PHOTOGRAPHY | NEYMAR JR

dezessete

𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

ANNA

Neymar caiu ao meu lado ofegante, não diferente de mim. Sentia todo o meu corpo agradecer pelo orgasmo maravilhoso que ele havia me dado.

Esperei recuperar e regularizar a respiração, e levantei da cama. Catando minhas coisas e me vestindo.

— O que está fazendo? — Ele perguntou confuso, sentando na cama.

— Indo embora. — Digo. — Não é o obvio?

— Tá mas, porque? — Questiona.

— Porque eu usei você. — Respondo e volto a procurar a minha calcinha. — Viu minha calcinha?

O olhei e ele permanecia com uma expressão confusa. Achei a mesma perto do pé da cama e vesti.

— Como assim me usou? — Disse.

— Usando. — Dou um sorriso. — Nada diferente de você.

Sorrio e vou até ele, deixando um selinho breve em seus lábios.

— Anna. — Disse quando me afasto. — Foi vingança?

— Sim. — Respondo. — Até mais.

[•••]

Entro em casa e de longe escuto as risadas dos meus pais e do meu filho. Sorri automaticamente caminhei até a sala e vi os três brincando de bloco de montar.

— Aqui vemos três crianças. — Digo e cruzo os braços.

— Anjinho, você demorou. — Papai diz.

— Tive um imprevisto. — Respondo. — Vou tomar um banho.

— Espera filha, posso falar com você? — Minha mãe disse.

Assenti e ela levantou do chão. Caminhou comigo até o meu quarto e sentou na cama. Eu até me sentaria se não tivesse sem calcinha.

— O que ouve? — Pergunto. — Alguma coisa com o meu pai?

— Não. — Disse. — É que nós, queremos voltar para Madrid.

— Mas mãe, não dá. — Nego e coloco minha bolsa sobre a cama. — Os melhores médicos estão aqui, eu não posso deixar.

— Filha, seu pai quer voltar para casa. — Segurou minhas mãos, e me fez sentar. Arrumei o vestido para que ela não notasse a ausência da peça íntima. — Seu pai, quer morrer em casa.

— Mas ele está em casa. — Digo rápido.

— Na casa dele, em Madrid. — Respondeu.

Engoli em seco pra não chorar.

— Tudo bem, vamos todo mundo então. — Falo.

— E o seu trabalho?

— A Daiana vai entender. — A tranquilizo. — Espero.