Entre Dois mundos

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-A saída é aqui, o feitiço só vai funcionar depois que eu te arremessar, até porque dentro do labirinto não dá.

-Oi? Pode repetir a última parte por gentileza?

-Não funciona magia aqui, já até tentei, mais como já falei não é o meu forte etc, mas..-O corto.

-Antes disso.

-Que só funciona depois que eu te arremessar?

????????

-Arremessar?

-Tem outra ideia?

-Bem...

-Imaginei, agora, o plano.

-Temos um plano?

-Talvez o objetivo de você sair e a parte em que você me ajuda....?

-Sobre isso... Eu não sei bem oque fazer...

Merda, fiquei tão focada em fugir que esqueci do mais importante, o como faria isso, e oque eu teria de fazer pra isso.

-Você precisa trazer minha garota de volta ... Ou falar com ela por mim... Por favor...

-Eu sei que oque esta em jogo é minha vida, o melhor, meu corpo, mais.... Oque eu ganho com isso mesmo?

-Eu faço oque quiser.

-Pode ressuscitar mortos?

-Não...

-Pode tirar de mim um dos meus maiores problemas?

-Não...

-Então, é bom ser bem grato.

-Posso te dar a felicidade que tanto busca.

Meus olhos se iluminam e eu encaro ele, como pode prometer isso? É uma promessa vaga, uma ilusão impossível.

-Eu devo traze-la até você ou... Passar algum recado... Ou...?

-Ou diga que eu não fugi, que o pai dela me forçou a me afastar e me machucou pra que ela nunca me reconhecesse, porém que eu ainda a amo mais que tudo, na verdade, ele tomou tudo de mim, após ver que eu não ficaria escondido nas sombras e procuraria ela mesmo com essa face vergonhosa que fazia todos terem nojo... Ele ainda matou minha família, e eu ainda sim não desisti, e assim vim parar aqui.

Alguns segundos de silêncio em respeito a sua história, eu perdi meu pai mais não imagino a dor de perder a família toda...

-Como encontro essa moça?

-No castelo, seu nome é princesa Ecat, talvez ela esteja sobre algum feitiço e não se lembre... Mais... Se você falar meu nome... Se você relembrar nossos feitos....

-Mas eu nem sei seu nome...

Ele me puxa, e me força contra a cerca de folhas pra me manter em pé, e então sussurra em meu ouvido.

-Seu pai não pode desconfiar, tente se infiltrar no castelo como uma serva, não vai ser tão difícil, eles machucam os subordinados com frequência então sempre precisam de pessoas novas.

-É muita coisa... Sem dúvida... Mais... Posso tentar fazer. Mas.... E caso eu não consiga?

O desespero toma seus olhos, denunciando que ele não havia cogitado essa possibilidade, e que sou sua única esperança.

-Você será condenada a viver aqui comigo pra sempre. Caso consiga, eu te ajudo a voltar pro seu mundo, e te devolvo aquilo que foi roubado, sua felicidade.

O encaro por alguns segundos, olho para a parte do seu rosto quase toda derretida que expõe parte de seu crânio do nariz canino até seu olho completamente amarelo, esses olhos... parecem estar gritando, implorando, pra que eu diga que sim, porquê? Pois, esse é só seu estado físico, o mental deve estar pior, por isto, não posso ser tão cruel e negar ajuda.

-Eu farei isso, darei meu melhor.

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