Atlas Campbell é filho do prefeito de uma cidade no sul da Virgínia, teve uma boa criação e faz de tudo para dar orgulho aos pais. Tira sempre boas notas, faz aula de piano e ajuda em um asilo na cidade vizinha. Atlas é um garoto perfeito. Pelo meno...
1. "A palavra preto tem origem no termo em latim pressus. 2. A cor preta é classificada como ausência de cor, enquanto para outras é ausência de luz. A cor existe graças à luz, e uma substância é preta porque absorve todos os comprimentos de onda do espectro solar."
ATLAS
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Eu não detesto festividades. Cresci a minha vida toda nesse "meio", mas hoje especificamente, eu estou odiando e me sinto mal por isso, já que é a festa de aniversário da minha mãe. Papai quis agradá-la e deu essa festa, convidando as pessoas de maiores influência na cidade. O problema é que estou exausto graças a um trabalho que passei a semana toda fazendo e tudo que eu queria hoje, era passar o meu domingo dormindo. Mas como isso não é possível até essa coisa toda acabar, bebo o champanhe que Brittany me deu.
Minha namorada está fazendo fotos com minha mãe agora. O cabelo loiro parece estar brilhando sob a luz. Na verdade, ela toda parece brilhar e não é por causa do vestido dourado. Não, Brittany tem um tipo de luz inexplicável, principalmente quando ela sorri e parece iluminar o mundo.
Como se pudesse ouvir meus pensamentos, os olhos azuis dela — um tom mais claro que os meus — se fixam em mim e ela sorri, até mesmo a exaustão que estava sentindo, se dissipa.
— Attie! — Brittany acena, me chamando para tirar foto com ela. Eu vou, contente e sorrindo.
— Você está linda. — sussurro em seu ouvido ao passar o braço por sua cintura. Ela cheira a flores da primavera.
— Você já disse isso três vezes. — um rubor mancha suas bochechas e eu me inclino para beijá-la.
— Não posso dizer de novo? — sorrio para minha namorada e depois para a câmera. Ela me imita e passamos alguns minutos fazendo pose e rindo.
Minha mãe se junta a nós logo depois, então meu pai e a família de Brittany. Ela não é filha única, então os dois irmãos mais velhos dela fazem questão de me dar tapinhas nos ombros como se dissessem: "Magoe ela e nós matamos você." Não disse a eles que nunca faria tal coisa. Brittany e eu namoramos desde os treze anos, nos amamos e quase nunca brigamos. Eu a amo — talvez não com a intensidade que as pessoas se amam ao ponto de fazer sacrifícios grandiosos — mas a amo. E isso basta para ela. Para nós dois.
— Vou falar com os Grey, você vem? — Brittany me pergunta quando dispensamos os fotógrafos. Todos aqueles flashes me deixaram com dor de cabeça.
— Vou tomar um ar. Encontro você daqui a pouco. — beijo seus lábios e me afasto, mas ela segura meu smoking.
— Se alguma dessas garotas desesperadas der em cima de você, dê as costas a ela, entendeu?