⁴⁵|ᵐᵒˢᵗᵃʳᵈᵃ

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1.
“A palavra mostarda é a junção de duas palavras em latim: mustum+ardens.
2.
Fruto de uma mistura entre os tons amarelo, vermelho e azul, a cor mostarda está associada à riqueza, prosperidade e abundância e é ideal para uso na decoração de ambientes.”

ATLAS

Eu ouço vozes enquanto durmo, mas não consigo distinguir as palavras, o que estão dizendo

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Eu ouço vozes enquanto durmo, mas não consigo distinguir as palavras, o que estão dizendo. Minha cabeça dói. Meu corpo inteiro, na verdade. Eu não sei se isso é um sonho. As pessoas sentem dor em seus sonhos?

Alguém está tocando meu rosto. Fallon? Eu não lembro de ter dormido com ela ontem a noite. Estamos na sua casa ou na minha? Jesus, Portia vai me matar se estivermos na sua casa. Nós estabelecemos uma relação amigável, mas ela ainda é contra eu dormir aqui em dia de semana. Ou hoje é sábado? A mão em meu rosto ainda está aqui.

Fallon.

— Ele está acordando. Chame a enfermeira. — Mas essa não é a voz de Fallon.

Mãe?

— Isso, querido. Está tudo bem.

O que está acontecendo?

Minhas pálpebras estão pesadas como se eu tivesse passado a madrugada inteira acordado. Isso geralmente acontece quando tenho que estudar para uma prova importante ou quando estou preocupado com algo.

Com mais esforço do que deveria ser necessário, eu abro os olhos.

Apenas para fechá-los de novo.

Sério, quem ligou todas as luzes do planeta?

Abro os olhos novamente, semicerrando-os por conta da luminosidade.

— Atlas, consegue me ouvir? — Uma voz diferente, feminina, pergunta.

— Sim — minha voz falha. Estou com muita sede. Pisco, minha visão clareando aos poucos. Eu vejo minha mãe ao meu lado, seus olhos vermelhos e preocupados. Meu pai, parado ao lado dela, tem a mesma expressão.

— Pode me dizer como está se sentindo? — A mulher desconhecida pergunta.

Eu olho para ela. Seu rosto é vagamente familiar. Ela está usando um tipo de uniforme rosa e segura uma prancheta nas mãos.

As coisas começam a fazer sentido quando olho para baixo, para a camisola de hospital e os lençóis. Há um IV em meu braço, e eu percebo, apenas agora, um som de um aparelho apitando.

— Você se lembra do que aconteceu? — mais uma vez a mulher que agora sei que é uma enfermeira, pergunta.

Como se essa pergunta fosse a chave para as minhas lembranças, aquela lacuna em branco em minha mente se preenche com os últimos acontecimentos.

O Colorido No Meu Preto E Branco Onde histórias criam vida. Descubra agora