Mude Por Ela ❀ Tom Holland

81| tom

Tom Holland

-Ai, o mesmo de sempre. - minha namorada deu de ombros - Fiquei atrás do telescópio e das câmeras esperando aquele maldito asteroide e ele não passou.

Nessa hora me lembrei: Tori estava frustrada fazia 2 semanas, pois o asteroide que deveria passar perto da Terra estava atrasado e aquela seria uma ótima oportunidade de coletar fotos importantes e nítidas dele.

-Sinto muito sobre isso. - respondi, sem saber muito bem o que dizer. - Vamos jantar juntos, quem sabe te faço esquecer disso...

-Ah, sim, claro. - ela sorriu fraco, parecia cansada. - Quase me esqueci, hoje é nosso aniversário!

-Isso mesmo. - entreguei uma taça de vinho a ela - Hoje completam exatos 4 anos que você aceitou fazer parte da minha vida caótica.

-Parabéns para nós, meu amor... - beijou suavemente minha bochecha

Ambos caminhamos até a cozinha e nos sentamos para comer. Vitória soltou uma risadinha ao ver que era uma lasanha de micro-ondas. Ela sabia que eu não me dava muito bem na cozinha e por isso sempre dizia que ficava orgulhosa quando me via de avental e luvas.

Eu tentei puxar diversos assuntos diferentes para tentar evitar falar sobre o "assunto principal" muito cedo. Cheguei a pedir conselhos para Jade, pois ela conhecia Tori melhor do que ninguém (depois de mim, é claro), mas mesmo assim aquilo me deixava nervoso.

Um desespero batia sobre mim quando ficávamos mais de 10 segundos sem falar nada. Normalmente isso nunca foi um problema, mas agora era diferente.

-Então, Tori. - a chamei, fazendo a garota me olhar surpresa. Ela havia percebido o quão tagarela eu estava. - S-Seu pai, ele nunca reclamou de mim, não é?

-Tá perguntando se meu pai gosta de você? - arqueou uma das sobrancelhas - Depois de quatro anos de namoro você quer saber o que meu pai acha de nós?

-É que sei lá. - cocei a nuca - Depois de tanto tempo juntos essas questões acabam me vindo a mente!

-Bom, ele gostou de você quando te conheceu pela primeira vez na nossa adolescência. - ela deu de ombros, levando um pedaço da lasanha a boca. - Achou um pouco estranho que tenhamos voltado depois de tanto tempo separados, mas acho que agora ele não te odeia.

-Isso é bom, isso é bom. - afirmei e mais uma vez o silêncio se instalou entre nós - Será que hoje a noite vai chover? Tava uma ventania estranha lá fora.

-Tom, quer me contar alguma coisa? - Tori colocou os talheres cuidadosamente em sua frente e me olhou apreensiva - Você não parou de falar desde que coloquei os pés em casa, tem algo errado?

-Eu só quero conversar com a minha namorada. - pigarreei - É estranho um namorado querer bater um papo com a namorada?

-Usou o substantivo de namorar muitas vezes em uma só frase. - riu - E não, não é estranho. Só é estranho que já estamos a 4 anos juntos e do nada você resolveu me perguntar que roupa eu usei na minha formatura da 5º série...

-Ei, isso é uma coisa importante, ok? - tentei argumentar - Tudo bem, você venceu, tem uma coisa que eu quero falar.

Vitória cruzou os braços na frente do peito e eu me levantei, nervosamente. Passei as mãos pelos bolsos da calça, segurando com força o anel que havia comprado. Tentei começar um belo discurso, mas toda vez a minha voz não saia.

E quando eu tomei coragem para dizer algo... Um clarão invadiu a cozinha, seguido de um estrondo e a energia caindo. Minha namorada deu um grito assustada e se levantou para me abraçar.

-Eu disse que estava uma ventania estranha hoje lá fora. - argumentei, rindo fraco.

Soltei os braços da minha namorada que estavam ao meu redor e caminhei lentamente até o armário, pegando uma vela e um isqueiro.

-Tem coisa mais romântica que um jantar a luz de velas? - brinquei, tentando manter o resto do humor e da coragem que me tinha.

-Ai, sabe, a gente não precisa fazer isso... - ela se sentou na cadeira apoiando a cabeça com as mãos

-I-Isso o que?

-Essa coisa de comemoração. - deu de ombros - Quatro anos de namoro nem é tão importante assim, podemos comemorar numa outra data!

-O q-que? - indaguei, ficando eufórico - Isso é importante, é muito importante.

-Por quê? - ela riu - Ano passado passamos nosso terceiro aniversário comendo o bolo de 2 anos do seu priminho, lembra?

-É, eu sei, mas é diferente agora. - tentei contradizer, ficando sem argumentos.

-O que é diferente, Tom?

-Porque até ano passado eu não pensava em dar um próximo passo no nosso relacionamento, Tori. - falei de uma vez, fazendo a garota me olhar confusa. - A um ano atrás eu não imaginei que faria o que vou fazer agora...

Sem que ela pudesse responder, eu me agachei, apoiando meu corpo no joelho direito, aquela típica posição clichê que só poderia significar uma coisa. Vitória me encarou com os olhos arregalados.

-No dia em que eu te conheci, eu não sabia do impacto que faria na minha vida. - comecei o discurso que eu havia decorado - Antes de te conhecer, eu era um cara horrível, o tipo de cara que o seu pai odiaria. Mas agora eu me sinto mudado e completo do seu lado. - respirei fundo - Por causa do seu amor, eu me esforço e tento me superar todos os dias. Hoje eu sei, sem nenhuma dúvida se quer, que você é a mulher da minha vida. - tirei o anel do bolso, o posicionando em sua frente. - Hoje eu sei que não há felicidade longe de você. E por isso quero saber: Vitória Dove Lacroix, você quer casar comigo?

Sem me responder, Tori começou a chorar, chorar muito. Eu logo entrei em desespero e me levantei, a abraçando.

-Por que você tá chorando? Meu Deus, isso não era pra ter acontecido. - falei, mas mal prestava atenção das palavras que saiam da minha boca, por conta do nervosismo. - Você odiou, não odiou? Olha, esquece que isso aconteceu, a gente não precisa casar. Eu fui muito precipitado mesmo, me perdoa.

*****

Espero que tenham gostado desse capítulo, amores. ATENÇÃO: A FANFIC COM O PETER JÁ ESTÁ DISPONIVEL NO MEU PERFIL, vão lá dar uma olhadinha <3

Obrigada por lerem até aqui e até o próximo!