capi. 17

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EU achei essa capítulo meio pesado k então sei tomem cuidado
bjs e boa leitura :)

2 semanas depois
Noite anterior.

Rafaela

- Fumar faz mal. - Meu tio avisa, assim que chega perto e me ver com o cigarro.

- Eu não me importo. - Trago o cigarro, ignorando o aviso.

- Mas eu me importo. - Ele tira o cigarro da minha mão.

- Ser filha da dona Angélica também fez muito mal, e o senhor não ligou. - Cuspo as palavras, e em seguida tomo o cigarro da sua mão.

- Rafaela, já disse que não sabia que ela te tratava daquele jeito. - Me olha atento. - Você é minha sobrinha, jamais deixaria passar por isso.

- Deveria ter investigado. - Seguro o nó na garganta.

- Sua mãe mandava notícias dizendo que você estava bem, eu acreditava nela. - Seu tom de voz é baixo.

- É.. - Continuo fumando, observando a vista do apartamento.

A moita está linda, com estrelas, sem barulho e a lua brilhante. Os carros não estão tão presentes, e algumas pessoas caminham na beira da praia.

- Rafaela, eu preciso que você me dê abertura para te conhecer, cuidar de você e te ajudar. - Encosta no meu ombro mas eu afasto. - Seu pai pediu isso.

- Não preciso de favor de ninguém. - Falo grossa. - Eu precisava da sua ajuda antes, agora já sei me virar.

- Rafaela, eu já disse; Sua mãe não me falava nada, na minha visão era perfeita. Vocês tinham o dinheiro do Adrian, uma casa e uma condição perfeita. Ela sempre dizia que você não queria contato comigo, por ser uma menina difícil de lidar, eu achei que você me odiava. - Seus olhos estão brilhando, mas por conta das lágrimas acumuladas.

- Não preciso de explicações. - Desvio meu olhar, para não me comover.

- Pelo visto precisa. Você é igual ao seu pai, sempre cabeça dura e tentando não se abrir. - Meu coração dói.

- Você não me conhece.

- Mas conheci seu pai. E você é igual a ele.

- É melhor está conversa acabar por aqui. Minha infância é passado, acabou. Você está seguindo seu combinado e eu o meu. Me ensina a liderar a empresa e eu me dedico, pronto. - Apago o cigarro.

- Mas Rafaela, precisamos de uma relação, somos família.

- Eu não costumo ter família, então me viro melhor sozinha. - Corto seu sonho. - Só segue o combinado, nada além disso. - Dou leves tampinhas em seu braço, me afasto, saindo da sacada e indo direito para a geladeira.

Preciso beber, encher a cara e esquece tudo isso.
Há alguns dias atrás descobri que tio achava que eu tive uma infância incrível, uma família e muito amor, por isso achava que eu era atrevida, mas por algum acaso, descobriu que foi tudo uma farsa da Angélica, e agora está tentando fazer sei lá o que.
Tudo bem, eu entendo sua vontade de se aproximar, que foi vítima daquela cobra tanto quanto eu, mas ainda não me tira o rancor, e duvido que aconteça. Não quero alguém perto demais, sabendo tudo ou tenho meu lado sentimental, porque isso significa que estou entregando minha fraqueza nas mãos da pessoas, e eu prefiro passar por isso sozinha, apenas eu e eu, só.

Encho meu copo com vodka, e viro deixando o álcool queimar minha garganta.
Aos poucos vou me matando, mas isso não vem ao caso.

As duas últimas semanas tem sido tão confusas e corridas que mal tenho tempo para pensar em algo além de trabalho. A minha vida está girando em torno disso, e eu não sei como conseguem liderar tão bem, porque para minha pessoa está sendo bem difícil.
Sinto saudades de algumas coisas, da minha liberdade, da minha vida antiga e tudo que acontecia antes dessa prisão.

Por diversas vidasWhere stories live. Discover now