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「 • Sono e Dor • 」

O tempo ainda estava instável, porém entre as nuvens, o Sol pode iluminar o caminho da Tropa de Exploração até à muralha Maria. A viagem foi tranquila, demasiado tranquila. Poderam, no meio de tanto tristeza e preocupação, observar os últimos raios solares do dia que emergiam sobre uma colina verde, com flores abertas e sendo sopradas pelo vento.

Como havia chovido muito recentemente, enquanto fazia Sol, surgiu um enorme arco-íris. Uma paisagem linda, digna de um quadro. Abby ficou quase paralisada ao olhar para tal fenómeno, era maravilhoso e ela queria saltar, gritar, dizer que estava ali um autêntico, arco-íris. Ela não sabia o motivo de se sentir assim, estava estranha, menos séria, mais bem-humorada. Tinha alterações constantes em suas emoções e uma extrema dificuldade em esconder seus sentimentos. Sua fome era anormal. E ela, sentia desejo de muitas coisas que ela nunca pediu ou desejou, como comida. 

Para não falar, de por vezes se sentir enjoada, estranhamente enjoada. Mas, sendo ingênua quando lhe convinha, Abby pensou que devesse ser do consumo exagerado de alimentos ou, da má qualidade da comida nas missões. Desse por onde desse, teria que assumir que havia algo errado com ela, algo diferente no seu organismo. Mas, sendo tão inexperiente nesse tipo de assuntos, nem sequer suspeitou.

Chegaram na muralha uma hora depois, quando o sol já havia desaparecido e, a lua tomou seu lugar. No entanto, Hange decidiu mudar de quartel da Tropa, passando apenas pelo antigo para pegar algumas coisas.

Assim que chegaram no novo edíficio, bastante menor, devido à grande redução de soldados, a grande preocupação foi deitar Levi numa cama. Ela estava posicionada num dos melhores quartos do Quartel, que ele utilizava sozinho.

Abby, nessa noite, dormiu numa cadeira junto da cama onde Levi dormia. Estava preocupada e, para além disso, não seria capaz de abandonar seu pai numa situação dessas, isso nunca. Enquanto ela teimava em ficar no quarto de seu parente, cada soldado escolheu um quarto, que seria compartilhado com uma pessoa.

Naturalmente, soldados que continuassem com seu parceiro de quarto vivo e ali, como era o caso de Abby e Lia, voltariam a partilhar o mesmo quarto. Já Ray, acabou por ficar sozinho, visto que a quantidade de soldados não era suficiente para todos terem que dividir um quarto. 

───※ ·❆· ※───

Era de madrugada. Estava escuro, e apenas a lua iluminava cada quarto.

O Ackerman, sentiu uma dor aguda na sua cara e, na sua mão. Abrindo ligeiramente o único olho que conseguia, viu Abby com a cabeça no colchão de sua cama. Ela estava torta, mas dormindo pacíficamente. "Uma posição estranha para se dormir", pensou Levi após acariciar os cabelos loiros da filha.

Olhando em volta, tentou levantar, com dor, o seu braço. Se deparando com uma ligadura envolvendo-o e, com o detalhe, que lhe faltavam dois dedos. "O que aconteceu?", pensou novamente para si.

Abby: ― Pai... ― ela sussurou enquanto abria lentamente seus olhos.

Levi: Abby... O que aconteceu? ― 

Abby esfregou seus olhos, tentando se recômpor na cadeira, estava exausta, embora tivesse dormido um pouco.

Abby: ― Uma explosão... ― bocejou. ― Você foi vítima de uma explosão provocada por Zeke... ― seus olhos entristeceram. ― Desculpe... Eu não estive lá para ajudar... Você poderia ter morrido, e isso seria culpa minha.

Levi: ― Abby... A culpa não foi sua. ― ele parou por instantes. ― Todos nós precisávamos de comida, você apenas foi buscá-la. 

After ―  A Filha De Levi [Attack On Titan] ― Parte IIUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum