And I know for a fact

898 95 17
                                    

Harry pov.

Ah, o torneio.

Aquele maldito torneio com suas malditas provas e seus malditos desafios e charadas estupidas.

A única coisa no mundo capaz de estragar meu momento de férias sem padrinhos era aquele maldito torneio e seu maldito ovo de ouro com sua maldita musiquinha cheia de significados e entrelinhas.

Por 1 hora deve buscar o quê? Algo importante, óbvio, mas o quê?

Em um lago daquele tamanho é covardia colocar a todos nós para acharmos algo sendo que nem a caixa das minhas lentes eu consigo encontrar naquele cubículo do meu quarto que nem tem tanto lugar para procurar.

Injusto.

Muito injusto.

Eu tentava focar no fato de estar completamente pronto para a prova que seria no próximo mês, o guelricho para água doce em um estoque que dava para duas horas embaixo da água para mim e para Draco mais os feitiços que havíamos achado, feito uma triagem de testes e perdido horas dentro da banheira dos monitores fazendo experimentos.

Experimentos, nada de agarrações irresponsáveis com meu lindo namorado, eu garanto.

O guelricho havia sido uma coisa interessante porque nós havíamos pedido a Sirius para fazer a compra de tal item, porém, Sirius disse que não havia conseguido por aparentemente estar se tornando ilegal no mercado bruxo, então, como uma surpresa maravilhosa, Dobby me aparece com um embrulho enquanto dizia que havia ido até a travessa do tranco e conseguido boas gramas de tal vegetal, assim, do nada.

Impressionante? Sim, mas ainda fica melhor.

O elfo doméstico também havia trazido informações super incríveis sobre o torneio, dizendo que havia um boato no ministério de que o nosso nome no cálice havia sido colocado por alguém de dentro de Hogwarts, considerando que o grande artefato mágico ficava nas propriedades da escola durante a inscrição do torneio.

Isso instigou tanto a mim quanto a Draco para sabermos mais sobre o assunto, mesmo tendo consciência de que os primeiros a saber do verdadeiro culpado seríamos nós.

Decido não deixar aquilo me afetar, seguindo para perto de Draco ao ver ele tombar com a cabeça na mesa.

Estávamos no apartamento dos meus padrinhos estudando o ovo em silêncio, afinal, o casal havia tirado duas semanas de lua de mel em algum país lindo que eu não consegui decorar o nome e nós estávamos aproveitando o espaço para ficarmos juntos e estudarmos.

"Nossa, mas vocês são namorados e ficam estudando quando se encontram?"

Pensa comigo.

Torneio mortal com o bônus da desinformação de como fomos selecionados se nem nos inscrevemos.

Como você consegue pensar em namorar quando sua vida está em jogo?

Eu te respondo.

Você pensa sim, pensa até mais do que devia porque dentro da sua cabeça fica uma voz fina e insistente gritando que esses podem ser os últimos dias da sua vida e você NÃO está gastando eles com a língua do seu namorado lindo loiro e gostoso na sua boca.

Eu amava Draco, tinha total certeza disso, mas não conseguia evitar de pensar que eu me sentia muito intimidado pela presença dele, o que me fazia reprimir cerca de 90% dos meus impulsos.

Por exemplo, quando ele percebeu que estava deitado com a testa na mesa e levantou o rosto, um adorável biquinho nos lábios e uma expressão de desolado, praticamente implorando por um beijo.

Bless Yourself - DRARRYWhere stories live. Discover now