O melhor agora possível

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- Eu te amo. Droga, eu realmente amo.

Se o tempo antes parecia lento e totalmente fora da lógica, agora, naquele exato momento em que seus olhos, pouco surpresos, me encaravam, o tempo parecia ter parado completamente. Ambos os cantos daquela boca desenhada subiam levemente, formando um sorriso muito mais puro e sincero do que um dia eu pensei em merecer. O brilho dos seus olhos aumentou ainda mais e realmente não sei dizer se era por emoção ou talvez fosse meu cérebro pregando uma peça. Não seria a primeira vez de qualquer jeito.

Daquela vez, não seria uma expectativa. Não seria tão simples assim.

O amor realmente não era tão simples assim.

- Pansy Parkinson. Quem diria.

Suas mãos tocaram delicadamente em meu rosto e com o carinho gostoso daqueles dedos gélidos, fechei os olhos e me permitir sorrir abertamente também. Mesmo sendo uma garota de atitude e poucas palavras, sempre fui completamente apaixonada por romance e me descobri, tendo Hermione despertando muito mais do que simples tesão esse ano e desde sempre, preciso admitir, nunca foi competição com ela, nunca senti inveja da pessoa que ela sempre foi. Sempre quis ter o que ela poderia proporcionar e o que sempre via em seus olhos. Empatia, sinceridade e amor.

- Preciso concordar, Pansie. Droga, eu também te amo. - Mesmo de olhos fechados, mesmo sorrindo, a sensação mais gostosa do mundo me atingiu pela primeira vez na vida, reciprocidade. E deixando ela conduzir o beijo mais amoroso que já tive o prazer de sentir, senti tudo aquilo que busquei a vida toda, mesmo negando a mim mesma esse tal fato.

Eu tenho o amor. Eu sinto o amor. Agora posso dizer que sei amar.

Eu tenho ela. Minha Hermione.

Seus toques eram suaves e seu gosto era selvagem, como se quisesse ser junto a mim, um só ser. Seu cheiro entrava pelos meus poros e todo aquele momento deixava meu cérebro completamente em pane, meu corpo respondia sozinho os estímulos que Hermione me propunha e confesso que nunca mais seria somente minha, tendo uma parte roubada por aquelas mãos delicadas, finas e completamente habilidosas, sempre seria assim.

Seus lábios suaves beijavam meu pescoço e mesmo não percebendo, minhas mãos também a tocavam. Eu sentia sua pele macia em contato com a minha quando nossas roupas simplesmente deslizavam por nossos corpos, sentia seu hálito em contato com meu colo completamente arrepiado de prazer e sentia minha alma totalmente exposta a ela, sem medo do amanhã, sem lembrar do passado e plenamente satisfeita com o agora.

Meu melhor agora possível.

No agora, a leoa transformou aquela mesa dura e fria de madeira em uma cama confortável que nos abraçava em seda. No agora, meu medo de não ser o certo ou cedo demais, pulou da janela daquele alto andar, desaparecendo totalmente e levando consigo a insegurança de não ser suficiente.

Nossos corpos se tocavam, nossas almas se beijavam.

Finalmente, quando meus olhos encararam aquele corpo completamente esculpido em minha frente, um suspiro escapou por entre meus lábios. Aquele era o momento em que mesmo sem a certeza de um futuro, entendemos que somos uma da outra e carregaremos um pedaço de desse momento para sempre em nossas almas e em nossos corações.

Quando finalmente nos deitamos juntas, todos os detalhes dos nossos corpos eram um pedaço para perdição completa e nossas mãos exploravam sozinhas cantos e recantos mais íntimos. Mesmo seu dedo tocando suavemente em meu seio esquerdo era motivo para um arrepio gostoso de tesão e quando ela apertou levemente com um sorriso safado nos lábios inchados pelos meus beijos, o gemido que saiu por minha boca foi o suficiente para que nossos corpos fossem ímãs que não podem ser separados.

C.A.O.S.: Carnalmente Apaixonada, Operação Sonserina!Where stories live. Discover now