𝟔𝟓

11K 919 133
                                    

🍭

── Só Deus minha fia, só Deus

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

── Só Deus minha fia, só Deus. ── minha mãe murmura enquanto caminhamos pela rua.

Ela foi no sacolão, não era na favela porque lá pra ela, tudo é caro. Meu corpo treme quando a gente passa pela casa da mãe e da vó de Lucca. Misericórdia, as vezes tenho até uns pesadelo doido.

── Hey! Jasmine! ── escuto o grito e me viro pra trás vendo a própria. Amanda, a mãe do menino.

── Ah, oi. ── comprimento ── Vai indo mãe. ── ela continuou parada com cara de tacho pra mim.

── Queria conversar com você sobre um negócio sério. ── ela fala enquanto não para de mecher o corpo.

── Pode falar. ── sorrir minimamente e ela me puxou um pouco pra longe de minha mãe.

── Eu sei que já passou dez anos, mas... eu não consigo guardar mais pra mim. ── começa a chorar e deixo as sacolas no chão.

── Tudo bem. ── falo calma e toco em seu ombro ── É sobre oque?

── O Lucca e a Sabrina. ── explica e arregalo os olhos ── Eu sei que ele tá morto, não sei quem matou. Mas você precisa saber de algo muito sério sobre ele.

── P-pode falar. ── guaguejo já em choque.

── Ele era louco por você. ── meu mundo para ── Ele só tava com a Sabrina pra conseguir um meio de falar com você.

Me encosto na parede me sentindo meio tonta. Isso não pode acontecer, não, não, não.

── Lembra daquela vez que você conversou com ele, pra ele parar de bater nela? ── concordo com a cabeça lembrando do dia ── Foi quando ele me disse que percebeu que você era uma menina responsável. Então... começou a loucura. ── abro a boca e coloco a mão no peito ainda assustada ── A Sabrina sentia raiva, sabe com é né? Mas ela já tava chegando no ponto de que ou ele ficava com ela, ou ela não deixava ele ver o Isaac.

Meu Deus, ela ainda parece ser pior que ele!

── Obrigado por me contar. ── preferia que não me contasse.

── Eu só... precisava esvaziar. ── volta a chorar ── Naquele dia que ele te empurrou e você desmaiou... ele se odiou por muito tempo.

── Eu... vou pra casa Amanda. Muita coisa pra minha cabeça. ── ela concordou se afastando.

Viro pra trás vendo que minha mãe tinha saído. Será que ela escutou? Se ela escutou, ainda hoje Filipe sabe.

Vida Loka Também Ama Onde histórias criam vida. Descubra agora