1. O FATÍDICO DIA

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POV. CARLA

Hoje é o dia mais feliz da minha vida, meu amor está chegando de viagem e quero está linda pra ele, pois tenho uma surpresa que com toda a certeza irá deixá-lo feliz.

Termino de me arrumar e olhando no espelho vejo que estou linda. Carriery irá amar tudo.

Ouço alguém bater na porta do meu quarto e peço que entre.

Minha mãe entra e fica me olhando por um tempo antes de começar a falar.

Vamos lá para mais um discurso da minha mãe de que estou cometendo a maior burrada da minha vida.

- Carla minha filha, você realmente vai fazer isso? - olho para ela e vejo seu semblante triste - você está se envolvendo com um homem que para mim não existe. Nunca que trouxe ele para se apresentar pra mim, nunca te ajudou em nada e vive te iludindo.

Suspiro novamente, essa história chata de novo não.

- Mãe, será que a senhora não pode ficar feliz por mim pelo menos uma vez na vida, será que não pode me apoiar, por favor mãe? - caminho até ela e seguro suas mãos - eu amo o Carriery mãe, ele me ama também, eu sei disso porque ele mesmo me disse e tenho certeza que vai ficar muito feliz quando souber que estou carregando um fruto do nosso amor.

Falo com o maior sorriso do mundo.

Vejo minha mãe soluçar, então seguro suas mãos mais forte.

- Bem, eu sei o que a senhora vai dizer mãe, que eu sou jovem, que tenho apenas 18 anos e mais bla, bla, bla - falo revirando os olhos - tudo bem que não foi planejado como eu queria, mas nós nos amamos e vamos cuidar bem do bebê. O Carriery é bem de vida mãe, vamos ter nossa casinha e ainda poderemos ajudar você. Eu sei que nossas condições não são das melhores, mas eu não vou abandonar a senhora jamais.

Ela apenas balança a cabeça em negação e me puxa para o seu abraço.

E começa a chorar copiosamente.

Poxa vida, será que ela não pode ficar feliz por mim, me apoiar e dizer que serei muito feliz ao lado do amor da minha vida?

Isso me deixa tão triste e desanimada.

Olho para o relógio na parede do meu quarto e vejo que são 17:43.

Eu preciso ir, dirigir tarde da noite numa estrada de terra não é bom.

- Eu tenho que ir mãe, vai ficar tarde e o meu amor está me esperando. Ele odeia atrasos, fica brabíssimo.

Digo soltando dos braços dela.

- Não vai Carla, por favor minha filha.

- Dona Carmela dá pra parar com todo esse show, por favor? Caramba mãe.... olha, é melhor eu ir, tudo isso está me deixando chateada.

- Eu faço isso para o seu bem minha filha. - diz ela enxugando as lágrimas.

- Eu sei o que o bom pra mim mãe.

Pego minha bolsa e sigo pra fora de casa.

Sigo pela estrada tranquilamente e fico pensando no que aconteceu nos últimos meses, 6 meses atrás conheci o Carriery e foi um encontro inusitado. Eu estava trabalhando na fazenda Grey como ajudante da minha mãe e nesse dia eu tive que dormir na fazenda porque logo mais cedo o patrão iria chegar. Normalmente é só mantermos tudo limpo e arrumado já que é raro os patrões virem pra cá, mas o senhor Grey viria então tinha que ter alguém para servi-ló.

Flashback on

Tenho que suporta isso, já que ele é um saco, velho ranzinza e rabugento.

A CAIPIRA E O CEOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora