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Após uma divertida e cansativa tarde brincando no lago Escarlet e eu entramos na casa, a energia dela parece nunca acabar, enquanto eu me sinto exausta, porém feliz.

-Sente sono, Helena? Porque eu sim, vamos dormir?

-Não Escarlet, ainda tá cedo. Mais eu posso ficar com você até dormir.


Deve ser normal pra uma criança dormir tão cedo, mais... Estranho... Agora que ela falou estou realmente exausta, minhas pálpebras estão pesadas e estou ficando meio zonza.

-Você tá com sono agora, Helena?

-Eu... Sim...Ach-

-Finalmente!

A senhorinha me pega por trás e me leva até um... Sofá? Não sei, as vistas estão escuras e não consigo ouvir bem.

-Essa era minha vez de escolher os nomes!

-Isso não é tão importante assim, para de reclamar, pelo menos pegamos uma.

A inconsciência domina meu corpo pouco a pouco.

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Acordo com um barulho estanho, acho que um tiro.

-Escarlet? Senhora? Vocês estão bem?

Preciso fazer algo, essa moça frágil e essa criança inocente podem estar em perigo! E posso andar, então não há desculpas pra não fazer nada.

-Helena?! Você acordou?? Fique deitada! D-igo, porfavor!

Escarlet está chorando em pânico ao meu lado.

-Oque tá acontecendo? Sua vó tá bem? Eu ouvi barulhos de tiro!

-Cala boca! E-u... Helena... Deita de novo, por favor.

-Escarlet eu só quero ajudar vocês! Pode me contar qualquer coisa.

-Aé? Posso mesmo? Qualquer coisa?

-Sim.

-Eu preciso fugir da qui! É... É.... Meu pai! Ele quer me levar embora, eu conheço bem a floresta, se você enrolar ele...

-Tá! Eu te ajudo!

-Vou pela janela dos fundos.

Ela sai correndo. Não queria deixar uma criança ir sozinha assim, tá quase de noite... Mais ela parece se virar melhor que eu, se bem que... o cara armado! É, eu esqueci desse detalhe, entendo porque ela quer fugir do pai mais eu ainda estou em a puros, tenho que ver se a senhorinha tá bem.

A casa é pequena, saio da sala e vejo uma poça de sangue na porta da cozinha.

-AH MERDA!

Corro até lá. Provável que eu me arrependa? Sim, mais se ela estiver viva preciso ajudar! É só uma idosa.

A primeira coisa que vejo ao chegar na porta da varanda é um cara armado.

-OQUE VOCÊ FEZ?!

Olho pro chão em desespero ao ver o corpo da boa velhinha sem vida. Me abaixo rápido e coloco o corpo pequeno e frágil em meus braços.

-Cadê a outra? É você?-O homem parece entediado mais ainda sim aponta a arma pra mim.

Encaro o homem com certo ódio.

-PORQUE VOCÊ FEZ ISSO?! ELA ERA SÓ UMA BOA AVÓ TENTANDO CRIAR SUA NETA EM PAZ! QUE ÓTIMO PAI VOCÊ É! QUE FAZ SUA FILHA TER MEDO- lágrimas escorrem de meus olhos, suspiro palpitante.

-Ah, então foi isso que te contaram? O melhor, foi isso que você viu? Olha pro que você tá segurando garota. Acha mesmo que tá do lado certo?

Ao olhar, o corpo que antes era da boa velhinha, vejo que se tornou uma carcaça preta e seca, me fazendo soltar rapidamente o cadáver. O corpo parece ter se convertido, a pele está dura e áspera, grossa como casca de árvore.

-Oque você fez?- Pergunto ainda em choque.

-Não está claro ainda? Eu a matei, matei um demónio, e a propósito, salvei sua vida. Elas iam sugar sua energia vital e comer seu corpo depois.

Que merda! Onde eu tô? Esse, sem dúvidas não é o meu mundo, tá todo mundo louco... Bem, se bem que... Isso explicaria minha canseira repentina... E a ânsia delas pra que eu dormisse... Mas... Ainda não posso acreditar que... Eu realmente não estou mais no meu mundo. Oque agora, deixou de ser uma dúvida, esse não é, definitivamente nunca, vai ser o meu mundo.

-Bom, você deixou o outro demónio escapar, nada mais justo do que eu levar o seu crânio no lugar do dele pra eu não perder minha recompensa.

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Entre Dois mundos Where stories live. Discover now