Day dreaming

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Hope narrando

Não sei por quanto tempo estava ali, abraçada a tia Freya. Havia parado de chorar, e isso era um começo. Desde a morte de minha mãe, ela e minhas tias se tornaram a figura materna que eu tinha, principalmente Freya, que havia cuidado de mim mais fisicamente presente. Eu fiquei feliz ao ver que todos estavam ali.

- Fizeram uma reunião sem me chamar? - perguntei, a voz falha pelas lágrimas.

- Alaric nos ligou, contou que estava vindo. Achamos que ia gostar de ver a todos nós.

Eu sorri. Era óbvio que eu amei vê-los. Abracei cada um, feliz, porque nem sempre estávamos juntos no mesmo lugar, embora fizéssemos reuniões em dias importantes do ano. Era sempre bom estar quase todos juntos. A última pessoa a me abraçar foi Marcel, que era incrivelmente super protetor.

- Me diga quem fez e o que, e essa pessoa deixará de viver. - todos reviraram os olhos, mas eu sorri.

- Não mate-a. Eu gosto dela. - Respondi, me praguejando porque agora todos me olhavam num mix de surpresa e curiosidade.

- Então tem alguém. - Davina perguntou, e eu assenti, levemente constrangida.

- Gente, vamos deixar Hope tomar um banho, vestir algo mais confortável. Vamos te esperar aqui para o café, tudo bem? - Tia Freya entendia quando eu estava cansada, ou com vergonha, ou desconfortável. Ela era ótima em sair de momentos constrangedores, e eu dava graças por isso em momentos como esse. Ela me puxou dali, e me levou escada a cima, como se eu nunca tivesse estado naquela casa antes. - Eles vão te lotar de perguntas na hora de comer, então aproveita o tempo para pensar no que você vai querer falar, e saiba que você pode falar comigo, sobre qualquer coisa. Eu te amo. - murmurou e eu sorri, recebendo um beijo na testa e sendo deixada na porta do meu quarto. Era bom estar ali. Me sentia conectada com meus pais. Se eu fechasse os olhos, podia ver meu pai parado ali.

- Pare de pensar em mim, eu estou bem aqui. - Abri os olhos, sorrindo ao encontrar meu pai parado na porta da sacada, os braços cruzados e um sorriso no rosto, que eu retribui. Corri e o abracei, sentindo seus braços me rodearem. Eu queria tanto que ele estivesse ali de verdade. Voltei a realidade, fazendo um feitiço para secar minhas coisas, e para que elas fossem para seus devidos lugares. Minha mágica era algo que eu conseguia controlar bem, porque tive que aprender a ter esse controle quando me tornei lobisomem, mas ainda assim era difícil.

Me despi, entrando no chuveiro e abrindo um sorrisinho ao sentir a água quente fazendo minha mente vagar. Bom, ela vagou um pouco demais, e eu me sobressai ao sentir duas mãos abraçarem minha cintura. Me virei, encontrando Josie Saltzmann com um sorriso travesso no rosto.

- O que você tá fazendo aqui?! - perguntei, surpresa.

- Em New Orleans ou no seu banheiro?! - perguntou, chegando mais perto, me prestando contra a parede, o que foi curioso porque eu nunca havia estado daquele lado. Eu sempre fui a que prensava. Não era ruim, contanto que fosse ela.

- Nos dois. - disse, tentando não demonstrar minha respiração já ofegante. Parte ruim de ser vampira: seus sentimentos são ampliados 1000 vezes. Antes, quando era lobisomem e bruxa apenas, meus sentimentos estavam normalmente a flor da pele, mas como vampira, era pior.

- Eu queria ver você. Foi uma garota muito má saindo da escola daquele jeito.

- Eu vi você com a Penelope. Foi demais para mim. Precisava sair de perto de vocês. - Admiti, sabendo que era apenas uma ilusão da minha cabeça.

Josie chegou mais perto, colocando uma perna entre as minhas, sem apertar. Ela levou a mão esquerda até meus cabelos e puxou minha cabeça de leve para o lado, tendo acesso total ao meu pescoço, coisa que ela gostou.

- Então Hope Mikaelson tem ciúmes de mim? - perguntou entre um beijo e outro, o tom convencido em sua voz.

- Por que todos falam meu nome completo como se eu fosse uma puta deusa?!

- Você já se olhou no espelho? É a mulher mais linda de toda a escola, talvez até do mundo.

Revirei os olhos, não porque ela havia me elogiado, mas porque o elogio havia sido seguido de sua perna, fazendo pressão em minha vagina. Eu tremi toda, o que a fez sorrir.

- Eu não posso me apaixonar por você. - eu disse, a voz ofegante.

- Você já está, amor. Agora, é hora de acordar. - com um estalo eu voltei a mim. Estava no meu chuveiro, a testa apoiada na parede, e uma das mãos segurando meu seio direito. Droga, foi tudo um sonho.

Just one more girl - HOSIEWhere stories live. Discover now