vinte e seis

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

NEYMAR

— Ney, posso falar com você? — Dona Izabel pergunta.

Tirei a atenção do meu celular e levantei os olhos a ela, que estava com um sorriso leve no rosto e os braços na cintura.

— Claro. — Levantei e aguardei o parelho no bolso de trás.

Ela caminhou em direção ao escritório de desenhos da Zaya, estranhei um pouco mas fui atrás. Quando entramos ela fechou a porta e abriu um sorriso.

— A senhora precisa de Algo?

— Senhora não, se não faz com que eu me sinta velha. — Corrigiu. — Já lhe disso isso.

Sorri e assenti, ela foi até a mesa e abriu uma das gavetas, retirando uma caixinha de vidro pequena e transparente, havia dentro uma almofadinha azul e em cima um anel.

Entregou em minhas mãos e abri, vendo que o anel tinha uma pedrinha da mesma cor que a almofadinha. Sorri e o preguei, trazendo para próximo do meu rosto.

— Lembrei de uma conversa que tivemos a dois dias, sobre você está pensando em casamento. — Minha sogra disse. — Quis encorajá-lo.

— É lindo. — Falo. — Seu Eduardo que lhe deu?

— Sim. — Abriu um sorriso largo. — O nome da pedra é Lápis-lazúli, e é a minha favorita.

— Vemos que meu sogro era detalhista. — Comento.

— As filhas tiveram a quem puxar. — Falou. — Uma desenhista que costura suas próprias roupas e até as da filha; e a outra fotógrafa. — O tom da sua voz era de orgulho.

[•••]

Comecei a digitar no notas, como eu faria tal pedido. Enquanto Kylian dirigia até o aeroporto, estávamos indo para Barcelona, dessa vez Anna iria comigo, junto com Davi e Zyan.

Eu já tinha visto vários vídeos diferentes de como fazer um pedido a altura, mas eram todos comuns e eu não gostava de ser repetitivo.

Então a cada vídeo que eu vi, era mais um descartado.

— O pai, vai demorar? — Davi pergunta.

— Não, já estamos chegando. — Informo.

Meu filho odiava andar de carro, pelo fato de não ter paciência, o que se igualava a mim.

— Ô tia, você e o meu pai vão casar? — Davi voltou a perguntar, dessa vez a Anna, me fazendo engasgar.

— Um dia, quem sabe. — Ela respondeu e continuei tossindo. — Está tudo bem, meu amor?

— Sim, estou. — Respondo.

Me arrumo no banco e respiro fundo, notando que Kylian segurava a risada.

Não demorou muito para chegarmos ao aeroporto, e nos despedirmos de Kylian. Entrelacei minhas mãos a de Anna, e caminhamos ate o avião.

Depois que todo mundo havia sentado, ela segurou minha mão outra vez, deitando em meu ombros.

— Eu te amo, ok? — Pergunto.

— Ok.

— Essa não era a resposta. — Falo manhoso.

— Eu te amo, também ok? — Disse.

— Ok. — Respondo.

— Engraçadinho. — Diz em português e solto uma risada.

— Tia Anna está ficando fera. — Davi comenta. — Daqui a pouco esquece de falar espanhol.

— Isso, jamais. — Minha namorada diz.

Sorri ao ver que eles estavam se dando bem cada vez mais. Zyan estava perdido em tantos assuntos diferentes que eles lançavam a cada segundo.

— Quem quer jogar? — Pergunto.

— Eu. — Respondem juntos.

— Encontrei alguém no meu nível. — Anna diz, dando um murro no meu braço.

— Aí. — Reclamo.

— Desculpa.

**

PHOTOGRAPHY | NEYMAR JRWhere stories live. Discover now