capi. 6 ( segunda parte)

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Boa leitura e bjs :)

Rafaela

A festa continuou, e muito bem pelo visto. Não esbarrei mais com a cachinhos dourados e nem com Victor e Jaqueline, que devem ter sumido pelo mudo, como sempre.
Depois de um tempo consegui escapar da irmã do Jaque, ela é bem bonita e é boa no que faz, mas infelizmente é chiclete, e isso não rola.

Agora estou indo na cozinha, buscar bebidas para algumas pessoas que estão na pista de dança.
Eu já bebi bastante, mas não o suficiente para ficar bêbada, infelizmente ainda estou tendo noções das coisas, só que não pretendo continuar assim por muito tempo.
Como eu lido com essas coisas? Simples, encho minha cara e acordo no outro dia sem lembrar de nada, então sem arrependimento ou vergonha, apenas algumas histórias vagando por aí. Eu costumo frequentar festas desde de muita nova, com 14 anos comecei a conhecer essa parte do mundo, não saí dele até agora, e duvido que algum dia eu deixe ela para trás.

Chego na cozinha, abro a geladeira e pego a primeira bebida que alcanço; Vodka.
Vou para a pia, pego os copos e começo a despejar a bebida.

- ... Você pode me soltar, eu não quero ir com você. - Ouço uma voz bem alterada e meio feminina, vindo de algum lugar.

- Não tem como você sair daqui desse jeito, então eu vou te levar! - Agora é uma voz masculina e rígida.

- Eu.. Não estou bêbada. Me solta antes que eu grite. - Consigo reconhecer a voz, o que faz com que meu coração acelere.

- Se você gritar, eu vou ter que agir na violência. - O garoto fala mais alto, o que me dá a chance de encontrar eles.

Olho para janela, e avisto duas pessoas no jardim, confirmando minha dúvida. Maria Isabel e um garoto. Ele está segurando ela pelo braço de uma forma bem violenta, e ela está tentando se esquivar.

Ok, lá vamos nós novamente bancar a heroína.

Corro para saída, e começo a atravessar o terreno atrás deles.
Eu posso ser bem coração frio, mas nunca deixaria alguém machucar ela na minha frente, até porque isso seria desumano no nível extremo. Não é porque é a Maria Isabel, e sim porque é uma situação que tenho controle e posso ajudar, então eu faço, apesar de não ser minha praia.

Chego neles, que estão em uma situação bem pior. Ele está totalmente agarrado com ela, enquanto a mesma se debate.

- O que está acontecendo aqui??? - Pergunto alto, e os dois olham.

- É melhor você sair daqui. - O menino avisa me olhando. - Não vai querer se meter na briga!

Não que eu seja a fodona, mas derrubar ele é fácil demais.

O moleque deve ter 1,67, um porte físico magro, e também está bêbado.

- Acho melhor você soltar ela, anda. - Chego perto e ele vai se afastando, levando Mabel consigo. - Moleque, você tá surdo? - Perco a paciência.

Mas era o que me faltava mesmo!

- Não se mete. - Ele volta seu olhar para ela. - Vamos para minha casa. - Consigo sentir a malícia em sua voz, e o nojo na minha boca.

Na mesma hora, o olhar de Mabel volta para mim, e se eu estivesse 100% sóbria, diria que ela está me pedindo ajuda.

- Tem como largar ela ou vai preferir a violência? - Pergunto, me aproximando mais ainda.

- Eu já mandei sair daqui!!!! - Ele fala irritado. - Vamos continuar. - Aproxima seu rosto do da Mabel, que se afasta a todo custo. - Ok, chega! - No segundo em que Mabel sai de campo, miro um soco no rosto do pirralhinho, que na mesma hora caí para trás, largando Mabel. - Peguei você!! - Seguro seus braços quando percebo que está um pouco tonta.
Deve estar bêbada, certeza!

Por diversas vidasWhere stories live. Discover now