56. QUE SOL

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POV. ANASTÁCIA GREY

Olho pela janela e vejo a pequena ilha mais adiante, será uma aventura e tanto nossos dias nesse pequeno paraíso.

Pelo que puder ler nos panfletos que a comissária de bordo nos deu, Bahamas é quente, ou seja, já não basta o inferno que meu coração se encontra nesse momento, ainda tenho que aguentar o sol escaldante e paradisíaco.

Mas o melhor de tudo isso é, ninguém vai saber que estou aqui, não por enquanto, todos sabem que não gosto do calor em excesso.

Hoje mais cedo meu peito doeu muito, sentir um aperto nele que pensei que eu fosse ter uma parada cardíaca, mas passou, acho que é o estresse da viagem.

O avião pousou tranquilamente e Cléo observa tudo quieta, juro que pensei que ela iria se estressar durante a viagem, mas estou surpresa com o comportamento dela.

- Senhorita - tiro meus olhos da minha bebê e olho para uma das aeromoças - nós chegaremos em 10 minutos, peço que coloque os cintos de segurança e mantenha-se calma.

- Ok, obrigada - ela sorrir e ajuda-me a por meu cinto, ela tentou colocar o da porquinha também, mas Cléo não gostou nadinha e tentou morde-lá.

- AÍ MEU PAI - grita alto e tira sua mão rápido.

- Desculpa, é que ela não está acostumada com estranhos tocando-a - lhe dou um sorriso singelo - pode deixar que eu coloco o cinto.

Ela apenas afirma e saí para algum lugar, eu ajeito o cinto da Cléo que lambe minha mão e tenta chupar o meu dedo.

- Você é um bebê muito inteligente meu amor - ela ronrona para mim - só seja mais educada.

Prendo o bebê conforto direito e ela fica quietinha me olhando.

- Desculpa, eu sei que não está sendo fácil para você, mas no momento é o que preciso e eu não estaria sendo uma boa mãe para você se lhe deixasse lá, sentiria muito sua falta.

Não demora muito e o avião pousou, pego nossa bagagem de mão e nossas bolsas e descemos.

Pego o restante das malas no desembarque colocando no carrinho e seguimos para fora do aeroporto.

Observo que o fluxo de carros na grande ilha e busco um carro disponível.

- Carro senhorita? - um senhor idoso pergunta para mim.

- Sim, eu gostaria de ir ao porto - ele apenas sorrir.

- Se a senhorita quer pegar a balsa - eu afirmo sorrindo - vou colocar suas malas no porta malas.

- Obrigada - abro a porta de trás do táxi e coloco as bolsas e depois o bebê conforto com a Cléo - o senhor quer ajuda? - pergunto depois de acomodar todas as coisas.

- Não precisa senhora - vejo quando ele coloca a última mala no porta malas - pronto, podemos ir agora, temos 1 horas até a balsa sair.

- Ok - me acomodo ao lado da Cléo que olha tudo curiosa.

O motorista senta em seu lugar e começa a dirigir.

- Então senhora, qual o seu destino? - pergunta me olhando rapidamente pelo retrovisor e volta a olhar para a estrada.

- Não sei, eu estou tirando umas férias por tempo indeterminado, então gostaria de algo novo - digo lhe fitando - o senhor tem algum lugar em mente?

- Aqui em Bahamas temos muitas ilhas maravilhosas, como por exemplo a de Andros, que é a mais próxima daqui, ela conta com centenas de Ilhéus pequenos e cays, que são ligados por pântanos de maré e maguezais - ele fala tudo isso com um brilho nos olhos espetacular - sabe senhorita, antes a ilha só mantinha uma balsa para todos os que entravam e saíam das ilhas, mas devido ao aumento do turismo na Capital de Bahamas, temos mais balsas disponíveis e elas duram o dia todo.

A CAIPIRA E O CEOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora