Just to find in the end

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Boa leitura!

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Harry pov.

Encaro o refeitório com um embrulho no estômago, sentindo Draco segurar minha mão com firmeza e sorrindo de um modo confiante mesmo estando tão pálido quanto eu imagino que eu estava.

— Vamos, você precisa comer. — Ele diz ao me puxar para a mesa da Grifinoria.

— Eles não estão aqui. — Digo ao perceber a ausência dos nossos amigos, me sentindo mais assustado que já estava.

— Eles já devem ter ido para pegar bons lugares. — Ele responde na tentativa de me acalmar.

— Draco eu estou com um mal pressentimento. — Digo ao me virar para ele, vendo ele concordar com a cabeça.

— Eu também estou, mas precisamos ser fortes. Vamos. Nós vamos conseguir. — Ele diz com firmeza, se sentando e me fazendo sentar.

Nós comemos, bom, mais ou menos, uma torrada e um pouco do suco de laranja, meu estômago se embrulhado todo ao pensar nas coisas mais bizarras que poderiam estar acontecendo com meus amigos.

Eles não eram do tipo que iriam nos abandonar naquele momento importante, então eu estava tendo milhares de preocupações dentro da minha cabeça e isso me deixava a beira de um ataque.

Draco sabia, e claro, meus padrinhos também, considerando que mesmo na mesa dos professores eles mantinham os olhos firmes em mim, me encarando como se quisessem dizer alguma coisa mesmo não podendo por causa das regras da escola de que os professores deveriam ser imparciais, mesmo eu e Draco estarmos tão juntos nessa que quase éramos uma coisa só.

Então eu ouvi algo na minha cabeça eu sabia que era a voz da minha mãe.

Eu não tinha memórias dela, mas meu corpo reconheceu a canção como se a ouvisse sempre, a voz suave de minha mãe envolvendo meu corpo e me acalmando, quase como se fosse uma música de ninar que eu estava habituado a ouvir.

Encaro a mesa dos professores com os olhos arregalados, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas ao ver Sirius de olhos fechados e a mão onde ficava o colar.

Ele provavelmente estava fazendo sua mente se recordar de quando ouviu aquela canção e passando para mim através do pingente, me atingindo em cheio com a voz suave da mulher que mais me amou no mundo todo.

Emocionado e um pouco aturdido, concordo com a cabeça para eles, indicando que tudo estava bem e me permito levantar da cadeira sem tremer, segurando na mão de Draco e me erguendo.

— Vamos pegar o que quer que tenham escondido naquela porcaria de lago.

[...]

Apesar da confiança momentânea, eu estava muito mais corajoso do que estava pela manhã, quando havia acordado achando que minha vida ia acabar em algumas horas.

Encaro o imenso lago, vendo Draco concordar com a cabeça para indicar que devíamos comer o Guelricho, colocando aquela planta nojenta na minha boca e engolindo rapidamente, sentindo meu corpo convulsionar quase ao mesmo tempo que o de Draco, o professor Moody nos dando solavancos fortes e nos empurrando para dentro da água quando o canhão soou alto pelo lago.

As torcidas eram tão altas que ainda era possível os ouvir embaixo da água, um zumbido irritante e que me fez ir para o fundo do lago, sentindo quando meu corpo começou a se transformar, nadadeiras nascendo em meus pés e mãos e aberturas em meu pescoço que me fazia respirar.

Bless Yourself - DRARRYWhere stories live. Discover now