Mude Por Ela ❀ Tom Holland

59| tom, elle e vitória

Tom Holland

-M-Mas isso é tudo mentira. - gaguejei, sentindo minha pressão cair novamente. - Não foi nada disso que aconteceu, eu não tive NADA a ver com isso.

-Bom, sendo mentira ou não, já tá todo mundo sabendo que foi você... - Elle deu de ombros, me deixando ainda mais irritado.

-Onde o Carl Price tá? - perguntei, cerrando os punhos com força. Não tinha coragem de bater nos meus irmãos, mas nesse Zé Mané eu tinha.

-No mesmo lugar que sempre fica: mesa 2 do refeitório. - respondeu, enquanto olhava as unhas.

Sem falar mais nada, apenas saí pisando fundo, indo até o refeitório.

Elle Ramon

Tom saiu irado da quadra, estava com a fúria de um urso. E ele nem lembrou de me agradecer, grosso!

Peguei meu celular e liguei para Carl imediatamente:

-Pronto, já fiz o que você disse... - falei, assim que o mesmo atendeu minha chamada.

-Perfeito. - respondeu - E ele está vindo?

-Sim, e não está nada contente. - suspirei - Acho que você vai tomar uma surra!

-Melhor ainda, gosto de um drama, você sabe. - riu com sarcasmo - E logo logo ele não será mais o Rei desse colégio.

-Escuta aqui, Price: O único motivo de eu ter aceitado colaborar com isso, foi porque você me disse que essa seria a maneira mais fácil do Tom esquecer aquela infeliz e voltar pra mim. - bufei em seguida - Mas eu não quero que nada de ruim aconteça a ele...

-Ei ei ei, fica calma, ok? - me interrompeu - Eu só quero que ele seja expulso por uns dias e quando voltar perder essa postura de garanhão da escola.

-Não sei se entendi!

-É simples: Imagina a fama dele indo pro ralo quando descobrirem que o maior pegador desse lugar espalha vídeos de garotas com quem ele transa e ainda bate em rapazes magricelas que nem eu. Que péssimo garoto você é, Tom. - ele contava com o maior prazer do mundo, até me assustando.

-Acha que ele vai perder a fama tão rápido assim? Ainda tem o resto do bonde dele por aqui.

-Tá falando do frouxo do Harrison e dos gêmeos cabeças-ocas dele? - gargalhou - Ah, me poupe Elle. Sem Tom Holland por aqui, esses três ficam mais perdidos que filho da puta em dia dos pais.

-Ok ok, já entendi. - revirei os olhos - Mas eu não entendi aonde isso me beneficia...

-Bom, o Tom vai precisar de um ombro pra chorar quando perceber que perdeu a namorada, a popularidade e tudo que ele conquistou nesses anos aqui. - sentia o ar de prepotência dele - E quem é que vai estar lá disposta à isso? Você, é claro.

Apenas respirei fundo e respondi que tudo bem, encerrando a ligação logo em seguida.

Tom Holland

Assim que cheguei ao refeitório, avistei Carl Price e seus urubus fofoqueiros ao redor dele, rindo, provavelmente fazendo piada sobre algum pobre infeliz desse colégio (talvez eu).

-E aí, Price? - cruzei os braços em sua direção, segurando toda a raiva que tinha no peito.

-Holland, amigão, como vai? - sorriu descaradamente - Quais são as novidades?

-Me diz você. Fiquei sabendo de um certo vídeo por aí e ele ainda veio rodeado de mentiras! - a cada palavra era mais difícil lidar com a vontade de lhe dar um soco

-Vídeo, mas que vídeo? - colocou a mão no queixo, fingindo estar pensativo. - Ah, você tá falando do vídeo que VOCÊ me pediu para postar no MEU blog, no qual VOCÊ estava TRANSANDO com a VIRGENZINHA da escola. Quer dizer, não mais virgem, não é?

-Eu acho muito bom você começar a tomar cuidado com as palavras que usa, a não ser que queira acabar com um nariz quebrado. - respirei fundo, tentando conter todos os meus sentimentos.

-Poxa, que lindo, ele se importa mesmo com aquela garota. - Carl riu, fazendo algumas pessoas ao seu redor rirem também. - Aliás, Tom, como ela está? Como ela reagiu quando soube que virou a maior vagabunda da escola do dia pra noite?

O garoto começou a rir alto, me fazendo perder completamente a cabeça. Sem pensar muito bem nas consequências, voei em seu pescoço, distribuindo socos por todo o seu corpo.

Fiquei muito tempo fazendo aquilo, eu estava cego de ódio, sentia meu punho doer de tantos socos que distribui. Uma multidão se formou ao nosso redor, eu só parei quando ouvi uma voz familiar...

-Tom, que merda, o que você tá fazendo? - era a... Vitória?

Eu parei imediatamente e olhei para trás, avistando a garota que eu amava, me encarando, com os olhos cheios de lágrimas, ela parecia acabada.

Vitória Lacroix

Eu acordei naquele dia um pouco tarde. Não me sentia mais doente. Mas estava com uma inexplicável sensação ruim. Peguei meu celular e vi algumas mensagens do Tom, ele havia ido para a aula.

Um arrepio percorreu a minha espinha, o que será isso? Resolvi me arrumar e ir para o colégio, pois não sou uma pessoa de faltar. Relembrei da minha apresentação sobre buracos negros que seria em breve, precisava assistir todas as aulas possíveis para me sair perfeitamente.

Como ainda não estava me sentindo tão bem, pedi para que minha mãe me levasse. Pois é, eu deveria ter ficado em casa.

Assim que cheguei notei vários olhares direcionados a mim, não sabia decifrar o porque de estarem me encarando tanto. Por alguns minutos pensei que todos tivessem ficado sabendo do meu namoro assumido com o Tom, porém muitas pessoas me olhavam com "pena" e outras riam adoidadas.

Aquilo me deixava bem desconfortável, pois sempre fui do tipo de pessoa que odeia receber muita atenção. Mal sabia eu do real motivo de todos esses olhares, risadas e cochichos.

*****

Espero que tenham gostado desse capítulo, meus amores. Olha eu caprichei bastante nessa aqui e nem é o dia que eu posto normalmente, porém resolvi ser boazinha :)

Obrigada por lerem até aqui e até o próximo! PS.: Estou tendo um tempo livre da faculdade, então talvez eu poste com mais frequências por um tempo, vamos ver.