Capítulo três

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"Oh, and babe, I'm fist fighting with fire
Just to get close to you
Can we burn something, babe?
And I run for miles just to get a taste
Must be love on the brain"

O sexo com Louis foi incrivelmente gostoso. Já faziam semanas que não nos tocávamos e poder sentir cada pedaço dele com a língua foi como subir ao Olímpio e encontrar pessoalmente Afrodite, deusa do amor e da sexualidade.

Não falamos absolutamente nada. Não discutimos, não brigamos, não tentamos resolver nossos problemas. Apenas nos entregamos ao prazer carnal, tentando de alguma forma esquecer que no dia seguinte uma segunda-feira dolorosa se arrastaria por nós.

Depois de sussurros, gemidos e orgasmos simultâneos debaixo do chuveiro, voltamos para nossa bolha quebrada.

Louis, que era sempre o primeiro a adormecer, virou para seu canto da cama, sem dizer uma palavra e dormiu.

Coloquei meu braço direito no travesseiro, apoiando minha cabeça, enquanto o esquerdo segurava o impulso de acariciar as costas nuas dele.

Por um bom tempo, observei seu corpo se movimentando lentamente, seguindo o ritmo de sua respiração cansada.

Não resistindo a calmaria que aquela imagem me trazia, virei lentamente e me aproximei, sentindo o cheiro de shampoo que exalava de seu cabelo.

Queria tanto poder tocá-lo, perguntar o que estava acontecendo, onde tínhamos nos perdido. Será que estávamos pegando caminhos diferentes ou era apenas um atalho? Por que eu não conseguia dizer tudo o que queria? Por que eu não dava o braço a torcer? Por que eu era tão teimoso?

Também ficava chateado quando Louis não entendia as coisas que eu falava e sempre levava para o lado da briga. Ficava chateado quando eu tentava uma aproximação e ele se afastava, porque ele sabia que era difícil fazer aquilo.

Será que era proposital? Ficava imaginando se ele estava me torturando.

Eu prefiro acreditar que ele não teria coragem de fazer isso.

Acordamos cedo na manhã seguinte, nossos despertadores tocando ao mesmo tempo.

Enquanto Louis ia em direção ao banheiro, esfreguei os olhos, tentando acompanhá-lo pela penumbra do quarto. Ele fechou a porta e eu respirei fundo, me levantando, vestindo uma bermuda qualquer que estava em cima de uma cadeira e indo em direção a cozinha para preparar um café.

Enquanto tomava uma xícara caprichada que me ajudaria a seguir o dia, lia algumas notícias pelo tablet que estava apoiado no balcão central do cômodo, precisava me atualizar para não receber nenhuma supresa no trabalho.

Após alguns minutos, ele chegou na cozinha, vestindo uma calça social e uma camisa branca, que estava desabotoada, completamente bagunçada no corpo e eu sorri baixinho enquanto levava a xícara em direção a minha boca.

Ele costumava ir trabalhar de calças jeans, camisetas e tênis, nada muito exagerado ou formal.

Ah, as vantagens de ser o seu próprio chefe.

Louis sabe que eu amo quando ele usa roupa social. Já tivemos muitas transas em lugares inapropriados porque eu não conseguia me segurar quando o via de terno e gravata.

Ele não viu que eu notei, mas, quando abriu a geladeira para pegar alguma coisa, me olhou de cima a baixo, deixando os olhos por mais tempo em meu peito nu. Eu também sabia do que ele gostava.

Não houve um bom dia sequer, de nenhuma das partes. Nada sobre a transa da noite anterior, nada sobre como ele puxava os cabelos próximos a minha nuca enquanto eu o fodia e gemia em seu ouvido. Nada.

Sincerely yours | l.s Where stories live. Discover now