𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆ANNA
Olhei para as fofos em minha câmera, analisando cada uma e já imaginando a edição que eu faria nas mesma.
— Está ocupada? — Ouço e levanto o olhar, encontrando Neymar.
— Não. — Respondo, colocando um sorriso no rosto.
Eu estava adorando minha semana de teste, e hoje teríamos jogo, onde eu participaria e faria algumas fotos.
— O Kylian chegou a comentar com você sobre a festa? — Perguntou.
Forcei um pouco a vista, passando a minha língua entre os dentes, tentando me lembrar. Ao fim vi que não me lembrava se o meu cunhado havia falado alguma coisa, e neguei com a cabeça, recebendo uma risada dele.
Neymar era um dos mais legais que eu havia conversado dos meninos. Era maduro, diferente da imagem que a mídia transmitia, e o papo sempre fluía bem, claro, tudo muito profissional.
— Enfim, ele me deu a missão de vir te lembrar. — Falou. — Você vai? — Pergunta curioso.
— Ah, eu tenho que ver. — Respondo com incerteza. — Zyan não pode ficar sozinho e...
— Quem é Zyan? — Me interrompe. — Desculpa ter te cortado, as vezes eu sou bem curioso.
Dei uma risada, e ele colocou as mãos nos bolsos da calça que usava.
— Zyan é o meu filho. — Falo. — Ele tem três anos.
— Ah, que legal. Eu também tenho um filho. — Disse e eu levantei as sobrancelhas.
— Eu sei. — Afirmo e ele me olha curioso. — Você é o Neymar Júnior, mídia e tals — Concluo.
— Ok. — Disse e deu uma risada leve.
Ficamos em silêncio e voltei minha atenção a câmera, sentindo minhas bochechas esquentarem.
— E a festa?
— Neymar eu não sei. — Digo.
— Qual é Anna, pode chamar de Júnior.— Falou simples. — E a festa? — Insiste e dou risada.
O analisei e ele esperava minha resposta em uma ansiedade nítida.
— Eu tenho o Zy...
— Leva ele, que eu levo o Davi. — Me cortou outra vez.
— Para uma festa? — O olho um pouco assustada.
— Não, leva ele lá pra casa, o Davi fica com uma babá, o Zyan pode ficar lá. — Disse ele.
— Junior, eu não posso aceitar. — Falo.
— Pode sim, e você vai. — Diz segurando em meus ombros. — É as suas boas vindas ao time, por favor.
O olhei com tédio, sabendo que eu não conseguiria mais negar.
— Ok, mas com uma condição. — Levanto o dedo indicador e ele me analisa. — Está me devendo um gol.
— Isso é fácil. — Ele falou em tom convencido.
— Eu ainda não fotografei uma foto sua comemorando o gol, e eu quero ter essa honra.
— Pode deixar, senhorita. — Diz e sai da sala em seguida, acenando a mão.
Neymar virou um amigo e tanto, ao fim dos treinos, quando eu ia para a sala editar as fotos ele sempre dava uma passada, me ajudava em algumas poucas coisas, era mais eu ensinando ele do que ele me ajudando.
— Anna? — A voz de Daiana me tirou dos devaneios.
— Oi. — Digo alegre. — Precisa de algo?
— Sim. — Diz animada me mostrando uma credencial nas mãos. — "Anna Cabrine, fotógrafa oficial do PSG". — Leu e em seguida deu um gritinho.
— Jura? — Pergunto assustada.
— Juro! — Exclamou alegre.
[•••]
Arrumo a credencial em meu pescoço, e fiz questão de vestir a blusa do time. Não tinha nenhum número atrás, pedi para que não tivesse. Mesmo que o moletom que eu usaria, cobrisse, eu decido vesti-la.
— Pronta? — Zaya pergunta.
— Já nasci. — Respondo. — Zyan já está pronto? — Falo alto.
— Sim. — Respondeu gritando.
Seguimos para a sala e após ver se tudo estava no lugar e conferir, se os cartões de memória estavam vazios, saímos de casa.
O caminho até o estádio foi tranquilo, como eu estava adiantada, não reclamei do trânsito, até porque a paz de espírito que habita em mim, por ter conseguido o contrato era maior.
Zy foi cantando uma música brasileira que Zaya havia presenteado para ele, o sotaque que ele fazia, era o mais fofo.
Ao chegar no estádio, me despedi deles e deixei vários beijinho no meu pequeno. Caminhando devagar, até o vestiário. Bati na porta e recebi a autorização de entrada.
— Vamos para cima? — Ouço meu cunhado perguntar.
Meus olhos passaram vendo todos mundo devidamente vestido, com o uniforme que acelerava meu coração. Com toda certeza, meu time favorito.
— Olha ela, a nossa fotógrafa. — Quem diz é Daniel, e rolo os olhos.
Ele também era um dos mais animados, sempre me arrancava risadas nos treinos.
— Sério? — Neymar pergunta.
— Da espaço, para a fotógrafa oficial do Paris Saint-Germain. — Digo e eles batem palmas.
— Eu disse. — O atacante fala convencido.
— Bom jogo, façam gol para que eu tire foto. — Falo movendo a câmera, que estava em meu pescoço.
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PHOTOGRAPHY | NEYMAR JR
FanficE eu nem sei se algum dia eu já me senti assim, eu nem me lembro de querer alguém como eu quero você pra mim.