Crazy day

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Hope narrando

Eu estava sentada em minha cama com papéis espalhados ao meu redor. Lágrimas tomavam meu rosto, tão fortes que tornaram minha visão turva. Era cerca de uma da manhã, e eu não havia conseguido pregar o olho. O motivo? O aniversário de morte do meu pai. O da minha mãe era igualmente doloroso, mas eu conseguia sempre passar pelo dia melhor do que o de hoje.

O pior era saber que meu aniversário era em alguns dias, e eu comecei a odiar essa data depois da partida dele. Hoje era um dia que ninguém me irritava. As pessoas sequer falavam comigo. Era o dia em que eu perdia minha pose de marrenta. Eu andava de cabeça baixa, com os olhos inchados e sem a postura de uma Mikaelson. Hoje eu era apenas a filha de um homem morto.

Como forma de tentar fazer desse dia algo mais bonito do que realmente é, Sr. Saltzmann chama esse dia de "O dia da memória ", onde escrevemos cartas para as pessoas que amamos e perdemos. A gente transforma a carta em uma flor, e espalha pelo cemitério. Eu acho isso uma grande bobagem.

Decidi que iria tentar dormir um pouco, e tirei os papéis, jogando de qualquer jeito em cima da escrivaninha. Poderia apenas me enfiar embaixo das cobertas, mas quis tomar um banho, o que ajudou um pouco a me acalmar. Quando voltei ao meu quarto, me surpreendi ao ver Josie sentada na minha cama, com um olhar cansado também.

- Tá fazendo o que aqui? – Perguntei, surpresa.

- Pensei que ia gostar de companhia, mas se quiser, eu posso ir embora. – disse, a voz mais doce ainda do que o normal e eu sorri, estendendo a mão para ela que veio até mim, entrelaçando nossos dedos.

- Obrigada, Jo. Você pode ficar se quiser. – Ela sorriu, e me beijou. Me separei dela para colocar um pijama, voltando e a encontrando debaixo das cobertas, a minha espera. Eu senti uma paz enorme encher meu peito quando a abracei, sentindo seus dedos acariciando minha cabeça. – Obrigado por ter vindo. – Murmurei, sentindo seus lábios em minha cabeça. – Canta para mim? – pedi e ela riu baixinho, começando a cantar "Perfect" do Ed Sheeran. Adormeci antes do final da música.

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Narradora

Naquele mesmo dia, no andar de baixo, na sala de Alaric Saltzmann.

- Isso é impossível. – Murmurou o diretor, observando as três pessoas a sua frente. – Como vocês estão aqui? – Ric estava embasbacado.

- Não sei. Mas eu quero ver minha filha. – Klaus Mikaelson falou, decidido.

- Klaus, as coisas estão difíceis para Hope hoje. – O Mikaelson franziu o cenho. – É seu aniversário de morte, Hope sempre passa esse dia trancada em seu quarto.

- Como você está? – Jo perguntou, chamando a atenção do homem que ainda não conseguia olhar para ela fixamente. Ela usava o vestido do casamento, sujo de sangue, exatamente como na última vez em que a viu. Isso trazia memórias que o Saltzmann queria esquecer.

- Não quero falar disso agora. Eu nem sei o que você é.

- Fala sério, é Mystic Falls, eu não sou a primeira pessoa a voltar dos mortos aqui. – Ela resmungou, irritada. – Quanto tempo faz desde que... eu morri?

- 16 anos. – o homem murmurou, a voz embargada

- Eu quero ver minha filha. – Klaus murmurou mais uma vez, quebrando o clima entre o diretor e sua quase esposa.

- Antes de saírem dessa sala, precisamos descobrir o porquê estão aqui.

- Eu só quero ver minha filha. – Hayley Marshall disse decidida.

Just one more girl - HOSIEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora