Capítulo 1 - Press Conference

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E ai pessoal!! Espero que gostem do nosso capítulo Piloto, nele já temos algumas coisinhas que farão sentido mais pra frente, leiam com calma pra não deixar passar nada.

Obrigada pela atenção, boas vindas e let's que let's, papoca o play na leitura.

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Lauren

Ajustei meu terninho e passei para o auditório onde estavam os jornalistas aguardando por minha chegada. Assim que me fiz presente, o enxame começou, todos falando ao mesmo tempo, ansiosos por uma resposta. Me ajeitei frente ao microfone e gesticulei calmamente para que se sentassem, apontando para que o repórter a frente desse início à coletiva de imprensa.

- Como chegaram ao Torres? - Disse um jovem rapaz, afoito, sacudindo um gravador em minha direção.

- Sabíamos que ele estava em uma área sem sinal, então para manter contato com os pais das vítimas precisaria sair para um local com rede, então simplesmente aguardamos até o momento que ligou e triangulamos a ligação para os locais suspeitos em que os mantinha em cativeiro.

- E como descobriram o local? - Perguntou outro repórter logo em seguida, anotando minhas respostas em um bloco de notas.

- Bom... A vítima que conseguiu escapar, nos informou que o local onde saltou do carro era longe da cidade e que o trajeto era muito tortuoso, o veículo balançava muito. Nos disse também que se tratava de uma caminhonete. Assim, com ajuda de toda a equipe investigativa, descobrimos que tudo parecia ocorrer em uma fazenda, e não há muitas fazendas ao redor da cidade. A partir daí ficou fácil.

- Adicionando esse caso aos demais já solucionados desde que foi nomeada delegada chefe de New York, a cidade vem tendo o menor índice de criminalidade em anos! O que tem a dizer sobre esses dados e sobre o comportamento dos membros do Departamento de Polícia de New York (NYPD)?

- Acredito que venho seguindo os passos e ensinamentos que meu pai deixou para mim. Em sua época como delegado, ele fez um trabalho incrível na cidade, Nova Iorque nunca esteve tão segura. Mas embora me orgulhe de tais dados, são apenas frutos de muito trabalho em que, obviamente, não posso levar todo o crédito. Toda corporação vem trabalhado arduamente para tornar a cidade um lugar melhor, é um trabalho em equipe, do grupo de patrulha ao grupo da informática, todos são extremamente necessários e competentes!

- E sobre os novos desaparecimentos? Já são três garotas sumidas nos últimos quatro meses! - Perguntou uma repórter, fugindo da temática. Temi que surgisse esse assunto, ainda não havia muito o que dizer sobre este caso, as investigações estavam rasas, e o que eu menos precisava era da mídia em cima.

- Ainda não podemos falar sobre esse caso! Apenas que as investigações estão no caminho certo e não há demora para solucioná-lo.

O assunto surgiu como o início de um incêndio, se alastrando rapidamente pelos repórteres, ávidos por uma resposta. Conseguia captar uma ou outra pergunta em meio a balburdia que faziam, e as questões não eram mais sobre o encerramento do caso anterior, e sim sobre as garotas desaparecidas, tópico que eu ainda não podia, e muito menos queria, falar sobre.

Eu compreendia o trabalho de um jornalista, mas imaginei se eles entendiam o quanto era sufocante estar do outro lado do microfone. Mais uma vez, levantei a mão para que fizessem silêncio, recebendo em resposta diversos olhares esperançosos, olhares que eu não estava nada ressentida em frustrar.

- Se não há mais nenhuma questão pertinente ao objeto desta coletiva, encerro assim as perguntas e respostas. Boa noite a todos. - Me pronunciei de maneira firme.

Novamente, todos os repórteres falavam ao mesmo tempo, preenchendo a sala com o burburinho, tentando conseguir mais alguma informação, mas eu já estava a caminho da saída, não tinha paciência nenhuma para coletivas de imprensa. Estava ansiosa para chegar em casa e finalmente descansar depois de mais um caso resolvido. Aguardei alguns minutos na sala privada para que todos os repórteres se retirassem e assim que ouvi o auditório em silêncio, caminhei em direção ao estacionamento.

Comecei a sentir o cansaço me abater enquanto traçava passadas preguiçosas, ouvindo o som de meus saltos ecoando pelo ambiente vazio. Já era tarde da noite e não havia quase nenhum carro estacionado, somente o meu e outros três espalhados pelo pátio.

Percebi que havia alguém à minhas costas e logo ouvi sua voz:

- Boa noite, delegada!

Me virei e vi uma mulher segurando um caderno de anotações em uma das mãos e um crachá pendurado em seu pescoço, era uma repórter. Revirei os olhos e continuei andando ao encontro do meu carro.

- A coletiva já se encerrou - Disse de costas para ela.

A mulher se apressou, se colocando a minha frente.

- Sim! Não é por isso que a procurei, delegada.

- Então por que ainda está aqui? - Respondi com rispidez, a encarando de cima para baixo. Odiava repórteres, pareciam um enxame de abelhas em busca de mel. Eram inescrupulosos e fariam de tudo por uma boa história.

- Como uma boa jornalista, já fiz minha pesquisa sobre você - Disse pausadamente, aproximando seu corpo do meu - Na verdade, não foi preciso uma pesquisa trabalhosa, você anda muito bem falada nos noticiários recentemente, tanto quanto seu pai um dia foi.

- Aonde quer chegar com isso? - A interrompi abruptamente.

- Onde? Em um restaurante, ou talvez em sua casa - Disse com um sorriso nos lábios, demonstrando suas segundas intenções.

De pronto entendi o que estava acontecendo e não pude evitar de analisa-la. Tinha os cabelos presos em um coque despojado com alguns fios loiros caindo sobre os ombros, vestia um terninho cinza muito elegante, e suas pernas torneadas eram firmadas por finos saltos. Pausei meu olhar no crachá pendurado em seu pescoço, se chamava Stefanie Muller, e fazendo jus ao sobrenome alemão, suas características eram inegáveis, e sua beleza também. Era do meu tamanho, quase um pouco mais alta, o que nos deixava perfeitamente paralelas uma a outra. Seus olhos eram azuis, e os cabelos loiros me pareciam ser longos pela maneira que seu coque estava preso. Tinha o rosto fino, traços delicados, parecia ser feita de porcelana.

Sorri e apenas lhe entreguei meu cartão. Ela pareceu não entender, mas ao examiná-lo percebeu que havia meu número impresso nele. Ela sorriu de volta e se afastou sem dizer mais nada, o recado foi dado.

Entrei no carro mantendo meus olhos no retrovisor a vendo desfilar pelo estacionamento afora. Dei partida no motor e ao passar por ela, a cumprimentei com um aceno pela janela do carro.

Embora eu não gostasse da maioria dos jornalistas, poderia fazer exceções para estar na companhia de algumas, se assim me agradassem.

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Desculpa se alguém é ou pretende ser jornalista rsrs Mas logo irão entender o verdadeiro motivo de Lauren não gostar deles!!

Espero que tenham gostado, até o próximo :)

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