9 - Parte I

141 35 91
                                    

Little Lion Man - Mumford & Sons.

Rate yourself and rake yourself
Take all the courage you have left
Wasted on fixing all the problems
That you made in your own head

But it was not your fault but mine
And it was your heart on the line
I really fucked it up this time
Didn't I, my dear?

  Miranda estava procurando por algo que estava perto o tempo inteiro. Sentiu raiva, de início. Após algum tempo, permitiu que começasse a pensar sobre.

  Libeel não era mais o inalcançável, não era apenas um amigo virtual que ela poderia revelar sua imagem caso criasse confiança com o tempo. Libeel estava muito mais perto do que Miranda poderia imaginar e assim, ela passou a manhã observando todos os rostos que passavam por ela na universidade.

  Imaginou por alguns momentos se não seria mais fácil perguntar para Clara quem era aquela pessoa, mas isso significava que teria que lhe revelar muita coisa, teria que lhe contar que estava conversando com um estranho pela Internet e até chegou a considerá-lo da sua família. Miranda achou que isso poderia soar um pouco constrangedor e decidiu que descobriria quem era Libeel através que todas as evidências que encontrasse e depois, tiraria satisfação pessoalmente.

  A garota passou a manhã em seu onbook, lendo e relendo todas as poesias que haviam sido escritas após terem se conhecido — acreditava que Libeel poderia ter escrito algo sobre ela. Clara lhe lançou olhares de esguelha, estava ciente de algo estava acontecendo, já que Miranda quase nunca pegava o celular quando estava perante aos seus livros e marcações. A ruiva limitou-se apenas a observar enquanto Theo, acabou interrogando:

– Certo, eu desisto – Ele começou a dizer e Miranda levantou o rosto para o amigo. – Que diabos está acontecendo com você?

  Os três estavam parados em frente ao BurntCoffee, que estava fechado para o almoço. Não podiam entrar enquanto Trisha não chegasse com as chaves. Miranda aproveitou aquele tempo para continuar sua busca.

– Desculpe, como?

– Você não desligou desse celular nem por um segundo desde que chegamos, o que está acontecendo? – Ele perguntou e gesticulou para o celular.

– Oh, nada. – Miranda apagou a tela e voltou-se para os amigos após ler o poema de Libeel sobre a pessoa que havia levado sua atenção.

– Você está negando dizer para que algum de nós insista ou é privado, algo do tipo? – Theo indagou novamente, sendo completamente direto e Miranda riu um pouco.

– Não, Theo. Está tudo bem.

  Clara observava algo que estava acima enquanto franzia um pouco o cenho e Theo se virou, para também observar.

– Provavelmente devemos comunicar Michael. – Ela respondeu antes que o loiro perguntasse. – Eu acho que está na hora de mudar as luzes, o B e o F não brilham como antes.

– Vocês podem entrar em contato com a ConecTime, caso queiram um novo designer. – Theo respondeu e Clara olhou-o balançando a cabeça em descrença. – O quê? Eu poderia conseguir um desconto.

Eu Sempre Quis Escrever Esse LivroWhere stories live. Discover now