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Após uns 15 minutos correndo sem parar, olho pra trás e só vejo árvores, ok... Só talvez, eu tenha saído do caminho, mais da pra voltar, eu acho.

Olhando a minha volta, posso afirmar que não foi uma boa idéia correr, mais não pude evitar...

Há árvores grandes a minha volta, seus troncos são grossos e negros, há muitas folhas secas no chão e a trilha parece ter sumido abaixo das folhas secas.

⎯ Ei! Você ai!

Uma garotinha corre em minha direção. Seus cachos loiros são curtos e ondulados, seus olhos possuem um tom esmeralda e suas bochechas um tom saudávelmente rosado, ela tem aparentemente uns 7 anos.

⎯ Você tá perdida?

Bom, que mal uma garotinha tão meiga pode me fazer não é mesmo? Eu estava presa a um entre aspas "monstro" não acho que possam haver coisas tão piores. Me curvo um pouco pra falar com ela.

⎯ Bem... Acho que sim... Você mora aqui perto?

⎯ Sim! Acho que minha vó pode te ajudar a achar o caminho de volta.

⎯ Sério?! Eu ficaria muito feliz!

Ela sorri pra mim, e sai andando. Acho que devo levar isso como um "siga-me".

A floresta vai ficando mais densa, oque me deixa preocupada. Não querendo duvidar da menina mas... Sinto que esse lugar é bem... Como posso dizer... Não sei... Estranho? É, estranho é uma boa palavra. Não se escuta nenhum pássaro cantar, nem se sente o vento como antes.

⎯ Chegamos! Nossa casa fica bem escondida, pois trabalhamos coletando recursos da floresta e vendendo na cidade. Sabe como é difícil pra vovó carregar lenha? Muito, ela tem as costas velhas e podres, ela mesma falou, não estou sendo malcriada.

Isso é um bom motivo, mais não sei que tipo de recursos se pode coletar aqui...

Ela abre uma cortina de folhas escuras e me mostra uma pequena casa de madeira, bem a nossa frente. Logo atrás a um laguinho, da pra ver a água despencando de um penhasco de padra e se aglomerando, é bem lindo.

⎯ Sua casa é linda mocinha, qual seu nome?

⎯ Meu nome?- ela parece pensativa. ⎯  Escarlet.

⎯ Ok, Escarlet, é um nome forte pra uma garotinha, mais é bem bonito, eu me chamo Helena.

Ela sorri e comecar a cantarolar.

Ela corre em direção a casa e me deixa pra trás, mais posso ver na varanda uma senhorinha aparecer na porta, ela parece irritada com a garota, fala algo inaudível, e então a garota fala algo de volta e se vira pra mim com um sorriso. Pobrezinha, provavelmente a moça tenha chamado atenção dela por levar estranhos pra casa.

⎯ Olá?

⎯ Oi, boa tarde querida! Minha neta me disse que está perdida, entre!

Sorrio, que dona simpática e que menina educada.

⎯ Você aceitaria um chá? Ou café?

⎯ Não obrigada, muito obrigada... Digo... A senhora poderia me passar instruções sobre como voltar pra cidade?

⎯ Claro- Sua face doce e enrugada toma derepente uma expressão séria e me encara- Mais com uma condição.

Ok... Preocupante? Não, não, oque essa pobre moça pode pedir? Ajuda com a lenha?

⎯ Pode dizer senhora.

⎯ Fique só pelo resto da tarde e brinque com a Aninha. Bem, só vou pra cidade amanhã, então te levo. Eu adoro minha neta, mas os Deuses sabem da energia que essa menina tem, e poder arrumar as coisas pra levar amanhã com um pouco de silêncio seria ótimo.

⎯ Aninha? Que Aninha?

⎯ Minha net- ela da uma pausa e olha pra menina com um sorriso estranho.

⎯ Minha vó sempre me confunde com minha mãe, vovó meu nome é Escarlet!

Ela sorri.

⎯ Me perdoe MEU BEM, porque não leva a gentil moça pra brincar enquanto preparo um café da tarde bem gostoso em?

⎯ Claro minha "vovó".

A garota pega minha mão e me puxa pra fora.

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Entre Dois mundos Where stories live. Discover now