. Eu nao tenho amigos. Isso significa que quem quer que esteja batendo em minha porta, é meu inimigo.

Escondo uma faca de cozinha em meu short.

Sigo em direção a porta desconfiado. Assim que a abro me dou de cara com um velho na casa dos 60 provavelmente, com um uniforme policial esticado em sua pança gorda.

A prisioneira de Josh The killer  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora