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⚠️ Os avisos do capítulo anterior se aplicam nesse.

Boa leitura! 💜💜💜

Fui ao funeral do Joshua, e naquele dia uma parte de mim foi enterrada também

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Fui ao funeral do Joshua, e naquele dia uma parte de mim foi enterrada também.

Entreguei meu contato para Min Sarang, a esposa dele, a qual eu já tinha conversado algumas vezes, e pedi que ela me procurasse para o que precisasse. Eu ainda não sabia o que faria para provar o crime que o Jeon cometeu, nem como faria isso, mas uma coisa era certa, eu jamais o deixaria impune.

Quis procurar por provas imediatamente, para que eu conversasse com Sarang e ela pudesse acreditar em mim, mas se tratando de Jongsu, nada seria facilitado para que eu obtivesse provas. Ele até mesmo conseguiu abafar o acontecimento da mídia. Deu todo o suporte financeiro à família, e mostrou um laudo falso, como se o que ocorreu tivesse sido um acidente de trabalho.

Por mais que eu estivesse inconformado, e quisesse agir imediatamente, meu humor rebaixou de tal maneira, que por um tempo eu não consegui fazer outra coisa que não fosse chorar. Não tinha ânimo para trabalhar, para sair na rua, para tomar banho, comer, viver. Era diferente das oscilações de humor que eu sofria por causa do borderline. Eu já não tinha diversas mudanças de humor dentro de um só dia, pelo contrário, meu dia inteiro era deprimente.

Peguei uma breve licença no trabalho, deixando para fazer em casa apenas o que Jongsu e os demais funcionários não davam conta, mas continuei indo à psicóloga e ao psiquiatra. Passaram-se mais de seis meses e eu fui diagnosticado com um quadro depressivo persistente.

Foi um período em que eu mal via o Jungkook, e ele fez amizade com o filho do Joshua. Eram adolescentes, e eu fiquei feliz por vê-lo se tornar amigo do filho do meu amigo. Pelo menos na minha ausência, Jungkook teve com quem conversar. Ele perguntava o que eu tinha, eu apenas usava a desculpa de que estava fazendo o tratamento pra uma doença boba, e isso tirava a minha disposição.

Eunwa não saiu do meu lado nem por um dia sequer. Passou a se encarregar das minhas medicações, quando eu estava tão mal que nem lembrava. Passei exatamente um ano daquela forma, sem reagir, sem energia para fazer as coisas que antes eu ainda gostava de fazer.

O problema foi que durante aquele tempo, Jongsu ia me visitar e numa das visitas teve acesso às minhas receitas de medicamentos e laudos médicos. Disse que ficaria com alguns para poder me acompanhar e me ajudar com o que eu precisasse e, como Eunwa não estava comigo e eu estava desorientado, não soube bem o que fazer.

Naquele ano, junto com a depressão, foi desencadeada uma psicose secundária em mim. Eu via o Joshua, ele falava comigo, palavras ruins, e aquilo me deixava pior, porque quando os surtos passavam eu sabia que não era o meu amigo. Joshua jamais apareceria para mim dizendo que eu era desprezível e que eu deveria me matar. Ele jamais diria que eu era um erro e que ninguém nunca me amaria.

88° ANDAR (Jikook)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora