Giving one of Klaus Mikaelson?

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Hope narrando

Parei na entrada de Mystic Falls. Olhei no relógio. 01:45hrs. Eu precisava me alimentar depois de correr tanto. No mesmo momento em que esse pensamento me surgiu, eu ouvi o barulho de um carro. Ainda era distante, mas eu sabia que havia duas pessoas dentro dele. Subi em uma das árvores, porque ali em cima o som era melhor. O barulho pouco a pouco ficava mais perto, e eu bolei um plano rápido, pulando da árvore e caindo na estrada, com um baque mudo. Me desculpe, Sr. Saltzmann, sei que é proibido, mas eu preciso. Me deitei, encarando o céu estrelado a minha frente. Concentrei meus ouvidos no carro. Cada vez mais perto. A luz do carro me atingiu, e uma ideia melhor me veio em mente. Demorariam tempo suficiente para encontrarem os corpos. Como uma sombra, rápida, eu saí do meio da estrada, indo até uma árvore. Me abaixei, fazendo um feitiço de distorção para que eles vissem o que eu queria, e então meu show começou. Sai das árvores, correndo e pedindo ajuda. Como eu esperava, o carro parou, e a mulher no banco do carona saiu do carro.

- Menina, o que foi? O que aconteceu? – Ela perguntou e eu corri em sua direção, mancando e caindo em seus braços.

- Meu namorado... ele... ele bebeu e... meu deus... – eu comecei a chorar, abraçando a moça. Ela afagava minhas costas.

- Você mora aqui perto? – ela me perguntou e eu neguei.

- Eu moro na cidade vizinha. Vim visitar ele porque era nosso aniversário de namoro. – Voltei a chorar, sentindo dentro de mim o veneno se alastrando, já que eu estava com a cabeça enterrada no rosto dela.

- Vamos levar você para sua família. – O homem falou pela primeira vez.

- Não, por favor. Minha mãe vai ficar maluca. Eu não contei pra ela ainda.

- Você tem algum lugar aqui na cidade para ir?
Alguma amiga, alguém com que podemos te deixar? – eu balancei a cabeça negativamente. – Está tarde. Vamos levar você para nossa casa, e a amanhã te levamos para casa. – Assenti e a moça me ajudou a entrar no carro, já que eu estava “machucada”. Fiz um showzinho tentando me acalmar, e então fiquei observando a paisagem. Mystic Falls me era reconfortante assim como New Orleans. A casa do casal era bonita e de um tamanho ideal para os dois. Era no fim de uma rua, e todas as casas estavam com as luzes apagadas. A mulher me ajudou a entrar em casa, e eu comecei a me sentir mal por ter feito o que eu fiz. Era mais fácil ter acabado com aquilo na estrada, e feito parecer um acidente de carro. A mulher me levou por uma escada, e me pediu para esperá-la na frente do banheiro. Ela voltou com uma toalha, um shorts de moletom e uma blusa de botões branca (provavelmente do marido). Eu agradeci e ela sorriu, me deixando sozinha para tomar banho.

A cada minuto que se passava, minha sede aumentava, mas eu também pensava no casal que estava sendo tão bondoso comigo. Tomei um banho e troquei de roupas, respirando fundo, deixando minha garganta queimar. Era bom estar entorpecida de sede, ou eu não conseguiria. Desci as escadas, ouvindo sua conversa que para seus ouvidos eram apenas sussurros. O homem estava preocupado que eu fosse louca, ou que meu tal namorado, se a história fosse verdade, de alguma forma me achasse e viesse atrás de mim. A mulher queria apenas ajudar, e se sentia mal por mim. Entrei na cozinha com a toalha nas mãos e fiz meu máximo para parecer acabada.

- Olá querida, como se sente? – ela perguntou, puxando a toalha das minhas mãos e me indicando a cadeira ao lado da que ela estava sentada anteriormente. Ela entrou em uma porta, provavelmente a lavanderia, e saiu segundos depois, sem a toalha.

- Eu estou me sentindo muito melhor, obrigada.

- Você está mais calma? Quer nos contar o que aconteceu?

Respirei fundo, usando de todo meu talento em teatro para responder. Meus olhos se encheram de lágrimas logo nas primeiras palavras.

- Eu vim para a casa do meu namorado, escondida. Disse a minha mãe que viria a casa de uma amiga. É nosso aniversário de namoro. Ele estava surtado por causa de um menino da minha escola, e começou a gritar, dizendo que eu estava traindo-o. Foi horrível... ele tinha bebido antes de eu chegar, e provavelmente estava drogado também. Eu nunca o vi fazer nada disso, mas já vi os amigos. Eu quis ir embora. Ia pegar um ônibus. Vim pela floresta porque a conheço bem, e achei que ele não ia me achar. Eu estava errada... ele apertou meu pulso e... – Comecei a chorar, sentindo os braços da mulher me cercarem. Olhei em volta, o homem que antes estava na cozinha, havia saído dali. Eu não havia ouvido seus passos, mas usei aqueles segundos para isso. Ele estava no banheiro, murmurando que a esposa era doida de trazer alguém desconhecido para casa. Me desliguei dele, voltando para a moça ao meu lado, seu pescoço exposto para mim. Eu saí do abraço, olhando em seus olhos.

- Você está melhor? – perguntou e eu sorri, assentindo.

- Você não vai falar nada, nem gritar. Isso não vai doer. Eu sinto muito. – E eu a mordi.

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Observei o sol nascer pela janela, enquanto encarava pela última vez o papel em cima da mesa. Meu plano havia sido brilhante. Apesar de muito obscuro, eu estava orgulhosa. Cheguei a quase matar a mulher, mas me contive. A curei o suficiente para que ela não morresse, e depois subi, atacando seu marido, que estava na banheira. Curei seu pescoço, também o suficiente para que ele não morresse, e quebrei os celulares de ambos. Subi a mulher, tirando sua roupa e a colocando com ele na banheira. Não foi difícil achar a lâmina e cortar os pulsos de ambos. Ninguém daria falta deles por um tempo. Usando um feitiço, usei a letra deles em cadernos e cartas para falsificar uma carta de suicídio de forma perfeita. A falta de fotos com os amigos e a família provava que eles não tinham relação com muita gente. Troquei meu shorts por uma calça jeans da mulher, mas mantive a blusa branca. Prendi meu cabelo em um coque, e com um feitiço criado pela minha vó, fiz com que nada meu fosse encontrado na casa (fio de cabelo, a toalha, digitais e as minhas roupas).

Meu telefone tocou assim que eu cheguei no centro de Mystic Falls. O nome de Josie brilhou na tela, e eu atendi em esperança.

- Jo? – perguntei, ouvindo uma risada no fundo.

- Não, tenta de novo. – A mesma voz falou e eu suspirei derrotada.

- Cadê a Josie? Eu estou no centro de Mystic Falls.

- Eu vou te passar o endereço. Só não se esqueça, eu tenho minhas fontes, e saberei se você estiver com mais alguém. E então, sua namoradinha... bom, digamos que você vai vê-la denovo, em pedacinhos.

- Faça isso e a próxima pessoa em pedacinhos será você.

Ele riu.

- Uma hora.

E desligou. Havia 128 ligações perdidas, muitas de minha tia Freya, algumas do Sr. Saltzmann e o resto dos meus outros tios. Ignorei, recebendo o endereço e indo até Josie, que era tudo que me importava agora.

Just one more girl - HOSIEWhere stories live. Discover now