White Roses

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Josie narrando

Acordei em um salto, encontrando um lugar desconhecido por mim. Minhas malas estavam no canto, e havia uma rosa branca, junto com uma carta e um anel na cabeceira. A carta me fez chorar como uma criança, e o anel também. Era um anel de prata, com o símbolo da família Mikaelson nele.

“Meu pai me deu esse anel, e disse para eu o entregar a alguém que amasse mais que tudo. Alguém que eu sabia que era minha família. Hoje, eu o entrego a você como forma do meu amor. Bem vinda a família mais louca do mundo, mas que você pode ter certeza que faria tudo por você.
PS: vou te mandar rosas brancas para saber que estou bem.
Com amor,
Sua Hope”

Coloquei o anel em meu dedo antes de observar em volta. Meu celular estava ali, minhas malas no canto do quarto, ao lado da porta. Hope, eu só queria dizer que te odeio nesse momento, mas a verdade é que minha preocupação é maior que a raiva.

Nem pensei antes de ligar para o meu pai, que atendeu no segundo toque.

- Ela está bem, filha. – Ele disse antes que eu falasse qualquer coisa.

- Não me interessa. Ela usou um feitiço do sono em mim, e tirou minha decisão de escolha.

- Josie, tudo que importa para ela é a sua proteção.

- E o que importa para você?

- Eu me importo com ambas, porém Hope é maior de idade, e mesmo assim, você a conhece. Ela jamais faria algo diferente do que ela quer. Tente se acalmar. Os Mikaelson já estão indo te buscar.

- Só eles? – perguntei, surpresa.

- Alguns minutos depois da ligação ao seu lado, Hope especificou que apenas a família dela deveria vir, e que eles iriam entender quando vissem você. Devo dizer que nenhum deles se opôs ou hesitou em ir até Nova York, então eu ficaria ai e não tentaria pisar no calo dos Mikaelson. Eu te amo, preciso desligar.

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Hope narrando

Já era madrugada quando eu sai do mar. A praia estava vazia, o que eu agradeci. Fui até um quiosque, usando um feitiço mudo para ter certeza de que não havia ninguém no lugar e entrei. Liguei a luz do meu celular (ainda vivo graças ao feitiço impermeabilizante que eu usei em todas as coisas que havia trago), observando em volta apenas para conferir. Fiz alguns feitiços básicos (repelir pessoas, silenciador, um feitiço para que eu pudesse ligar as luzes sem aparecer do lado de fora... como eu disse, coisas básicas) e então me encarei num pequeno espelho que tinha ali. Horrível, mas isso não importava agora. Liguei para Dr. Saltzmann, que atendeu apenas na segunda vez que liguei.

- Desculpe, eu estava com a Josie no telefone. – Eu gelei ao ouvir o nome dela.

- Como ela está? – perguntei, me sentindo culpada.

- Furiosa com você, mas bem.

- Foi necessário deixar ela. Eu não me perdoaria se algo acontecesse a ela.

- É, eu também não te perdoaria.

- Eu já entendi, Sr. Saltzmann, você me odeia por ter feito ela virar vampira, mas lembre-se que se não fosse pelo meu sangue, Jossete estaria morta agora.

- Vamos discutir isso por telefone mesmo? Onde você está?

- Isso não importa. Meus tios já estão com Josie?

- Eles vão chegam em Nova York em 15 minutos. Creio que em menos de uma hora estejam com ela. Te mando uma mensagem quando eles estiverem juntos.

Concordei, me despedindo brevemente e desligando.

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Josie narrando

Comecei a sentir fome, e pensar se deveria pedir algo para comer ou esperar, porque tinha certeza que sair não era uma opção. Bom, minhas dúvidas foram sanadas com batidas na porta.

- Josie? Sou eu, Freya.

Eu abri a porta, encontrando Freya, Kol e Davina parados na porta. Surpreendendo todos nós, eu abracei Freya sem cerimonias.

- Graças a Deus, eu achei que ia ficar aqui por uma eternidade. – Ela riu quando nos separamos do abraço. Davina olhava para mim com um olhar doce e Kol... bom, é o Kol.

- Precisamos ir, temos um voo em duas horas para pegar.

Com um manejo de mão já conhecido por mim já que Hope o fazia com frequência, minhas malas sumiram do quarto. Me surpreendi com dois carros de luxo parados na frente do prédio. Em um estava Marcel e foi onde Kol entrou. No outro entramos eu, Freya e Davina, sendo que Rebekah já nos esperava.

- Por que essa divisão entre meninos e meninas? – perguntei curiosa.

- Bom, Kol pode ser meio intimidador quando quer, principalmente quando não conhece alguém, então achamos que você ficaria mais confortável conosco. Marcel está no outro carro apenas para que meu querido irmão não de chilique dizendo que o excluímos.

Assenti com a cabeça, observando o trânsito calmo da madrugada.

- Onde conseguiu isso? – Freya me perguntou, segurando minha mão onde o anel que Hope havia me deixado estava.

- Hope deixou junto com uma flor. – Entreguei o bilhete para Freya, que me olhou de forma diferente quando terminou de ler.

- Posso ver o anel? – perguntou e eu assenti, tirando do dedo e a entregando. Ela colocou entre as duas mãos e começou a murmurar algumas coisas, me entregando de volta depois. O resto do caminho foi em silêncio, e quando eu digo resto do caminho, quero dizer o caminho de carro e o de avião. Eu só voltei a falar quando encontrei minha irmã me esperando no aeroporto, e foi para me defender. Cheguei na escola ainda de madrugada, então não teria que passar pelos olhares de julgamento até o café da manhã. Lizzie dormiu no caminho, o que foi incrível, porque continuou dormindo até de manhã. Eu por outro lado, fique desfazendo minhas malas durante toda a noite, esperando que Hope entrasse pela porta e pedisse perdão.

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Hope narrando

Transfigurei um pedaço de jornal em uma flor branca, encarando o sol nascer no horizonte da praia. Josie devia estar acordando para o dia escolar. Escrevi com magia em uma das pétalas “eu te amo” e então enviei a rosa, me levantando e indo em direção ao meu destino. Eu esperava que Tia Freya já tivesse recebido minha mensagem, e que me encontrasse onde eu precisaria dela.

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Freya narrando

Meus irmãos estavam confusos. No momento em que cheguei em Mystic Falls eu anunciei minha partida, sem mais nem menos. Devia ter sido menos discreta, mas não havia tempo a perder.

- Marcel. – o chamei e ele, apesar de surpreso, veio até mim. Fiz um feitiço para que meus irmãos não ouvissem a conversa e então me virei a ele. – Nós dois vamos a New Orleans juntos.

- O que? Como assim?

- Vamos ajudar Hope a salvar o mundo. De novo.

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Josie narrando

Eu não queria sair do quarto. Queria apenas ficar no meu mundo, me preocupando com a minha namorada que estava sendo perseguida. Encarei a flor que encontrei no meu travesseiro assim que sai do banheiro, com os dizeres “eu te amo” na letra dela. Ela se fazia presente, mesmo que em perigo, sabe-se lá onde. Eu queria simplesmente jogar a rosa fora, colocar fogo ou algo assim, mas elas eram a prova de que ela estava bem, então apenas a levei ao copo com água que havia deixado a outra (mesmo sabendo que elas não iriam estragar porque eram mágicas).

Just one more girl - HOSIEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora