A CAIPIRA E O CEO

5. EU SOU A DONA DA PORRA TODA

- Vamos tia Nora, eu preciso ouvir o que eles vão conversar.

Levanto e sigo até a porta, porém antes de chegar sinto uma mão no meu ombro.

- Ana minha filha, é perigoso. E ele pode te descobrir aqui.

- Vamos ser discretas e silenciosas, ninguém vai saber que eu estou aqui.

- Não acho uma boa ideia isso querida - olho para ela e faço os olhinhos pidões e as mãos juntas - tudo bem, vamos lá, mas se ele chegar a desconfiar, eu te escondo.

- Obrigada. - beijo seu rosto e abro a porta do escritório.

Seguimos até a sala e ouvimos as vozes.

- Eu soube que você conseguiu achar minha filha Alex. Minha vinda aqui é para que me diga onde ela está. - fala um homem irritado.

- Você soube por que mandou me vigiar ou pelos jornais? - pergunta Alex com sarcasmo.

- Você é inteligente Alex, nada comparado ao imbecil do seu pai.

- Cala a boca, não venha ofender meu pai na nossa casa. Aqui você não tem poder algum. - diz Alex irritado.

Coloco minha cabeça mais para dentro da sala e vejo que Lili e a tal Mia não estão presenciando a discussão.

- Quero que saía da minha casa Carriery, por favor. Se não sair por mal, sairá com os seguranças. - fala o tio Peter calmamente.

Deus amado, ele não pode passar nervoso.

- Valente Peter, nada comparado ao nosso último encontro onde você quase partiu para melhor ou pior.

- Se for para pior eu te encontro lá, pois para o paraíso você não vai. - nossa tio, você arrasa mesmo.

- EU QUERO QUE ME DIGAM ONDE ANASTÁCIA ESTÁ PORRA. - levanto minha cabeça a tempo de ver o homem forte e loiro ir para cima do tio Peter e Alex tentar intervir, porém um segurança segura ele.

- VAMOS PORRA, DIGA ONDE ELA ESTÁ - ele grita segurando a camisa do tio Peter com as duas mãos.

- NÃO, SOLTA ELE SEU DESGRAÇADO. SOLTA MEU PAI OU EU LIGO PRA POLÍCIA. - grita Alex desesperado.

Meu tio começa a se debater tentando sair das mãos do homem mal.

- POLÍCIA SEU ADVOGADOZINHO DE MERDA, VOCÊ SABE QUEM EU SOU? - grita ele dando um soco no rosto do tio Peter.

Tia Nora solta um grito desespero e eu coloco minhas mãos na boca para abafar meu grito.

Para mim já deu. Eu levanto e sigo até a sala.

- Você não é ninguém comparado a mim - repito na minha cabeça o mantra que o Alex disse "você é a dona da porra toda" e fico repetindo sucessivamente.

Eles olham para mim e tio Peter arregala os olhos.

- Anastácia, o que você acha que está fazendo?

- Já chega de fugir e prejudicar vocês - olho para o homem loiro no fundo dos olhos - solta ele, seu assunto é comigo e somente comigo.

- Boa menina Anastácia - ele solta o tio Peter que caí no chão - vamos finalmente ter uma conversa civilizada. Sente-se Anastácia - ele manda como se eu fosse um dos seus funcionários e quando ele percebe que eu não vou obedecer - Por... favor.

- Solta o Alex também - ele me encara com raiva - agora, antes que eu tome outras providências.

- Solta ele - ele faz un sinal para o segurança que imediatamente solta o Alex.