Unique

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"Learn the rules so you can break them properly."

Um impasse resumiria meu mês todo, até o final do semestre, pelo menos.

Pensei que os alunos não poderiam fazer rondas sozinhos porém, depois que tomei a leve bronca que nem pareceu uma bronca, Professor Dumbledore deixou com que Hermione escolhesse se gostaria de continuar as rondas sozinha ou escolher um outro monitor junior para acompanhá-la e, mesmo sabendo que a garota a minha frente não tinha a mente tão voltada a perversões como a minha, fiquei surpresa em saber que ela escolheu continuar as rondas da semana que iniciou a pouco, e da próxima também, completamente só.

É claro e muito mais do que óbvio que não deixei escapar a primeira oportunidade de ficar sozinha com ela portanto, ainda naquele dia, sem o emblema de monitora e com a ciência que se mais algum aluno ou professor me visse fora do dormitório, àquela hora da noite, estaria realmente encrencada, coloquei um vestido solto por baixo do sobretudo verde musgo, encurtei meu cabelo e passei um perfume novo para assim, esperar Hermione na sala precisa que nós normalmente passávamos horas treinando.

Pensei em uma sala de aula normal, como a primeira sala de aula que passávamos para checar na ronda. Não coloquei feitiços na entrada nem na sala, pedindo apenas por uma janela grande com a visão de uma lua bonita. Não sei como e nem o porquê Hermione estava esperando por isso também, porque, alguma razão, abriu a porta confiante em me encontrar exatamente no canto da sala.

- Por que eu sabia que estaria aqui? - Seu sorriso era discreto e malicioso. Minhas mãos suaram em saber que ela também queria isso tanto quanto eu.

- Porque você já me conhece melhor do que ninguém e sabe muito bem que eu não iria desperdiçar uma chance dessas.

- Uma chance de que, Pansy? - Trancando a porta, vi seus lábios se mexendo levemente enquanto sentia a atmosfera da sala mudar, sabendo que ela lançou um feitiço impermeável para não correr riscos de mais alguém entrar na sala precisa. Bastou ela dar alguns passos em minha direção e deixar sua varinha na mesa ao lado da que eu estava sentada, para eu sentir escorrer o líquido quente da minha entrada.

Levantei sentindo minhas pernas tensas e duras, tirando o sobretudo e sorrindo, vendo seus olhos percorrerem meu corpo. Quando seu olhar recaiu em meu decote, lambi os lábios e encarei seu rosto.

- Uma chance de escutar meu nome saindo da sua boca da forma que eu mais gosto. Gemendo. - Ouvi um suspiro sair de sua boca carnuda e sorri meu sorriso mais safado, apenas para ela. Hermione tinha o poder nas mãos, porém, agora sabendo que eu também conseguia provocá-la, iria usufruir disso.

- Pansy... não devia fazer isso.

- Fazer o que? Só quero passar um tempo contigo, você não?

Seus olhos não paravam apenas nos meus, marcavam e queimavam todo meu corpo. Eu sentia como se seus olhos colocassem fogo em todo meu corpo e quando ela colocou suas mãos em minha cintura, puxando meu corpo para mais perto do seu e cheirando meu pescoço, não consegui refrear um pequeno gemido que pulou da minha boca para seu ouvido.

- Não devia ser tão gostosa, sabia? - Por Merlin, ter Hermione Granger falando com a voz mais baixa e rouca que o normal é quase como um ápice premeditado, mesmo ela não sabendo.

- E você deveria parar de falar tanto, Hermione. Faça o que quer fazer.

- E o que quer que eu faça? - Levando suas mãos para meu rosto, encarando bem meus olhos, percebi as faíscas da luxúria saltando daquele brilho marrom. Uma de suas mãos foi parar na minha nuca, puxando meu cabelo para trás, fazendo minha cabeça tombar por eu não conseguir refrear o reflexo de relaxamento do meu corpo. Droga, ela sabe como fazer meu corpo gritar. - Quer que eu te faça aqui? Te faça gemer meu nome? Que eu explore seu corpo todo a ponto de só parar amanhã? Por que acredite, Pansy, quando eu começo, eu termino apenas depois de fazer bem feito.

Seus beijos pelo meu pescoço apenas incendiaram mais meu corpo, fazendo despertar o desejo do toque. Eu preciso tocar sua pele, sentir seu gosto e ouvir seus gemidos também, quero seus dedos ágeis dentro de mim. Eu quero essa mulher.

- Eu não posso mais tentar refrear esse desejo, Hermione. Eu quero você e quero agora.

- Você ficou maluca, mas preciso admitir, me deixou louca junto. - Não precisou mais de palavras, bastou um olhar e concordamos internamente que mesmo não sendo hora, apenas seria. Nossos corpos já estavam quentes, consegui perceber ela reforçando os feitiços na porta e tenho certeza que inventaria uma boa desculpa para não terminar aquela ronda e quem quer que esteja fora da cama, vai agradecer por isso.

A mesa era de madeira fria, porém não tão fria quanto minhas mãos estavam. Eu estava nervosa, por Merlin. Tudo parecia tão novo e excitante, eu estava sentindo algo que nunca senti e nem havíamos começado a nos beijar, ela apenas passava a ponta gelada de seu nariz em meu pescoço, sabia que eu arrepiava fácil assim e me queria entregue. Granger. Estou à mercê dela a mais tempo do que eu mesma posso lembrar.

- Eu adoro seu cheiro, sabia, Pansy?

Merlin, me ajude. Ela tem toda razão, ela me enlouqueceu de vez.

- Eu também adoro o jeito que você me tem, Hermione. Você me tem nas mãos.

- Não, querida, eu te terei agora.

A atmosfera estava quente, sim. Nossas peles estavam arrepiadas, se tocando, porém, dava para sentir, tanto dela quanto de mim mesma e isso me surpreendeu, que a pressa da luxúria havia deixado aquele recinto para dar vazão ao desejo sincero. Suas mãos eram tão suaves que massageavam minha pele apenas com um leve contato. Seus olhos, quando encararam os meus, haviam um brilho que nunca, jamais, dentro de uma sala pouco iluminada pela única janela que havia ali, esperava encontrar.

Parecia que já esperávamos nossa vida toda por aquele momento, uma dança ensaiada que fazia nossos movimentos serem totalmente sincronizados. Ela apertou minha cintura e eu subi na mesa, sentando ereta com as mãos apoiadas do lado das minhas pernas, sentindo o frio do material de madeira rústica em contato com minhas coxas. Nosso beijo foi lento, possessivamente delicioso e particularmente calmo para aquele momento que parecia ter refreado o tempo. Nada além das nossas respirações e o leve som das nossas bocas se tocando era ouvido naquela sala, talvez no castelo todo, no mundo inteiro. O tempo não para mas aquele momento era importante demais para acompanhar a lógica do mundo.

A lógica talvez apreciava o momento de um canto daquela sala, acompanhada pelo bom senso enquanto o real envolvimento regia nossos movimentos, nossos toques mais íntimos.

E a intimidade veio com o olhar da certeza nos olhos castanhos mais doces que já vi. Tão absurdamente confiante em si e naquele momento, que tudo aquilo deveria ser proibido. Por Merlin e por Morgana, eu era totalmente dela, muito mais do que um dia já fui de mim mesma. Eu era muito mais dela do que qualquer um pudesse imaginar e confesso que a vontade de dizer isso a ela era insana de tão grande!

Tão insana que se fez sozinha.  

C.A.O.S.: Carnalmente Apaixonada, Operação Sonserina!Where stories live. Discover now