vinte e cinco

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

ANNA

— Paredes entenda, você é chato de todo jeito. — Brinco e o moreno da risada.

Estava no CT fazendo algumas fotos do treino dos meus meninos favoritos, enquanto Neymar conversava com o antigo técnico, soltando algumas risadas.

— Ele pode estar em território inimigo? — Daiana pergunta olhando na direção de meu namorado.

— Não sei, isso quem dita não é você? — Questiono.

— Pois é. — Concordou e em seguida sorriu.

Olho para a arquibancada que estava lotada, de gente, não só fãs, mas também de jornalistas. Treinos abertos eram os meus odiados. Tinham algumas pessoas tão desnecessárias.

De repente, meus olhos encontraram o de uma loira que eu sabia muito bem que era. Rolei os olhos no mesmo instante.

— Viu quem está ali? — Cutuco minha chefe.

Ela me olhou e depois na direção que eu olhava, fez cara de nojo e pós o dedo na boca, como se fosse induzir um vômito e me fez gargalhar.

— Eu vou avisar a segurança, para ficarem atentos. — Disse.

— Não entendi.

— Caso você voe no pescoço dela e acabe matando a galinha, quebrando o pescoço dela. — Explicou e dei uma gargalhada ainda mais alta.

— Do que as senhoritas tanto riem? — Neymar perguntou ai se aproximar.

Me virei para ele e passei os braços pro seu pescoço, sorrindo ao ver algumas marcas minhas da noite de ontem.

Ele passou suas mãos por minha cintura, vendo meus traços e abrindo um sorriso maior que o meu.

— Estávamos rindo da sua tiete. — Digo. — A Amália.

— Já posso vomitar? — Brincou e dei risada, deixando um selinho em sua boca.

— Para gente eu tô solteira, e a dor dela dói. — Daiana disse e nos sorrimos.

— Está solteira porque quer em. — Marquinhos disse, ao passar.

Olhamos para ele, que corria de costas e fez um sinal de telefone com a mão e balançou próximo ao ouvido, enquanto sorria.

— Alguém avisa? — Daiana pede irônica.

— Ele mandou essa? Eu casava. — Digo.

— Que casar o que. — Neymar resmunga.

— Você não vai me pedir em casamento? — Questiono. — Foi isso que você quis dizer?

— Não, eu quis dizer que você não vai casar com o Marcos coisa nenhuma. — Se corrigiu.

— Se liga.

*

— Ney. — Escutamos e revirei os olhos.

— "Ney"— Imito e ele da risada.

Viramos para olhar a mesma, que estava afoita. O vestido colado em um tom chamativo, as pulseiras balançando e um salto enorme, fora o cabelo esvoaçante.

Parecia uma pirua.

— O que você quer, Amália? — Neymar pergunta sem interesse.

— Desejar meus parabéns ao mais novo casal. — Ela disse.

— Estamos juntos a quase sete meses. — Digo. — Não somos "o mais novo casal". — A corrigi.

— Mesmo assim.

Deu de ombros e estendeu os braços, puxando o meu namorado para um abraço. Ela o puxou para um abraço, realmente? Praticamente se esfregou nele, que ficou desconfortável.

Quando chegou minha vez, a apertei nem no meu abraço, seu corpo magro soltou alguns estalos. Amália fez menção de se afastar e segurei firme em seu braço.

— Olha aqui baranga, da próxima vez que você nos ver em qualquer lugar que seja, se finja de cega. — Digo e ela arregala os olhos. — E outra, da próxima vez, que creio que não vá existir. Mas da próxima vez que ousar tocar no meu namorado, eu quebro seu pescoço igual se quebra de galinha.

Amália engoliu em seco e puxou o braço. Abri um sorriso cínico e ela nos analisou, andando apressado para fora do CT.

— Vagabunda. — Sussurro.

— Olha ela com ciúmes. — Meu namorado me cutucou e rolei os olhos.

— Isso serve a você também viu, Neymar Júnior. — Aviso.

**

PHOTOGRAPHY | NEYMAR JRDonde viven las historias. Descúbrelo ahora