Look inside not around

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Harry pov.


Acordo ao sentir um toque em meus cabelos, um carinho tão suave em meus fios que só me despertou por eu já estar praticamente acordado por ter ouvido vozes.

Sinto a claridade da enfermaria doer meus olhos, me erguendo na cama até me sentar, vendo meus óculos serem colocados em minhas mãos e meus padrinhos sorrindo para mim com muito carinho.

Era muito bom os ter ali, eu estava ficando realmente mal-acostumado, a presença constante deles me fazendo me sentir tão bem que era difícil controlar os meus desejos de os ter ali todos os dias.

Minha memória era a melhor coisa que eu tinha em mim, coisa que não me agradou naquele momento porque todo o acontecimento do dia interior me atacou com fúria e eu respirei com força, vendo a preocupação nos olhos dos meus padrinhos.

Sorrio de forma tímida, vendo Sirius indicar o móvel ao lado da cama onde muitas cartas e caixinhas de doces estavam.

— Não param de chegar. — Sirius diz com um sorriso bonito e eu encaro as cartas, pegando algumas e lendo os remetentes.

A maioria eu não sabia quem era, mas havia muitas cartas de pessoas que eu conhecia, franzindo a sobrancelha ao pensar no que devia estar dentro delas e porque eles não haviam ido me ver, pensando que a enfermeira provavelmente tinha os impedido e respirando fundo. Bom, só me restava ler as cartas e me contentar com isso até ser liberado.

— Parece que alguém deu a entender que pode ser obra de comensais da morte o seu nome ter ido para o cálice e todos estão preocupados. — Remus diz com a voz baixa, me olhando com doçura e apertando minha mão em carinho.

— Mas quem iria espalhar uma coisa dessas? — Pergunto para Remus, que sorriu e indicou a porta com a cabeça, local onde uma mulher de cabelo rosa e um homem que eu não conhecia estavam, ambos com uniforme de auror.

— Não precisou espalhar. Bartolomeu achou que seria inteligente ter alguns aurores na escola e um boato alimenta o outro, então todos estão preocupados com você. — Remus diz com um sorriso e eu me levanto mais, me sentando com a coluna reta.

— E Draco? Ele vai ter essa proteção também? — Pergunto e vejo Sirius sorrir para mim, concordando com a cabeça.

— Nós tivemos uma conversa com Lucius. Ele esteve aqui mais cedo para ver como Draco estava. Parecia preocupado com a segurança do filho, então ele ameaçou os outros diretores por eles acharem um exagero, considerando que Draco tem quase 18 anos então não seria proibido ele participar do torneio. Lucius quase foi preso por querer amaldiçoar Karkaroff quando ele disse que Draco devia saber se defender sozinho nesse torneio e uma barbaridade sobre ele ter se inscrito, mesmo Draco tendo dito que não havia feito isso sob efeito da poção veritaserum. — Sirius diz de forma calma, fazendo um carinho em minha perna.

— Ótimo. Draco é uma vítima dessa situação tanto quanto eu. Não é justo só eu ter essa comoção de proteção. — Digo com os braços cruzados, vendo Remus sorrir com doçura e Sirius concordar.

— Fico feliz que se preocupe com minha segurança, Potter. — Ouço a voz levemente rouca de Draco vindo da porta da enfermaria, sorrindo para o loiro que caminhava até mim.

— Como você está? — Pergunto e vejo ele franzir a sobrancelha, inclinando a cabeça para o lado com dúvida.

— Essa é a minha fala, sabe. — Ele diz com um sorriso de lado e eu nego com a cabeça, o encarando de forma séria. — Estou ótimo. Vou passar por um torneio perigoso e que corro risco de morrer em troca de um troféu que nem é bonito e algumas moedas de ouro que não me farão a menor falta. — Ele diz com deboche e eu reviro os olhos.

Bless Yourself - DRARRYWhere stories live. Discover now