15 | Exploda!

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❤ oi!

Contem cenas fortes, fofas, gatilhos e muito jikook, cuidado! ❎

Se é SENSÍVEL a qualquer um dos temas desta fic, não continue a leitura!

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#JungkookDaltônico

Jimin piscou devagar, puxando o ar antes de apoiar a cabeça na parede atrás da cama onde estava sentado havia algum bom tempo. Remexeu as pernas embaixo da coberta pesada e expirou, passando a língua pelos lábios secos e rachados antes de fitar a janela do quarto, o vidro fechado, a chuva forte batendo contra ele. Sentia como se a qualquer momento, o vidro racharia e a chuva adentraria o cômodo de tão forte que essa se encontrava.

Abaixou os olhos até a mão direita agora enfaixada e virou a palma para cima, sentindo um pequeno incômodo ao que a movimentava, mas bem melhor do que antes, quando uma dor dilacerante se estendia pelo punho em direção ao cotovelo e Jimin não conseguia mover os dedos normalmente. Em seguida, virou o rosto para a direita e fitou o relógio ao lado da cama. 01h34; dia oito de janeiro.

A noite se estendia pelo cômodo, as sombras penetrando tudo e todos ao seu redor. Jimin estava cansado, mas sabia que se dormisse novamente, teria o mesmo pesadelo que o havia acordado e também o feito preferir permanecer consciente naqueles poucos dias que se passaram. Sabia que se fechasse os olhos, veria aquele mar escuro, a noite que se estendia pela praia de areia branca. Sabia que veria o sangue jorrando do pescoço de Appa e que ouviria os gritos de Woobin além de imaginar como Rosé também havia sido atacada.

Suspirou e virou o rosto para a esquerda, tentando tirar aqueles pensamentos de si e jogá-los para longe, trancá-los junto ao monstro que também vivia agora dentro de si, apenas esperando um gatilho para voltar a superfície. Mas Jimin havia ficado bem por aqueles últimos quatro dias. Sem ataques de pânico pelo menos. As lembranças continuavam ali, imutáveis, presas em sua consciência como se tivessem sido amarradas pelo fio vermelho sangue de um destino maldoso.

Jimin piscou com força e levou o foco a Jin ao que o menor dormia de barriga para cima, os cabelos grudados a testa pelo suor que se apossava de sua pele. O Park mais velho franziu os lábios e levou uma das mãos ao rosto do mais novo, tirando o cabelo de sua testa e o penteando para trás como tinha a mania de fazer com o seu próprio. Então, fitou os olhinhos fechados, os cílios longos e negros e a pele leitosa, pouco bronzeada. Jimin sentiu o peito doer, a garganta fechar e os olhos precisarem desviar a atenção do primo antes que tudo voltasse.

A dor de saber que apenas eles restaram de toda a sua família. De todos os Park, apenas Jimin e Jin ainda respiravam e somente os dois poderiam ter um futuro.

Ou talvez nem eles.

Jimin lembrava-se do que Yoongi e Jungkook falaram. De que o governo talvez não viessem buscar ao grupo ou talvez nem sobrevivessem para tal. O Park sabia que seria uma incógnita até que tivessem alguma notícia. Sabia que Yoongi e Jungkook ditaram que sobreviveriam, que permaneceriam vivos com ou sem ajuda do governo, mas...

THE DEAD ARE BACKOnde histórias criam vida. Descubra agora