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Alice 🔮

Apesar de todo estresse, o Hugo estava totalmente certo, na verdade ele sabia que cada detalhe das minhas aulas e dos meus dias de faculdades eram importantes principalmente pra mim, mesmo eu morrendo de preocupação e disposta a deixar de lado por alguns dias, ele estava certo em brigar comigo contra isso.

Por isso eu gosto dele, de estar com ele. É muito bom conviver com pessoas que te puxam pra ser o melhor, que querendo ou não brigam com você só pra você conseguir o que quer, ele é exatamente assim.

De manhã, como prometido a ele, eu fui pra casa após o almoço dele, quando cheguei tava morta como sempre, quis até limpar mas estava cansada demais, então só almocei, coisa que minha mãe já deixou aqui só pra esquentar e comer. Depois de dormir, fui pra faculdade e depois pro hospital.

E assim os dias foram se passando, parecia que cada dia tinha um pouco mais de 24h, porque demorou tanto pro Hugo sair do hospital, na última semana dele lá, também era a última semana do ano, de uma forma ou de outra queria passar com ele, com ou sem a viagem.

Alice: Finalmente, liberdade cantou.- Brinquei logo após o médico sair do quarto e ele se levantar.

Hugo: Agora é outra história, vida nova.- Sorri colocando a mochila dele e ele parou do meu lado beijando meu pescoço.- Ao lado da minha gatinha.

Alice: Se não fosse ao meu lado não ia ser ao de mais ninguém também, tá pensando o que? Eu hein.- Ele sorriu fraco e a gente foi saindo.

Agora o Hugo só estava com os ferimentos pelo corpo mas já era bem pouco, praticamente estava novinho em folha. A gente foi de uber pro morro e quando chegou a Brenda tinha feito um almoço pra gente. A gente passou horas ali conversando e comendo até ir pro quarto, ele tomou banho sozinha e eu fiquei pensativa.

Alice: Como você tá? - Falei deitando na cama e fechando os olhos.

Hugo: Cansado, e você? - Abri os olhos vendo ele vestir a roupa.- Mas pra transar não tô cansado, nem com nada doendo e tal.

Alice: Sai, feio. Eu estou morta, só o pó aqui.- Hugo deitou lentamente ao meu lado depois de apagar a luz e eu fechei os olhos.

Hoje era sábado então era meu dia sem preocupações, Hugo beijou minha bochecha e ficou fazendo carinho no meu rosto. O que eu tinha percebido é que Hugo ficou o mês todo sem fumar, por não poder e tudo mais, sendo que ele não sentiu falta por causa que na maioria das horas ele estava sempre meio que dopado de sono pelos remédios, porém se ao chegar em casa ele não foi direto fazer, quem sabe ele não dá um tempo. Eu sentia que algo ia mudar, mas não sabia se para melhor ou pior, só que eu tinha uma sensação que alguma coisa ia acontecer.

Cria do morro Onde as histórias ganham vida. Descobre agora