Vida Loka Também Ama

𝟐𝟗

👾

Cansado. To cansado pra porra mermão, tá foda demais essa vida. Se eu soubesse que ser traficante fosse dar tanto trabalho eu teria terminado a escola.

As droga tá vindo e eu to tendo que comandar tudo, Pierre ainda tá preso e eu que tomo no meu cu.

── Quinze. ── falo por último vendo o monte de nota na minha frente.

── Mano do céu, cada b.o. ── leandro aparece todo arrumado no cômodo ── Logo vi um cara chavecando sua mina... ── Me levanto na hora e ele rir ── To brincando amigo.

── Vai se fuder pra lá. ── me sento na cadeira e pego meu celular mandando mensagem pra Jasmine.

Ela não responde e logo lembro que ela tá na faculdade, é tanta coisa na cabeça que to esquecendo de tudo.

── Tem uma mulher querendo falar com você lá na garagem.

── Quem é?

── A tal da Cleusa.

── Quem caralhos é Cleusa?

── O porra, é Geisa. ── dou risada me segurando pra não descer o cacete nesse cara.

Fui ver a mina e era b.o. Coisa natural de favela né, ela disse que ele bateu nela mas ela não tá mais com ele. O cara trabalha pra mim e pra ela, merece levar uns murrinho.

── Parça eu vou fazer assim, não vou dar essa surra nele porque eu não sei quem ta errado. Mas se eu souber que você voltou a ficar com ele, você apanha e ele também.

O foda dessas mulher é pedir pra eu bater no cara por ter batido nela, pra uma semana depois voltar com o cara. Eu não curto bater em mulher, Deus me livre! Mas aonde você passa tem cara que bate. Eu não me intrometo muito nesses b.o porque sei que é ladainha.

── E você que vai me bater? ── ela pergunta ── Coitada da sua mulher.

── Ow se toca né fia! Se fosse pra eu bater em mulher, as mina que eu pegava ia aparecer roxa andando pela favela. E se toca em, fica falando o nome da minha mulher em vão não.

── Desculpa aí seco. ── concordo com a cabeça.

Eu sigo os direitos iguais. Se uma mina chega e mete um socão na minha fuça, eu vou bater nela também se eu não fiz nada pra mina.

Voltei pra salinha com a cabeça quente, MC tinha saído pra resolver uns bagulho e eu ja tava contando mais dinheiro.

── Ai Leandro, fala tu. ── escuto a voz de Jasmine, na hora meu coração dispara e meu pau sobe.

── Se eu conto ele me mata, fala você que acalma ele. ── estranho esse papo deles.

── Entra os dois aí. ── mando e em seguida minha morena aparece com um coque no cabelo e a mochila nas costas.