Capítulo seis

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💌 Olá! Como estão?

Um breve aviso para este capítulo: ele pode ser resumido em dois sentimentos: tristeza e tesão.

Ele é basicamente um smut e como boa habitante do mundo fanfiqueiro do wattpad, devo sugerir uma boa playlist de sexo para ouvir enquanto leem, se vocês gostarem, é claro.

Escolha uma playlist de seu agrado para embarcar nos prazeres carnais desses dois teimosos. Ah, coloque a música apenas quando perceber que o smut vai começar.

Boa leitura!!

Sinceramente sua,
Maria.

•••

"Dancing on the edge, 'bout to take it too far
It's messing with my head, how I mess with your heart
If you wake up in your bed, alone in the dark
I'm sorry, gotta leave before you love me"

(Louis)

Fiquei muito tempo no banho, encarando a parede. Tentava me concentrar no jato de água que caia sob minhas costas, na temperatura e na forma como meu coração se apertava no meu peito. Apoiava minha cabeça em meu braço e via a água percorrer todo seu caminho pelo meu corpo, também observava a forma como ela escorria pela parede e como o vapor impregnava ali.

Penso muito em como a solidão pode ser uma boa companhia, quando ela é bem-vinda. No meu caso, não era. Muito pelo contrário. Eu queria pega-la pela mão, levar até a estação de trem mais próxima e colocá-la na última poltrona, do último vagão, no último horário do trem, para que ela mergulhasse dentro de si mesma e afogasse em sua própria essência.

Apesar de ter meus amigos ao meu lado, me sentia muito, muito sozinho e eu não gostava nem um pouco daquela sensação. O fato de minha família morar longe de mim também não ajudava. Era um pouco frustrante passar por toda aquela situação com Harry e não poder ir até a casa de minha mãe, tomar um café da tarde e desabafar sobre as brigas e discussões.

Nos falávamos por telefone, mas não era a mesma coisa que ir até a sua casa e ouvir os seus conselhos. Às vezes era difícil ligar para mamãe. Quando estava em casa, Harry também estava. No estúdio havia Liam e Adam e, apesar de confiar em Liam de olhos fechados, era diferente a perspectiva da história quando o filho conta para mãe. Os sentimentos são... diferentes, se assim posso dizer. Eu me tornaria mais vulnerável e não queria demonstrar isso para ninguém.

Quando sai do banheiro, o quarto estava com todas as luzes apagadas e a cama vazia. Fui até o interruptor e acendi as lâmpadas para poder escolher uma roupa para dormir. Fiz uma nota mental de que precisava separar algumas roupas do cesto para lavar. Vesti apenas uma bermuda velha que eu costumava usar para jogar futebol. A discussão com Harry não saia de minha mente, estava ali, incessantemente, eu ainda podia ouvir sua voz me dizendo que eu o tinha machucado.

Sentia como se tivesse sido atropelado por um caminhão, mas também me sentia injustiçado. Ele era tão arrogante ao ponto de pensar que só ele estava mal com toda aquela história? Me sentei na cama e olhei para a aliança em meu anelar esquerdo, enquanto a girava no dedo, a pele ali tinha uma cor mais pálida, marcada pela falta de sol.

Respirei fundo, me sentindo perdido e triste, segurando o choro que ainda estava preso na garganta. Fui até o banheiro para pentear meu cabelo e enquanto olhava meu reflexo, pensava se valia a pena falar para ele como eu estava me sentindo. Segui pelo corredor e ouvi a televisão ligada, enquanto as luzes da cozinha estavam acesas. Entrei no cômodo e Harry estava próximo ao fogão, mexendo algo na frigideira. Olhei rápido e, a julgar pela bagunça espalhada no balcão e pelo cheiro da cozinha, ele estava fazendo uma omelete. Abri a geladeira, procurando pela garrafa d'água.

Sincerely yours | l.s Where stories live. Discover now