That the pain you feel

378 58 3
                                    

Harry pov.

Gritos histéricos, era tudo o que eu podia ouvir quando aterrissamos no pódio do primeiro lugar.

Ninguém imaginou que a última prova ia terminar assim.

O começo foi normal, o campo estava coberto de pessoas usando camisas coloridas, bandeiras das escolas e das duas casas de hogwarts que estavam competindo, muitas pessoas torcendo para seus favoritos e etc.

Ao chegar no campo, os gritos aumentaram, e quando nos colocamos em nossas posições, à espera do sinal do canhão para nos mandar para dentro do escuro labirinto, tudo parou e a cena congelou.

Na minha cabeça, estava um silencio ensurdecedor.

Estava acontecendo.

A última prova.

Eu estava ciente de que o ministro estava falando, estava ciente do discurso de Dumbleodore que seguiu, nos encorajando a sermos bravos e dizendo que o labirinto iria nos testar, dizendo aquele papo encorajador que devia estar sendo comovente para a plateia, mas que para mim não estava sendo associado, eu estava ciente de tudo, eu só não era capaz de ouvir.

Quando o tiro de canhão indicou que era para eu e Draco entrarmos soou eu olhei para ele, vendo que ele sorria, e isso bastou para que minha mente voltasse a funcionar, sorrindo também e dando a partida para começar a correr.

Era só entrar naquela porcaria ali e achar uma taça né?

Feito.

Eu entrei naquele corredor feito de uma parede de mato vivo, que fazia barulho como se estivesse com fome e se movia como se fosse me engolir, mas honestamente, não servia para me intimidar.

Minha vida sempre foi feita de sobreviver a tragédias, mas hoje eu ia ganhar essa porcaria.

Disso eu tinha certeza.

Eu não aguentava mais ouvir as pessoas dizerem o quão corajoso eu era, o quão forte eu havia sido a vida toda, o quão competente eu era, enchendo o meu saco com um papo que nunca foi real e estava muito longe da realidade.

Eu era só um garoto que teve pais que me amaram tanto que eles deram sua vida para que eu sobrevivesse, mesmo que isso significasse que eu teria que viver morando no armário embaixo da escada da casa dos meus tios que me odiavam e não viam a hora de eu finalmente morrer de desnutrição e eles não terem mais que lidar com o peso que era a responsabilidade de cuidar de um órfão, que além de não ter nada, era a lembrança de um mundo que eles odiavam.

Eu também era só um garoto que não tinha culpa de ter sobrevivido a um ataque e levado a vida de um grande vilão, que no último momento de sua vida parece ter jurado que não ia me dar sossego, porque meus primeiros anos em hogwarts foram um verdadeiro inferno.

A diferença dos meus quatro primeiros anos desse era que dessa vez minha vida estava correndo risco enquanto uma plateia das maiores escolar da Grã-Bretanha assistia, porque minha vida esteve sob risco desde o meu primeiro ano.

Primeiro ano, eu com meus 13 anos e muita curiosidade pelo mundo que eu estava me levaram a me envolver com a pedra filosofal, que estava dentro da escola porque Dumbleodore tinha síndrome de herói e achava que a escola era o lugar mais seguro do mundo, mesmo tendo um professor comensal que escondia Voldemort na nuca bem de baixo do próprio nariz, que insistia em querer a pedra, que só perdeu por sua ambição, porque se fosse por poder, meu corpo estaria lá até hoje.

Mas claro, não podemos esquecer da câmara secreta, também de baixo do nariz dele, dentro do banheiro onde tinha o exato fantasma que morreu no ataque do basilisco no ano em que Tom Riddle abriu a câmara pela primeira vez, sendo que na segunda ele usou a pequena Gina Weasley, que foi guiada pela lembrança daquele adolescente idiota para cometer atrocidades absurdas, causando vários desastres e quase matando muitos alunos.

Bless Yourself - DRARRYWhere stories live. Discover now