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「 •  Bebé • 」

O coração de Abby batia de forma acelarada, enquanto evitava olhar nos olhos de Ray. Após pronunciar tais palavras, o silêncio era agora quem reinava. Ela começou a se sentir desesperada. 

A certo momento, dois braços rodearam sua cintura, puxando-a para mais perto do Smith. Ray pousou sua cabeça no ombro dela, fazendo-a estremecer com sua respiração junto do seu pescoço. Porém, começou a sentir sua camisa molhada, ouviu alguns "snifs" por parte do garoto, enquanto a apertava cada vez mais. 

Abby:  R-Ray... Você está bem? ― disse num sussurro acariciando os cabelos negros do seu amado. 

Ray: Obrigado... ― respondeu.

Abby: O-O que?! ― se sentiu confusa.

Ray: ― Obrigada por fazer os exames. ― ele sorriu enquanto se afastava lentamente do ombro de Abby, pronto para encará-la. Enquanto limpava algumas lágrimas tímidas, após isso, passou suas mãos pelos cabelos de Abby. Ele não sabia, não sabia como expressar sua felicidade, mas apesar de tudo, apenas queria acariciar, beijar, abraçar a mulher que amava, a futura mãe de seu filho. ― Eu amo muito você, Abby Ackerman. ― disse por fim. ― Eu deveria tê-lo dito antes, eu desconfiava que nossos atos pudessem ter originado algo assim, e queria, mais que tudo, saber se você estava grávida ou não. Eu entendo que você esteja surpreendida, eu mesmo que soubesse não deixei de ficar. ― seu rosto agora buscou o conforto do peito da  Ackerman. ― Eu realmente estou feliz... ― voltou a chorar. 

Abby:  Eu também... ― sussurrou, deixando lágrimas escaparem de seus olhos. 

Ray percebendo que ela também estava sensível, decidiu sair do conforto que o acalmava. Para que, assim, pudesse fazer algo ainda melhor para ambos.

O Smith deitou-se no travesseiro de Abby, fazendo sinal para a mesma se juntar a ele. A Ackerman deitou seu rosto frente ao Smith. As respirações eram quentes e sentidas, enquanto se olhavam profundamente. Havia um brilho incomum nos olhos de ambos. 

Estando algum tempo assim, Ray decidiu deslizar suas mãos para a macia barriga da Ackerman. Acariciando o local, mas isso implicou risadas por parte de Abby, por sentir cócegas lá, principalmente porque as mãos de Ray começaram por estar posicionadas nas laterais de sua barriga. Ele acabou por rindo também porque fazer cócegas na sua amada, e vê-la espernear como doida, era realmente engraçado.

Abby:  Acha que nosso bebé também sente cócegas? ― perguntou após respirar do tanto de rir.

Ray: Será? ― ele desce para junto da barriga de sua namorada. Colocando sua mão sobre a mesma. Esfregando seu polegar sobre. ― Hey. ― sussurra. ― Você está me ouvindo? ― fala de forma boba. ― Você sente cócegas? Essas daqui. ― começou agitando seus dedos na barriga de Abby, fazendo-a rir. ― Hm, talvez não... ― olha para Abby, percebendo no olhar terno dela. Nesse momento ela achou-o fofo, o seu coração encheu-se de alegria por ter escolhido Ray, por não ter se apaixonado por outro homem. ― Você  sabe que eu e sua mamãe amamos muito você? ― disse com aquela lagriminha no canto do olho. Tocando com a ponta de seu nariz na barriga dela.

Ela ia responder, ela ia concordar. Mas, infelizmente, foi interrompida pelos sinos que marcavam o meio-dia. Isso significava duas coisas, a primeira: era hora de almoçar; a segunda: Ray voltaria aos seus serviços em meia hora.

Ray: ― Agora não irei mais reclamar por você comer bastante. Já percebi o motivo. ― gargalhou.

Abby: ― Eh... ― deu uma risadinha nervosa. ― Mas! Eu não posso comer muitos doces, nem beber café ou alcóol. Está no papelinho que me deram. Eu não quero que nada aconteça a ele ou ela.

Ray:  Nem eu... ― agora sua cara ficou triste, séria. ― Quando você planeja sair da Tropa? Não pode se arriscar assim. Da última você ia...

Abby:  Eu sei... ― sussurou. ― Apenas quero terminar umas coisas por aí. Ainda tenho que contar para meu pai, minha mãe... Dar essa justificação para a Comandante e, me preparar para ser abordada de muitas coisas. ― suspirou. ― Agora só quero é relaxar... E... Pensar numa forma de contar para o pessoal lá em casa.

A Ackerman tomou sua refeição lentamente, enquanto Ray tinha que se apressar. Ela tinha muito que pensar. Tinha dúvidas e incertezas no meio de tanta felicidade. Essas se resumiam em como contar ao seu pai, se seria boa mãe, ou simplesmente, como seria ter um bebé? Como seria o parto? O bebé sempre sai por algum lado, né? Ele não iria ficar dentro dela para toda a eternidade.

Suspirando e cantarolando músiquinhas para relaxas, foi pegar sua mala. Supostamente só iria no final do dia para casa, mas decidiu fazê-lo mais cedo. Lamentou-se por ter interrompido o serviço de Ray por esse motivo, mas ela gostaria de o informar que partiria.

Ray:  Entendo... Eu gostaria que continuasse aqui... Mas, vá lá e descanse muito! Não quero que se preocupe muito com as coisas por aqui, nem que se stress. 

Abby:  Certinho, senhor Ray! ― falou sorrindo, enquanto lhe dava um selinho. ― Volto em uma semaninha! Vou ter saudades...

Ray:  Então imagina eu.... ― disse tristemente.

Eles se despediram em um abraço. Abby então, entrou na carruagem que a levaria a casa. Pensando em vários diálogos possíveis a ter com seu pai, na maneira correta de lhe contar...

Afinal, ela fez coisas impróprias.

After ―  A Filha De Levi [Attack On Titan] ― Parte IIWhere stories live. Discover now