PRÓLOGO

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Um único quasar é capaz de engolir asteróides, planetas, estrelas maiores que o nosso sol e galáxias inteiras.

Se até mesmo esses gigantes do espaço são reduzidos a nuvens de poeira e gás, de que maneira um pobre homem como eu resistiria a tamanha força gravitacional?

Sempre foi inevitável, sempre estive fadado a ser consumido por inteiro àquela imensidão. Estranho seria se tivesse sido diferente.

Bastou me aproximar para aqueles dois quasares me despedaçarem completamente e nem de longe foi algo ruim, em momento algum me causou arrependimento.

Eram olhos que emitiam ondas mais intensas que galáxias, se direcionando a mim, desejando a mim.

Justo eu que mais me assimilava à escuridão do espaço, à parte não vista a qual o calor não atingia e não emitia luz.

Posto isso, devo dizer que jamais me arrependerei de ter contemplado uma exuberância, intensidade assim e ser querido por ela.

Se fosse para me arrepender de algo nessa vida, seria de não ter seguido mais a minha intuição.

Porém não havia mais tempo para pensar nisso de qualquer forma, afinal eu estava expirando. Ou seria ao contrário? Eu teria todo o tempo do mundo para analisar tudo porque já estava expirando mesmo.

Será possível mesmo em determinados momentos de nossas vivências os segundos passarem lentamente? Ou os ponteiros do relógio travarem quando estamos no ponto alto da nossa vida? Ou eu deveria dizer...morte?

Deitado naquela superfície gélida, sentia meus pulmões queimarem reivindicando ar, eu agonizava mas som nenhum deixava minha boca.

Pus uma mão em meu peito dolorido, conferindo com o tato o que já havia sentido anteriormente com o olfato.

Sangue.

Minha vista embaçada pairou sobre o relógio que estava à minha frente. Aqueles ponteiros não andavam.

Seria eu querendo parar no tempo a fim de lembrar de tudo que vivi antes desse dia em que provavelmente a história seguiria sem mim?

Desconfiaria eternamente se ao menos uma vez as coisas acontecessem de acordo com os meus planos. Nunca foi assim comigo, não seria hoje que iria acontecer.

Apesar do meu intenso anseio eu tinha ciência de que algumas coisas darem erradas era o curso natural da vida.

Mas eu daria tudo para tocar aqueles lábios novamente, e sorrir como no dia em que o dono daqueles olhos devoradores disse que amava-me.

Eu também sempre amarei você...

Ainda que estar aqui não seja o suficiente e eu precise viver outras vidas para provar esse sentimento.

Ainda que esse espinho em meu peito me sufoque a ponto de sucumbir minha existência, ela terá valido a pena porque eu te encontrei.

E sempre, com tudo que sou, amarei você Park Jimin.

E sempre, com tudo que sou, amarei você Park Jimin

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