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「 • Sermões e Promessas de Assassinato. • 」

A  madeira da porta estalou assim que, Levi colocou os pés naquela pequena dispensa onde sua filha e Ray, se beijavam como se nada estivesse ali. Fazendo com que, por esse motivo e por muitos outros, o Ackerman, que estava surpreendido, não hesitou em pronunciar algumas palavras roucas e frias, que fizeram ambos se largarem e, olharem a medo seu Capitão.

Levi: ― Quero vocês dois no meu escritório, AGORA. ― lançou um olhar mortal a ambos, mas que calhou principalmente ao Smith.

Seguindo Rivaille em silêncio, os jovens adultos não deixavam de se entreolhar. Era vergonhoso ele ter descoberto daquela forma, visto algo assim. Porém, ele teria que saber mais tarde ou mais cedo, mas mesmo assim, Abby se sentia culpada, culpada pelo medo que teve ao dizer ao seu pai sobre seu namoro.

Ele muito provavelmente estaria mais desiludido pelo o facto de ela não ter confiado nele, do que, ela estar namorado Ray. O que a entristecia muito.

Chegando no escritório do Ackerman, após terem passado por vários olhares de pena e curiosidade por parte de alguns amigos e colegas.

Levi:  Sentem-se os dois. ― ordenou, fechando a porta atrás de si. 

Os passos ecoavam pelo o chão, fazendo ambos estremecer. Levi logo se sentou, pegando antes, numa caneca de chá morno.

Levi: Antes de tudo, acho que vocês têm algo para me contar. Para além disso, gostaria de perguntar porque nem pronunciaram uma palavra sobre o assunto. ― disse irritado, porém contraindo a mesma cara de bunda de sempre.

Abby:  E-Eh, bem. ― olhou para Ray. Suas palavras haviam sido apagadas no ar. 

Ray:  Respire. De qualquer das formas, seu pai precisa saber. 

Abby:  Eu sei... ― sussurou, enquanto a mão do Ray deslizava sobre a pequena mão pálida de Abby, agarrando-a firmemente. ― Pai, peço imensas desculpas por não lhe ter contado antes... Estava esperando por um momento ideal, talvez? Eu simplesmente não arranjava a coragem necessária para conseguir fazê-lo... Eu e Ray estamos namorando já faz pouco mais de um mês. POR FAVOR, não culpe o Ray, ele me tentou convencer várias vezes que tinha que lhe dizer... O erro foi meu, espero que me perdoe... ― a voz estava triste, arrependida. Sentia lágrimas nos olhos, sem perceber o verdadeiro sentido porque elas decidiram aparecer.

Ficou silêncio. Um alto silêncio. Este que foi interrompido quando Rivaille pousou sua caneca de chá sobre a base, olhando fixamente para a sua filha e, uma ou outra vez, para Ray.

Levi: Sinceramente... Você me conhece, Abby. Eu não iria proíbir que você seja feliz com esse marmanjo. Nunca fazia algo assim, algo que tirasse sua felicidade e, estou um tanto triste por não ter confiado em mim...

Abby:  Desculpe...

Levi: Eu percebo perfeitamente que é normal você amar alguém, como eu amei e amo sua mãe. Mas, não é por isso que devem sair se beijando por aí, vocês sabem claramente que relações aqui no exército são complicadas, para não falar proibidas. 

Ray: ― Dessa vez a culpa foi minha, não volta acontecendo.

Abby: ― Sua, o quê, hein? Tá' doido? Quer morrer por conta do meu pai?

Ray: ― Abby, ele já poderia ter me batido faz muito tempo mas não o fez. 

Abby:  Ah, não podia nada.

Levi: Mas é claro que eu podia, e continuo a poder. Ainda mais se você pensar em minha filha de maneira imprópria. Ela pode ser bonitinha e gostosa, meu querido, mas não é para tocar nela, viu?

Os dois ficaram vermelhos com a menção. Mas é claro, Levi não percebeu pelo real motivo a que aquilo se tratava.

Levi: ― Se um dia eu vir descobrindo que você tocou na minha filha pelada, vai morrer na hora. Agora, pode sair, Ray Smith. Quero falar com minha Abby.

Ray:  C-Certo. ― respondeu saindo do cómodo.

Rivaille se certificou que a porta foi fechada, para falar com sua filha.

Levi: Ouça, Abby. Eu amo muito você, sei que você já é adulta, mas não significa que deva agir como se pudesse fazer tudo o que quer. Eu sei que não é assim, mas quero que compreenda algo. Namorar alguém não é ruim, mas isso completamente muda quando essa pessoa é do Corpo de Exploração. Tenha plena consciência, que desastres podem acontecer e acontecem sempre. Não quero que negue sua felicidade por isso, mas ela pode ser retirada com a partida de Ray... se ele... algum dia, se for. ― respirou fundo, lembrando-se da imagem de Petra esmagada contra a árvore. ― E nem sempre as pessoas voltam, como aconteceu com sua mãe.

Abby olhou para o chão tristemente.

Abby: Eu tenho noção disso. De qualquer forma, eu irei protegê-lo sempre que conseguir, não quero deixá-lo ir embora desse mundo. 

Levi: ― Abby... 

Abby: Seja positivo, caramba! Eu nem quero imaginar ida dele desse mundo, está bem? Obrigada.

Levi: Eu sei... ― parou por instantes. ― Vamos terminar as limpezas? Ao menos isso anima você.

Abby: ― Posso comer uma rosquinha antes?

Levi: ― Virou a Sasha agora, é?! ― deu uma risada. ― Pode, mas vá lá rápido.

Abby:  Relaxa, eu vou que nem o flash.

[Preparem seus corações para o que vai acontecer nos próximos caps. , apenas um aviso]

After ―  A Filha De Levi [Attack On Titan] ― Parte IIWhere stories live. Discover now