45. MENINA TOLA

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POV. ANASTÁCIA GREY

- Sério mesmo isso? - pergunto depois de ouvir tudo o que eles me falaram.

- Sim querida, nós soubemos pelo seu pai - diz minha mãe - eu não estava lá no momento pois estava em atendimento, mas Rick ficou bravo quando soube quem era o médico que te atendeu.

Quando eu acordei ontem pela noite, com a visita de todos os meus familiares, me senti segura junto deles e depois de conversarmos um pouco e deixarem os sermões eles partiram para casa descansar também.

Mas agora, com todas as informações repassadas a mim eu meio que estou um pouco amedrontada sabe?!

- E seu dedo mãe? - pergunto pegando sua mão enfaixada.

- Eu estou ótima querida, não se preocupe com isso - ela beija a minha testa - enquanto você descansava e seu pai ficava aqui, os médicos fizeram a cirurgia e ele está novinho meu amor, quem sabe com o tempo e a fisioterapia um dia ele não volte ao normal?!

- Desculpa por isso, não queria que a senhora fosse atingida pela...

- A culpa não é sua meu bebê, mas eu quero te pedir uma coisa, fique longe do Flinn pois ele pode ser pior que o pai dele - diz mamãe segurando minha mão.

- Tudo bem, eu farei isso - afirmo para ela - lá fora está cheio de jornalistas?

- Sim, está um inferno mas seus tios já tomaram as providências e ninguém entra sem autorização - confirmo o que ele diz.

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Já passaram-se horas desde que acordei e minha vontade de cair fora daqui aumenta a cada minuto.

O doutor Flinn disse que seria melhor eu ficar aqui em observação, pois dá última vez que fui envenenada eu fui liberada para repousar em casa e não ajudou muito.

- Bonequinha, a mamãe vai tormar um banho e já volta - fala Carla levantando e pegando a bolsa que meu pai trouxe com roupas para ela.

Eu não sei se é coisa da minha cabeça, mas acho que meu pai ainda ama minha mãe, não sei, eles dois estão muito unidos, claro que o senhor Carriery falou que é porque eu sofro muito longe dela mas não sei não, os olhos dos dois brilham muito e ela fica nervosa demais quando falamos dele.

- Tudo bem, eu não irei sair daqui - minha mãe beija minha testa e vai para o banheiro.

Não demora muito e a porta é aberta.

Olho de relance e o doutor Flinn me encara com um sorriso amarelo que faz meus pelos se arrepiarem.

- Sozinha Ana? - pergunta entrando e fechando a porta - estranho isso.

- Não é por muito tempo - não vou dizer que minha mãe está no banheiro.

- Já está quase na troca de acompanhantes, não que sua família respeite isso mas não vi seu namorado lá fora - ele fica ao lado da minha cama com as mãos dentro do seu jaleco.

- Ele já está chegando - falo apenas isso.

Ele tira do jaleco um seringa com alguma coisa dentro.

- O que é isso? - seguro sua mão antes de ele chegar na minha bolsa de soro.

- É apenas remédio para dor - fala tentando puxar sua mão mas seguro com minhas duas mãos.

- Mas eu não estou sentindo dor e não está prescrito no meu prontuário - olho firme para ele.

Ele rola os olhos para mim e bufa.

- Nem tudo tem que está escrito nesse pedaço de papel, eu sou o médico e sei o que faço - ele puxa a mão mais forte e fura o tubo fino da minha bolsa de soro.

Puxo a intravenosa do meu braço e saí um pouco de sangue, mas pouco me importa agora.

Desço da minha cama e quase caiu no chão, mas consigo andar para longe dele.

- Por que você fez isso Anastácia? - pergunta tentando chegar perto de mim, mas levanto minhas mãos para que ele pare.

- Pelo que eu entendo de médicos e medicamentos, todos eles são prescritos nos formulários dos pacientes e no meu não falaram nada de remédio para dor, eu não sinto dor, não sinto nada.

- Eu iria escrever no seu prontuário depois - fala chegando mais perto - agora vamos, volte para seu leito que irei colocar novamente o IV.

- Não, eu quero que você saia daqui ou vai se arrepender - droga, eu ainda não me sinto firme nem para matar uma formiga.

- Chega disso menina tola - diz com ódio para mim - Você vai deitar e ficar quietinha.

Flinn segura em meu braço e me puxa para o leito.

- ME SOLTA, SOCORRO, SOCORRO - a porta do banheiro é aberta e a do quarto também.

Minha mãe vem para o meu lado e os seguranças para pegar o idiota.

- Quietinhos aí - ele me coloca em sua frente e aponta alguma coisa em minha cabeça - ela vai sair comigo daqui.

- NÃO MESMO, NEM POR CIMA DO MEU CADÁVER SEU DESGRAÇADO - diz minha mãe vindo para cima dele.

- Então não seja por isso - ele mira o objetivo em sua mão que agora sei que é uma arma para ela e atira.

- Um segurança pula na frente da minha mãe e leva o tiro por ela.

- AÍ MEU DEUS - ela abaixa e segura no ferimento do homem de terno caído no chão e me olha.

- Solte ela agora - Sawyer aponta sua arma para nós também e o idiota do médico aperta seu braço em meu pescoço.

- Eu vou morrer mais levo ela junto - engatinha a arma - saiam do nosso caminho.

Sawyer permanece imóvel e Taylor me encara sério.

- Então, vão testar para ver - ele iria apertar o gatilho e eu grito.

- TÁ BOM, TUDO BEM - olho para os meus seguros - saiam da nossa frente e não façam nada.

Merda Ana, pensa em alguma coisa rápido.

Taylor e Luke ficam relutantes.

- Por favor meninos, tem uma arma na minha cabeça e não me sinto forte para nada - fala envergonhada.

Isso nunca que me aconteceu antes, respiro devagar para tentar me acalmar um pouco pois meus nervos estão a flor da pele.

Meus seguranças saem da nossa frente e Flinn vai passando devagar me puxando junto pelo pescoço.

- Boa menina Ana, você é bem inteligente - saímos do quarto com cuidado e chegamos ao corredor sendo notado por muitas pessoas e os seguranças nos seguindo.

- ALGUÉM SEGURA ESSE DESGRAÇADO, NÃO DEIXEM ELE SAIR COM A MINHA FILHA DESSE HOSPITAL - grita minha mãe da porta.

John vai me puxando para algum lugar, não sei onde.

Enquanto seguimos para fora do hospital creio eu, um tumulto de pessoas vão se formando e alguns flahs me deixam cega.

Chegamos a porta do hospital e o aglomerado é maior, todos nos olhando, tirando fotos e gritando.

- Você não gosta de ser o centro das atenções Grey, veja só, estão todos aqui para te ver - diz aperta meu pescoço mais forte com seu braço e me deixando com falta de ar - SAIM DA FRENTE PORRA, SAIAM DA MINHA FRENTE.

Flinn saí me puxando no meio da multidão e eles vão se afastando de nós.

Quando estamos próximo a um carro, alguém abre a porta e ele vai entrando e me puxando para dentro com ele.

- SOCORRO... SOCO... - ele coloca o pano no meu nariz me sufocando.

Me debato no banco do carro com ele em movimento e adormeço.

A CAIPIRA E O CEOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora