Johanna Santiago tomou a importante decisão de confiar a sua vida sentimental a Deus ainda muito jovem, no entanto, o que ela não esperava era que o processo de espera pelo seu tão sonhado querido futuro marido viesse a ser tão longo e doloroso - ao...
"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." - Romanos 8: 38-39
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Tudo em mim dói, desde o corpo até a alma. Sinto como se meu coração tivesse sido partido em milhões de pedaços minúsculos, contudo sei exatamente Quem pode concertá-lo.
Sei que errei. Lançar os meus sentimentos sobre Isaque estando ciente de todos os seus traumas foi um ato egoísta e mal pensando de minha parte, mas ele também errou comigo. E muito, mais de uma vez.
Sendo assim, a única coisa que desejo é um abraço do Senhor para juntar os casquinhos do meu coração e colocar as coisas em seu devido lugar.
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Seus soluços rasgavam o silêncio o qual estendia-se por todo o templo.
Depois da sua nem tão pequena discussão com Isaque, Johanna usou a posta dos fundos da casa pastoral a fim de refugiar-se no prédio onde a igreja reunia-se para a realização dos cultos. Encolhida em um canto qualquer do ambiente mediano, ela jazia envolta tanto pela penumbra cuja tomava o lugar, quanto pela dor e agonia as quais eram frutos de um coração quebrado.
E tais quebraduras foram causadas por aquele que prometeu não deixa-la, outra vez. Todavia, aquela altura a menina já era consciente de que o Martins não era tão bom quanto ela em cumprir promessas. Nunca foi, na verdade.
Não que ela tivesse cooperado para a permanência do amigo em sua vida, tendo em vista que pôs os pés pelas mãos ao confronta-lo com todo o seu amor. Após tudo quanto o rapaz passou, a Santiago do meio sabia que não tinha o direito de invadi-lo daquela forma.
Assim como ele não possuía licença para lhe ferir de tal modo.
- Perdão, Pai - começou a sua oração tendo os joelhos próximos ao peito, enquanto os cotovelos repousavam sobre estes e as mãos cobriam seu rosto banhando não apenas pelas lágrimas, mas também pela vergonha. Vergonha por lhe faltar domínio próprio. - Perdoa-me, Senhor, por ter posto a minha vontade sobre a Sua, tal como o meu tempo acima do Seu. A verdade é que eu não esperava amar Isaque desta forma, e tão pouco relacionar-me com ele. Tudo o que fiz e falei foi por medo de perder meu amigo, e não um futuro marido em potencial. - Fungou em uma falha tentativa de controlar o pranto cujo lhe tomava, recompor-se minimamente. - Mas então, ele disse que também gostava de mim, e eu meio que perdi a minha linha de raciocínio, Pai. Acho que a partir daí foi que tudo ruiu de vez. - Entregou-se ao choro por mais alguns minutos, até que pudesse finalizar a sua conversa com Deus, dizendo: - E em meio a tudo isso, eu aceito se a Tua vontade for que eu não me case. E se os Teus desígnios forem levar o Isaque para longe de mim, tudo bem, apenas desejo que meu amigo seja completamente feliz, não importa onde ou com quem.
